terça-feira, 30 de julho de 2013

domingo, 28 de julho de 2013

Do Preço da Riqueza...

Escrevi, desde que o nascimento deste blogue, muitos textos de reflexão social, política e económica... partilhei dúvidas, expus raciocínios, elaborei análises... e hoje, no início do 2º semestre de 2013, decido verbalizar a intenção deste esforço de sobrevivência com evocações, citações e alegorias... porque, o que acontece, de facto!, é que não tenho prazer em repetir até à exaustão o que já por mim foi dito e que (perdoem-me a imodéstia!) penso que, apenas se concretizou, sem alterações significativas que mereçam destaque... a ignóbil e quiçá, eventualmente (para alguns)!?, inesperada vertigem de mudança, registada no tecido societário europeu e, em particular, a que, no território português contemporâneo, denotamos, nada acrescentam aos piores receios que a ultrapassada ideologia e praxis político-partidária deixavam, de há uns anos a esta parte, antever... registo, por isso, ainda hoje, (apenas ?!) mais uma excelente e sempre oportuna citação - até em mim se assinalar, renovado, o regresso da vontade de escrever:
 
"E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infância, à ignorância, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?"

Almeida Garrett (1799-1854)
(a citação de A. Garrett chegou via António Pinho Vargas no Facebook)

Mensagem...



"Há mulheres que trazem o mar nos olhos

Não pela cor

... Mas pela vastidão da alma

E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos

Ficam para além do tempo

Como se a maré nunca as levasse

Da praia onde foram felizes

Há mulheres que trazem o mar nos olhos

pela grandeza da imensidão da alma

pelo infinito modo como abarcam as coisas e os Homens...

Há mulheres que são maré em noites de tardes

e calma."

Sofia de Melo Breyner Andersen in "Obra Poética", ed. Caminho, 2010

(via Isabel Castro no Facebook)

sábado, 27 de julho de 2013

Sonoridades Intemporais...


... Archie Shepp em "What Are You Doing The Rest of Your Life"...

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Do Corpo e Da Alma...

"Este alerta está colocado na porta de um consultório:
A enfermidade é um conflito entre a personalidade e a alma. O resfriado escorre quando o corpo não chora.... A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições. O estômago arde quando as raivas não conseguem sair. O diabetes invade quando a solidão dói. O corpo engorda quando a insatisfação aperta. A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam. O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar. A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável. As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas. O peito aperta quando o orgulho escraviza. A pressão sobe quando o medo aprisiona. As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza. A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade. Os joelhos doem quando o orgulho não se dobra. O câncer mata quando não se perdoa e/ou cansa de viver. E as dores caladas? Como falam em nosso corpo? A enfermidade não é má, ela avisa quando erramos a direção.

O caminho para a felicidade não é reto, existem curvas chamadas Equívocos, existem semáforos chamados Amigos, luzes de precaução chamadas Família, e ajudará muito ter no caminho uma peça de reposição chamada Decisão, um potente motor chamado Amor, um bom seguro chamado Determinação, abundante combustível chamado Paciência. Mas principalmente um maravilhoso Condutor chamado Inteligência.
"
 
(via Alberto Jorge Goes Reis no Facebook)

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Ai, Galiza...

... solidariamente...

Do Interesse Público... ao Interesse do Público!...

(via Maria Leonor Balesteros no Facebook)

terça-feira, 23 de julho de 2013

Um Governo... CDS?




... com excepção do repetente Primeiro-Ministro, do novo Ministro dos Negócios Estrangeiros e do recém-criado Ministro do Ordenamento do Território... todos os Ministérios são liderados pelo até há pouco considerado "partido minoritário da coligação governamental"... estarei a ver mal? - pergunto porque ainda não ouvi nenhum comentador afirmar tal dedução!... evidências?!?!?!  

Dos Anciãos - entre a Sabedoria e a Indiferença...

O texto é de FERNANDO PINTO e vale a pena ler... não só pela beleza mas, pela qualidade da reflexão:

“«O MUNDO PULA E AVANÇA COMO BOLA COLORIDA ENTRE AS MÃOS DE UMA CRIANÇA»
(ANTÓNIO GEDEÃO)

Creio que nenhuma outra época tenha sido mais cruel para com os seus velhos que esta em que vivemos. A geração a que pertenço, e que tentou dar forma à glorificação da eterna juventude, envelheceu e foi varrida como lixo. Hoje, reformados em reservatórios de velhos ou em qualquer banco de jardim, aguardamos pacientemente o fim que se anuncia longo mas penoso: longo porque conseguimos com sucesso erradicar muitas das maleitas que nos fariam morrer mais cedo, penoso porque ameaçam não mais sequer nos ouvir. Todo o “saber de experiência feito” que acumulámos, o único saber que não se pode aprender nas carteiras das escolas nem nos bancos das universidades, senta-se agora nas cadeiras de jardim ou é prisioneiro das camas articuladas dos lares da terceira idade. A eterna juventude fala por mensagens que não sabemos enviar nem receber, comunica por celulares que não conseguimos operar, trabalha por computadores que não logramos decifrar nem acionar e que parecem conter todo o saber acumulado digno de registo. Nós, a quem chamam info-excluídos, sabemos que o Mundo não cabe dentro dessas máquinas diabólicas e por isso somos rejeitados ou mesmo descartados: o “saber de experiência feito” não está dentro das máquinas. São máquinas que não pensam, ao contrário do que eles pensam, que não raciocinam, ao contrário do que eles julgam, nem têm capacidade para processar tudo o que há de mais importante neste mundo: o factor humano! Mas são tão rápidas a somar zeros e uns que até parecem que pensam e por isso fascinam… A “verdade” de hoje passa por estas máquinas que nós próprios criámos mas que, conscientes das limitações que sabemos terem, apenas utilizámos como nossos auxiliares. Hoje, a sua deificação faz com que só quem tem o privilégio de as compreender possa ser incluído no maquiavélico sistema criado à sua sombra, a que nós já não pertencemos. De nós pouco sabem porque não nos podem seguir pelos telemóveis, não nos conseguem espiar pelas contas dos cartões multibanco, nem nos registam nas portagens das autoestradas. De alguma forma não nos controlam e por isso somos obsoletamente adversos e incómodos ao olho do “Grande Irmão”! É também por tudo isso que o actual sistema prefere os jovens: a sua candura torna-os menos avisados a perigos que já conhecemos. A minha é a geração da Guerra e dos refractários do Vietname, do Klu-Klux-Klan, do Flower Power e dos Black Panthers nos EUA, do Maio de 68 em Paris, da Primavera de Praga e da invasão soviética, da dessacralização do comunismo na Europa, do despertar dos longos colonialismos na África e na Ásia e da queda do apartheid nos Estados Unidos da América e na África do Sul. Por cá, a minha é a geração da Guerra Colonial, do combate ao fascismo, do 25 de Abril e da libertação de Portugal e das Colónias. A minha é a geração de tudo isto e de muito, muito mais! Chamavam-nos então idealistas e sonhávamos com um mundo sem grandes discriminações, sem grandes desigualdades, sem Grandes Guerras. Para isso tinham nascido a ONU, a UNESCO, a Conferência dos Não-Alinhados, a Organização de Unidade Africana e até a Comunidade Europeia, mas também a NATO e o Pacto de Varsóvia. O mundo encontrava-se dividido a partir de Berlim e nós só tarde nos demos conta de que, mesmo algo trôpega, essa divisão nos dava alguma margem de manobra. Hoje, o Mundo já não está dividido e a margem de manobra diminuiu. Já ninguém se questiona se haverá outras fórmulas possíveis de sociedade nem se defendem já ideais ou ideologias. Esses ideais, ao que parece, ficaram residentes na minha geração e em alguns jovens rebeldes e refractários a esta paz mole e quase abjecta que hoje nos querem vender como única verdade. As ideologias passaram a ser amaldiçoadas como peçonha e ninguém parece interessado em repegar a sua discussão. A minha geração sabe contudo, de saber de experiência feito, que elas são imprescindíveis à construção de futuros mais coerentes e de sociedades mais justas. Talvez seja por isso que hoje nos tratam assim! De alguma forma, é a minha geração que assim se trata; de alguma forma, é a parte da minha geração que sempre negou o valor dos ideais e das ideologias, que hoje gere, triunfante, o Mundo tendencialmente abjecto em que vivemos. Este é o Mundo moldado por eles, à sua imagem e semelhança e tendo como única “ideologia” a maximização do lucro de poucos, que eles pretendem legar aos seus descendentes. Para isso, precisam que todos os outros nem sequer questionem a possibilidade de outras verdades, a possibilidades de ideais, a discussão sequer de uma ideologia. Eles pretendem deixar de herança, tal como todos os tóxicos que criaram – resíduos, produtos financeiros, paraísos fiscais, tráfego de drogas, influências e armas- esta sociedade, também ela venenosa. É por isso que nós, enquanto memória do tempo, memória do Mundo, memória da Humanidade, lhes somos uma verdade incómoda. É por isso que a idade deixou de ser um posto e passou a ser uma incomodidade! É precisamente por isso que a idade terá de reassumir o seu verdadeiro papel e dimensão: o papel de memória e de saber de experiência feito. Há que ouvir os velhos e perceber que neles reside apenas o essencial, uma vez que já esqueceram tudo o que aprenderam, e se lembram só de tudo o que viveram. Resta ainda a esperança e a tranquilidade de saber que esta cultura só se transmite de avós para netos e que, assim sendo, nem tudo está perdido. Esperemos que seja possível, desde os bancos dos jardins ou das camas articuladas, no longo tempo de que ainda nos permitimos dispor, passar a palavra que alguns não querem que passe, e assim fazer pular e avançar o Mundo, «como bola colorida, entre as mãos de uma criança»."
(Fernando Pinto via Facebook)

domingo, 21 de julho de 2013

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Madiba - A Melhor das Armas...

Hoje, 18 de Julho, celebra-se o Dia de Mandela... Para o efeito, porque Madiba completa hoje 95 anos, nada melhor do que evocar as suas palavras: "A Arma Mais Poderosa que podemos utilizar para Mudar o Mundo é a Educação!" (Nelson Mandela).

terça-feira, 16 de julho de 2013

Do Regresso do Fascismo...


SE OS POVOS DA EUROPA NÃO SE LEVANTAREM, OS BANCOS TRARÃO O FASCISMO DE VOLTA

(Mikis Theodorakis - Compositor, Prémio Lenine da Paz)

No momento em que a Gréci...
a é colocada sob a tutela da troica, que o Estado reprime as manifestações para tranquilizar os mercados e que a Europa prossegue nos salvamentos financeiros, o compositor Mikis Theodorakis apela aos gregos a combater e alerta os povos da Europa para que, ao ritmo a que as coisas vão, os bancos voltarão a implantar o fascismo no continente.

Entrevistado durante um programa político popular na Grécia, Theodorakis advertiu que, se a Grécia se submeter às exigências dos chamados "parceiros europeus" será "o nosso fim quer como povo quer como nação". Acusou o governo de ser apenas uma "formiga" diante desses"parceiros", enquanto o povo o considera "brutal e ofensivo". Se esta política continuar,"não poderemos sobreviver… a única solução é levantarmo-nos e combatermos".

Resistente desde a primeira hora contra a ocupação nazi e fascista, combatente republicano desde a guerra civil e torturado durante o regime dos coronéis, Theodorakis também enviou uma carta aberta aos povos da Europa, publicada em numerosos jornais… gregos. Excertos:
"O nosso combate não é apenas o da Grécia, mas aspira a uma Europa livre, independente e democrática. Não acreditem nos vossos governos quando eles alegam que o vosso dinheiro serve para ajudar a Grécia. (…) Os programas de "salvamento da Grécia" apenas ajudam os bancos estrangeiros, precisamente aqueles que, por intermédio dos políticos e dos governos a seu soldo, impuseram o modelo político que conduziu à actual crise.

Não há outra solução senão substituir o actual modelo económico europeu, concebido para gerar dívidas, e voltar a uma política de estímulo da procura e do desenvolvimento, a um proteccionismo dotado de um controlo drástico das finanças. Se os Estados não se impuserem aos mercados, estes acabarão por engoli-los, juntamente com a democracia e todas as conquistas da civilização europeia. A democracia nasceu em Atenas, quando Sólon anulou as dívidas dos pobres para com os ricos. Não podemos autorizar hoje os bancos a destruir a democracia europeia, a extorquir as somas gigantescas que eles próprios geraram sob a forma de dívidas.

Não vos pedimos para apoiar a nossa luta por solidariedade, nem porque o nosso território foi o berço de Platão e de Aristóteles, de Péricles e de Protágoras, dos conceitos de democracia, de liberdade e da Europa. (…)

Pedimos-vos que o façam no vosso próprio interesse. Se autorizarem hoje o sacrifício das sociedades grega, irlandesa, portuguesa e espanhola no altar da dívida e dos bancos, em breve chegará a vossa vez. Não podeis prosperar no meio das ruínas das sociedades europeias. Quanto a nós, acordámos tarde mas acordámos. Construamos juntos uma Europa nova, uma Europa democrática, próspera, pacífica, digna da sua história, das suas lutas e do seu espírito.

Resistamos ao totalitarismo dos mercados que ameaça desmantelar a Europa transformando-a em Terceiro Mundo, que vira os povos europeus uns contra os outros, que destrói o nosso continente, provocando o regresso do fascismo
".
(via Manuel Duran Clemente no Facebook)

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Do País - entre o Fundo e a Salvação...

"(...) O INE divulga hoje dados que confirmam a elevada exposição ao risco de pobreza das pessoas que se encontram desempregadas. Mas diz-nos mais: as famílias com crianças dependentes estão entre os grupos que mais viram a taxa de risco de pobreza aumentar em 2011. E que taxas de risco de pobreza mais elevada incidiam sobre os agregados constituídos por dois adultos com três ou mais crianças dependentes (41,2%). O país que volta a ter vagas expressivas de emigração. O país que tanto penaliza as famílias que têm crianças, mesmo tendo uma das mais baixas taxas de natalidade. O país que bate no fundo, ao mesmo tempo que a classe política se entretém com jogos de poder, negociações "estratégicas" (para quem?), birras revogáveis e agendas individuais. E alguém falou em "salvação nacional"... ?! A ironia tem limites..."
(Sara Falcão Casaca in Facebook)

domingo, 14 de julho de 2013

"... Entalar o PS..." - disse ele...

Se dúvidas houver, vale ainda mais a pena ler AQUI a entrevista de Manuel Alegre ao DN... porque, de facto, o essencial de toda esta, -digamos assim!, performance, é criar o completo envolvimento do PS no pântano comprometido em que nos afundamos, retirando-lhe, sem retrocesso!, qualquer possibilidade de evocação de distanciamento relativamente às decisões e opções de uma maioria governamental de que não faz parte - e de que, para o fazer!, o mínimo que se pode exigir é que seja em resultado de uma clara expressão eleitoral. 

Paraísos Fiscais...


(via António Abreu e Auditoria Cidadã no Facebook)

Sonoridades...


Bernardo  Sassetti in "História de Um Amor"...

sábado, 13 de julho de 2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Sonoridades...

... "A menina e o piano" de Mário Laginha e Bernardo Sassetti... porque há, nesta sonoridade, um rasto interior de silêncio e, ao mesmo tempo, um distanciamento que nos permite olhar, do lado de fora, toda a ridícula farsa política em que vivemos e em que vamos fingindo acreditar...

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Da Comunicação nos Dias que Correm...

 
"A COMUNICAÇÃO DE CAVACO - Ele e o Seu Governo
 
Nenhuma emoção, absolutamente nenhuma, antecede a comunicação que dentro de pouco tempo Cavaco Silva vai fazer ao país.
 
Não há memória nas comunicações de Cavaco de alguma delas ter a ver com problemas do país.
 
Todas as comunicações que fez até hoje como Presidente da República têm a ver com ele. Com as suas queixas, com as suas justificações, com as suas anteriores advertências, enfim, com assuntos que não interessam nada à generalidade dos portugueses e que têm apenas a estulta intenção de à distância do presente tentar condicionar a história que no futuro se fará sobre a sua actuação enquanto responsável político que por mais tempo, depois de Abril, esteve à frente dos destinos do país. A de hoje não será diferente. Cavaco vai tentar justificar por que mantém o Governo em funções, apesar de aos olhos da maioria dos portugueses se ter tornado evidente que o rearranjo dos protagonistas antes desavindos não merece qualquer credibilidade, consequência, aliás resultante, da falta de credibilidade desses mesmos protagonistas.
 
A Cavaco nem passará pela cabeça explicar aos portugueses as razões que justificam que um partido minoritário se torne, segundo o novo arranjo, no principal responsável pela condução dos negócios públicos. Como igualmente lhe não passará pela cabeça explicar, politicamente, o que é que, segundo ele, este novo Governo tem de diferente relativamente ao anterior.
Não, isso não são interesses que prendam a atenção de Cavaco. Cavaco estará mais interessado em afirmar que, gozando o Governo da confiança da maioria parlamentar, não vai ser ele, como Presidente da República, que irá contribuir para a desestabilização do país.
Desestabilizar, para Cavaco, significa, permitir que o poder mude de mãos quando está nas mãos da direita. A desestabilização para Cavaco nada tem a ver com a políticas que o Governo leva ou tenta levar a cabo contra a vontade da esmagadora maioria dos portugueses, mas apenas com o facto de Governo se encontrar aparentemente coeso. Sendo coesão sinónimo de manutenção em funções quaisquer que sejam as vicissitudes que acompanham essa manutenção e quaisquer que sejam as políticas que conjunta ou separadamente os parceiros da coligação ponham em prática ou publicamente defendam.
Além de ser um inimigo declarado da “instabilidade”, Cavaco também não quer, tal como Passos Coelho ou o CDS, que os sacrifícios dos portugueses tenham sido feitos em vão. Cavaco quer ter a garantia de que esses sacrifícios vão continuar e se vão até agravar, passando a atingir áreas e pessoas que doravante serão muito mais penalizadas do que já foram até aqui.
É isso o que significa realmente evitar que sacrifícios já feitos tenham sido em vão.
É claro que os portugueses sabem perfeitamente que os sacrifícios que até agora fizeram, além de se não justificarem por não serem consequência de factos por eles cometidos, mas antes destinados a salvar os bancos, a pagar os roubos de pessoas ligadas ao poder ou com ele intimamente relacionadas, a repor as verbas necessárias para cobrir os negócios ruinosos, ou mesmo fraudulentos, feitos por governantes no interesse de terceiros, sabem também que esses sacrifícios em nada contribuíram para regularizar aquelas situações que lhes diziam serem as causas de todos os males: redução do défice e da dívida, crescimento económico, etc. Sabem que nada disso se verificou e que, pelo contrário, tudo se agravou a ponto de tais factos se terem tornado hoje realidades económicas verdadeiramente insustentáveis.
O que porventura os portugueses não sabem, ou muitos, pelo menos, não saberão, é que os novos e vultosos sacrifícios que lhes vão ser exigidos são sacrifícios a somar aos anteriores. Sacrifícios que não têm em vista permitir-lhes no futuro uma vida melhor, mas, pelo contrário, consolidar a opção por uma vida pior. Quem hoje estiver reformado e perder uma parte da sua reforma nunca mais a recuperará; quem hoje for agente ou funcionário público e for despedido nunca mais arranjará emprego no Estado; quem hoje passar a pagar mais ou muito mais pelos cuidados de saúde nunca mais vai ver diminuídas as suas contribuições no sector sempre que precisar de recorrer aos seus serviços; quem hoje passar a pagar pela educação dos seus filhos o que ontem não pagava não mais poderá esperar que essas contribuições baixem no futuro ou deixem de existir; quem hoje perder apoios sociais de protecção ao desemprego, à maternidade, à velhice, etc., não mais voltará no futuro à situação em que estava antes.
É nisto e apenas nisto que consiste a ameaça permanentemente feita sob a forma de chantagem destinada a impedir que o poder mude de mãos …para “se não perderem e não terem sido em vão os sacrifícios dos portugueses”.
A “estabilidade” imposta pelos credores e pelos patrões da Europa exige que “esses sacrifícios se não percam”. Exigem que se consolidem!"

terça-feira, 9 de julho de 2013

Somos Todos Sul-Americanos?!

A América do Sul assume uma soberania política que, ao que parece!, o "velho" continente europeu receia, recorrendo a argumentos múltiplos assentes, sempre! (como diria Guerra Junqueiro: "sob o manto diáfano da fantasia"), em interesses económico-políticos... por isso, Bolívia, Nicarágua e Venezuela acederam positivamente ao pedido de asilo político de Edward Snowden, o homem cujas revelações conduzem a sérias suspeitas sobre o caráter potencialmente obsessivo e violador dos direitos fundamentais dos cidadãos, no âmbito do recurso aos serviços, ditos "secretos" de informação, cujo conhecimento e utilização põe em causa esta sua natureza conceptual... vale a pena ouvir AQUI os argumentos de Snowden, bem como a notícia relativa às posturas (autónomas!) dos referidos países sul-americanos:

terça-feira, 2 de julho de 2013

Alterações Climatéricas?! ...

Foice 1 e Foi-se Outro...
... pode ser que ajude...

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Leituras Cruzadas...

Ana Matos Pires no Jugular
José Manuel Correia Pinto no Politeia
Estrela Serrano no Vai e Vem
Sofia Loureiro dos Santos no Defender o Quadrado
Valupi e Isabel Moreira no Aspirina B
José Carlos Pereira no Incursões
Rui Rocha e Luís Menezes Leitão no Delito de Opinião
Miguel Abrantes no Câmara Corporativa
Lopes Guerreiro no Alvitrando
Eduardo Maia Costa no Sine Die
Paulo Pedroso no Banco Corrido
Joana Lopes no Entre as Brumas da Memória
Jorge Carvalheira no Ladrar à Lua
Eduardo Graça no Absorto

Educar o Discernimento...

(via Cristiane Amigo no Facebook)