Quando o FMI avisa que nenhum país está imune à crise, tanto tempo depois da mesma ter eclodido e enquanto se sucedem quedas de governos (islandês, irlandês, português, grego, italiano), os cidadãos não podem deixar de fazer ouvir a sua voz, sob pena da cegueira e da surdez dos responsáveis políticos nacionais, europeus e internacionais se tornar absurdamente irreversível, distraídos que tenderão a ficar no contexto do mundo das finanças, dos negócios e da diplomacia. Importa, por isso, fazê-los "descer à terra" para que se não esqueçam que só um factor e um objectivo reais sustentam o poder: a sociedade feita pelo conjunto de pessoas que integra a sua população... e são as pessoas que terão de manter firme o grito de alerta a que, por natureza, têm direito e que, felizmente, a democracia lhes consagra... e se as manifestações são o rosto público deste exercício (ouvir e ler aqui), a reflexão e o debate são, também, indispensáveis - desde que, naturalmente!, não sujeitos ao tal velho princípio do "temos maneiras de vos fazer pensar" e se promova a discussão pública orientada no sentido de desmobilizar a crítica socio-económica e político-cultural, amortecendo as expectativas e derrotando a esperança, dimensões sem as quais se perde o empenhamento colectivo indispensável à recuperação da confiança e ao investimento social no desenvolvimento dos países.
Olá, Ana…
ResponderEliminarApenas de passagem para acrescentar que as "pedradas" do Otelo não me parecem assim tão distantes de um "sentimento comum"… Discordo, obviamente, do incentivo a um "Golpe de Estado" que "sabemos", à partida, que se reveste de "forças armadas" (e quanto a estas, nem vou discorrer sobre as noções de: "forças"; "armadas" ), mas é uma "opinião" que traduz: «temos maneiras de voz fazer pensar». Infelizmente, para lá caminhamos….
Uma abraço, um abraço.
... muito me anima as ressonâncias polifônicas!... e talvez, consigamos a volta de 380º na maneira de olhar e ver, ouvir e escutar, sentir e pensar... e produzir o melhor para a Teia...
ResponderEliminarA partir de agora, por favor!
Um abraço de 380º
M.José