A fome é um flagelo mundial que a política não tem assumido como prioridade efectiva (apesar de, felizmente, se registarem excepções, como a do programa "Fome Zero" levada a cabo pelo ex-Presidente do Brasil, Lula da Silva)... mas, porque quem tem fome não pode esperar pelos efeitos -sempre lentos!- do combate político, particularmente em contextos de onde a democracia está afastada e em que as ditaduras são o rosto real do poder, é preciso encontrar formas alternativas de apoio aos nossos concidadãos que, por demasiados espaços do planeta e simultaneamente, morrem e assistem à morte dos seus iguais, todos os dias. Por isso, é digna de registo a Marcha Contra a Fome que, hoje, teve lugar em Lisboa e no Porto e onde por 5 euros se angariaram receitas capazes de ajudar o Programa Alimentar das Nações Unidas e que, este ano, também contribuem para a Caritas Portuguesa, cuja ajuda nacional aos mais carenciados é, inequivocamente, importantissima. A Marcha Contra a Fome de hoje poderia e deveria ter marcado a agenda política desta campanha, pelo menos no dia de hoje... e assim teria acontecido se a honestidade do olhar sobre o mundo, o nosso país e a revitalização económica caracterizasse, de facto, as preocupações dos candidatos... mas, não! Não é isso que acontece!... por isso, o drama dos mais pobres e dos que vivem no limiar da pobreza, nas ditaduras dos países mais pobres e por cá, nos países "mais desenvolvidos", fica nas mãos da sociedade civil! Pode, por isso, perguntar-se: é positivo que a sociedade civil assuma esta responsabilidade social? É... sem dúvida que sim... mas, é pouco!
domingo, 22 de maio de 2011
Contra a Fome... Marchar, Marchar!
A fome é um flagelo mundial que a política não tem assumido como prioridade efectiva (apesar de, felizmente, se registarem excepções, como a do programa "Fome Zero" levada a cabo pelo ex-Presidente do Brasil, Lula da Silva)... mas, porque quem tem fome não pode esperar pelos efeitos -sempre lentos!- do combate político, particularmente em contextos de onde a democracia está afastada e em que as ditaduras são o rosto real do poder, é preciso encontrar formas alternativas de apoio aos nossos concidadãos que, por demasiados espaços do planeta e simultaneamente, morrem e assistem à morte dos seus iguais, todos os dias. Por isso, é digna de registo a Marcha Contra a Fome que, hoje, teve lugar em Lisboa e no Porto e onde por 5 euros se angariaram receitas capazes de ajudar o Programa Alimentar das Nações Unidas e que, este ano, também contribuem para a Caritas Portuguesa, cuja ajuda nacional aos mais carenciados é, inequivocamente, importantissima. A Marcha Contra a Fome de hoje poderia e deveria ter marcado a agenda política desta campanha, pelo menos no dia de hoje... e assim teria acontecido se a honestidade do olhar sobre o mundo, o nosso país e a revitalização económica caracterizasse, de facto, as preocupações dos candidatos... mas, não! Não é isso que acontece!... por isso, o drama dos mais pobres e dos que vivem no limiar da pobreza, nas ditaduras dos países mais pobres e por cá, nos países "mais desenvolvidos", fica nas mãos da sociedade civil! Pode, por isso, perguntar-se: é positivo que a sociedade civil assuma esta responsabilidade social? É... sem dúvida que sim... mas, é pouco!
Ana Paula esse é um assunto que bate à porta aqui no Brasil. A classe baixa teve realmente um upgrade na sua vida, muita gente comprou, comprou e comprou, além de empregos e salários melhores, mas isso por outro lado, tirou muita gente dos empregos, compras e negócios, sim, foi isso que houve. A miséria continua eu concordo muito contigo a socidade civil pode ajudar é super cristão fazer isso até - lembro-me de cenas de um documentário em qua monges budistas na Tailândia passam diariamente nas portas de comércio e casas para pegar a sua comida , sempre é dada, muito legal essa tradição, em troca de orações e gratidão ou dharma, claro, tudo bem, mas desculpe só uma marcha não basta tem que se fazer pressão pra se mostrar quanto se gastou com isso e onde??? Abçs.
ResponderEliminarDani
Dani,
ResponderEliminarÉ verdade... é tudo tão complexo!... Sabes? quando eu digo não basta quero, acima de tudo, chamar a atenção para o facto de ser necessário criar condições de sustentabilidade para a autonomia das pessoas... tudo é bom e positivo se falamos de ajuda e solidariedade mas, é importante que as pessoas não dependam dos humores dos seus concidadãos que, umas vezes estão disponíveis para ajudar e outras não - particularmente em contextos onde a dádiva já não é de uso corrente... e isso preocupa ou devia preocupar toda a gente porque sabemos que a solidariedade é por vezes mais escassa do que é preciso para se suprirem as necessidades das pessoas... Abraços :)