sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sons Femininos...


... hoje, na voz inconfundível de Simone, o tema: "Pão e Poesia" :)

Leituras Cruzadas

Dos 36 anos do 25 de Abril de 1974 que celebrámos no passado domingo, vale a pena destacar os escritos de A.Pedro Correia no Aventar, de Manuela Araújo no Sustentabilidade é Acção e de Miguel Abrantes no Câmara Corporativa... num tempo em que a informação e a demagogia se cruzam, entre razões e fé, no permanente esforço de construção de resposta para as complexidades e perplexidades humanas, vale a pena, reflectir no contributo crítico com que João Tunes no Água Lisa nos faz pensar e na cáustica problematização que MFerrer nos proporciona no Homem ao Mar... porque, na verdade, é cada vez mais urgente a valorização do pensar pela nossa própria cabeça (leiam-se os textos de Ricardo Vasconcelos no Activismo de Sofá, de Mário Teixeira no Aventar, de P.Krugman citado por Miguel Abrantes no Câmara Corporativa e de Osvaldo Castro no Carta a Garcia) para, com a excelência do bom humor (veja-se a delícia publicada no Mainstreet) e da boa reflexão (leia-se o apontamento de António Carlos Valera no Irrealidade Prodigiosa), nos serem menos pesados os dias deste tentador Verão que, ansioso, tem andado a assaltar a Primavera.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Das obras públicas ao subsídio de desemprego...

Na sequência do anúncio da revisão dos projectos de obras públicas, o Ministro da tutela, António Mendonça, reiterou o avanço das obras do aeroporto de Lisboa e da linha de TGV, cujo impacto socio-económico, no contexto da sociedade globalizada e caracterizada pela mobilidade de recursos, efectivamente, se justifica - até porque seria altamente contraproducente para a lógica dos mercados internacionais um retrocesso em compromissos internacionais desta natureza. Contudo, independentemente de tudo quanto há a fazer e a corrigir, vale a pena destacar o esclarecimento que hoje foi feito pelo Secretário de Estado do Emprego sobre a redução dos prestações sociais não-contributivas, nomeadamente, do subsídio de desemprego que tanta polémica tem, justamente, suscitado na sociedade portuguesa que tal redução se não aplica aos cidadãos que recebem menos de 700 euros!... É caso para dizer, do mal o menos!... não serão por isso, os que são, de facto mais pobres que serão mais penalizados!

Emergência e Crise - Actuar em Conformidade


Apesar da estratégia das agências de rating ser altamente duvidosa, o facto é que a designada "turbulência dos mercados" afecta de forma importante as economias nacionais. É por isso que o anúncio feito hoje pelo Ministro das Finanças, à saída do Conselho de Ministros, sobre a disponibilidade do Governo para a reavaliação de todas as obras públicas cujos trabalhos ainda se não iniciaram e cujos projectos estavam em cima da mesa, denota a sensatez e razoabilidade de uma concertação político-social indispensável à procura de um reequilíbrio das contas públicas e ao reconhecimento da eficácia justa da governação. São aliás resultados destes, indiscutivelmente ajustados à situação económica nacaional, que se esperam do encontro entre o Governo e o maior partido da oposição... apesar de, naturalmente!, ser desejável, que, nesta concertação, todos mas, mesmo todos!, os partidos políticos portugueses se empenhem - questão que cada um deve equacionar, optando pelo interesse nacional e/ou pelos interesses próprios.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Urgências (3) - Profissionais nas Urgências e Dignidade do SNS



Apesar da precariedade laboral que também atinge os profissionais de saúde e da múltipla factorialidade do seu enquadramento (privatização dos serviços de saúde, desinvestimento no SNS, redução de custos com pessoal com total liberalização das suas relações contratuais e a sua consequente mobilidade), o problema das urgências hospitalares coloca-se de um outro modo que é preciso não escamotear e que, de igual modo, afecta decisivamente a qualidade dos serviços de saúde portugueses! Refiro-me designadamente ao elevadissimo número de médicos que solicitaram e ansiosamente aguardam pela reforma antecipada, cansados e esgotados da falta de qualidade das suas condições de trabalho... porque, por um lado, é inadmissível que profissionais de qualidade, formados no contexto de um dos melhores Sistemas Nacionais de Saúde, com uma experiência médica que nunca deveria ter deixado de integrar o percurso médico (a saber, o "trabalho de terreno" proporcionado pela prática médica à periferia nos termos holísticos em que foi praticada nos primeiros tempos do SNS) sejam compelidos a aderir à reforma antecipada, criada com o objectivo de reforçar a liberalização dos serviços no sector; por outro lado, porque a lógica dos médicos de família continua ineficaz de tal modo que, daqui a pouco tempo, se forem realizados estudos rigorosos sobre o impacto social dos serviços de saúde verificar-se-ão retrocessos sérios na efectiva igualdade de acesso à qualidade dos serviços e na qualidade de vida das pessoas. Finalmente, este desinvestimento no SNS e esta liberalização de serviços reforça o erro estrutural das políticas de combate ao desemprego e de criação de emprego por se aproximar da lógica da precariedade a um ponto tal que lembra, como referi no post anterior, a política dos call-centers e, mais grave ainda!, desresponsabiliza os médicos da prática dos seus actos (um dos efeitos da contratualização das administrações hospitalares através de empresas, cujos recursos humanos prestam serviços sem sequer poderem emitir receitas médicas assinadas/validadas com o seu próprio nome e consequente identificação da respectiva cédula profissional)... Contudo, decerto por necessidade mas, sem dúvida, muito louvável, foi a decisão de, nos Serviços de Urgência dos Hospitais de Santa Maria, São José e Curry Cabral serem contratados médicos com grande experiência profissional e perfil adequado aos serviços para integrar equipas permanentes de atendimento que, nos termos do Protocolo de Manchester (triagem por gravidade dos casos), possam responder às necessidades dos cidadãos que recorrem justamente a estes serviços, aflitos e doentes sem que, necessariamente, sejam casos - pelo menos, no imediato! - considerados prioritários, ou seja, "entre a vida e a morte"!

Urgências (2) - Do Desemprego à Saúde a Soldo


Para fazer a ligação ao post anterior, começo por referir que os call-centers são o mais flagrante exemplo do erro estrutural das políticas de emprego... não apenas pelo que implicam e significam ao nível da desumanização dos serviços (daí a imagem que escolhi para ilustrar este apontamento e que, como muitos reconhecerão, é uma cena do filme "Nas Nuvens") com consequências que podem ser gravissimas para os utentes e para os próprios trabalhadores mas, também, porque a precariedade contratual dos seus funcionários em nada contribui para a sustentabilidade social e para o aumento da riqueza ou da produção nacional... claro que têm a vantagem de permitir a quem aí trabalha, não estar, pelo menos temporariamente, desempregado mas, esse é um efeito perene que não integra a criação de emprego, nem concorre para a segurança ou a estabilidade quer dos cidadãos, quer das famílias (factor decisivo para a dinâmica saudável das sociedades de consumo)... lembremos-nos aliás, a este propósito, que na Índia, onde se situam os maiores call-centers do mundo, os seus trabalhadores são cidadãos que vivem, de acordo com os padrões que, por ora, ainda temos no ocidente, de forma paupérrima! Contudo, apesar de tudo isto ser uma evidência, a lógica deste capitalismo desenfreado, feito de um neo-liberalismo que se auto-representa como complacente, valorizando a criação do trabalho precário como uma benesse, chegou ao ponto extremo de, sob uma ideologia perversa e pervertida, desenvolver empresas que promovem o trabalho temporário, minimizando o quanto concorrem para consolidar a realidade da rotatividade e da exploração dos trabalhadores... e, para cúmulo, atingiu agora sectores estruturais, especializados e que põem em risco direitos fundamentais dos cidadãos, da educação à saúde! As recentes notícias sobre os desempenhos médicos nos serviços de urgências hospitalares, contratualizados através de empresas que, a soldo, vendem serviços de pessoas licenciadas em Medicina às administrações hospitalares é um erro grave e um risco sério para a segurança dos cidadãos nos serviços de saúde... é verdade que a Ordem dos Médicos está atenta mas, é urgente intervir uma vez que, no nosso país, há muitos agentes políticos disponíveis para apoiar privatizações a todo o custo e a qualquer preço - contrariamente ao que constatamos ser o grande esforço e a grande vitória interna de Barack Obama nos EUA...

Urgências (1) - Da Tecnologia às Finanças e do Desemprego à Sustentabilidade


Um estudo histórico dos processos de resistência à mudança e à inovação denotaria, em determinadas conjunturas, opções políticas assentes no rejeitar da introdução de nova tecnologia por razões que se prendem com a libertação de mão-de-obra e, consequentemente, com a subida do grau de risco da revolta social... e se é a Revolução Industrial que marca o fim deste cauteloso processo de gestão por razões que se prendem com a criação massiva de postos de trabalho, o capitalismo, face aos lucros que reconhecemos terem resultado deste investimento nas sociedades excedentárias que se aproximaram do que se chamou "sociedades da abundância", nunca mais deixou de equacionar estrategicamente o problema da mão-de-obra, a não ser na perspectiva na redução dos seus custos... o problema chegou às sociedades contemporâneas, caracterizando-as como sociedades criadoras de desemprego!... A irracionalidade da lógica social dos nossos dias que minimiza, de facto, o factor humano, radica por isso, no paradoxo a que conduziram os sentidos contrários da evolução dos modelos financeiros e económicos... e só politicamente pode ter solução!... quando os políticos voltarem a reconhecer a importância vital desse factor humano e o fundamento efectivo dos próprios sistemas económicos e financeiros: melhorar a condições de vida dos cidadãos e promover, na prática, a sustentabilidade social.

domingo, 25 de abril de 2010

Em resumo...


Era mesmo isto o que vos queria dizer hoje, 25 de Abril de 2010: AQUI...

... além disto que, se me permitem, destaco, pedindo desculpa pela eventual imodéstia que possa reflectir mas, cujo risco de avaliação me permito correr, dada a importância que reconheço à problemática AQUI evocada.

Para as Crianças do Meu País ...



... um trabalho realizado por uma EB1 e divulgado no YouTube!
Pela memória, pelo exemplo e pelo esforço: 25 de Abril, Sempre!

O princípio do fim da ditadura ...

sábado, 24 de abril de 2010

MFA - A Aurora de Abril...

Vítimas da Memória da Ditadura aqui tão perto - Baltazar Garzón!




Faltam pouco mais de 90 m para se assinalar a hora em que, há 36 anos atrás, os militares de Abril levaram a cabo o arrojado empreendimento de derrubar uma ditadura com 48 anos. Vale por isso a pena aqui lembrar os eventos que se lhe associam de forma quer analógica, simbólica ou objectiva... e na sequência do post anterior não posso deixar de referir o perigo que advém da ausência de uma evocação da memória, capaz de, sob a narrativa multimedia de uma explicação pedagógica, consistente e insistente, desenvolver nas jovens gerações (crianças, adolescentes e jovens adultos, emigrantes ou não) a admiração e o respeito pelas lutas que significam e arrastam a conquista da Liberdade! ... De outro modo, ser-lhes-á vedada a compreensão do presente!... Não, afirmá-lo não é um lugar comum!... E, a título de exemplo, refiro um caso recente, ocorrido aqui ao lado, em Espanha, "tierra de nuestros hermanos", que combateu corajosamente a ditadura franquista cujos crimes se prolongam, para além da sangrenta Guerra Civil (que registou a ocorrência das primeiras Brigadas Revolucionárias de apoio aos opositores do regime liderado pelo tétrico Generalissimo Franco que mandava pendurar, no alto dos montes povoados do interior do território do seu país, os cidadãos fuzilados com o objectivo de servirem de exemplo dissuasor)... Falo, naturalmente, do Juíz Baltazar Garzón, cuja personalidade e trabalho de uma vida serão um dos modelos europeus (como o foi, noutro contexto, a operação "Mãos Limpas" liderada por António di Pietro em Itália) da luta contra a corrupção. E se evoco Baltazar Garzón é, não só por hoje ter sido organizada, também em Lisboa, uma manifestação de apoio a este Homem de Justiça que levou a Tribunal, ao fim de décadas de silêncio e branqueamento, o julgamento dos Crimes Contra a Humanidade cometidos pelo fascismo espanhol mas, acima de tudo, por considerar grave que, aos olhos das pessoas, em particular dos mais novos, o afastamento do Juiz Baltazar Garzón e a sua condenação por alegadamente ter transcendido o domínio da sua competência no que respeita à acusação dos fascistas que perpetraram tais crimes seja incompreensível, pouco tempo depois da sua actuação contra o terrorismo, ter sido, felizmente!, altamente mediatizada também em Portugal. O que está em causa é que os jovens percebam que a Justiça é uma invenção humana e que o Direito assume formas susceptíveis de praticar a injustiça!... e que, quando assim é, é, mais do que nunca, um dever cívico a luta pelos Direitos Humanos, pela Justiça e pela Liberdade!... e que foi isso que foi feito em Portugal, com o 25 de Abril - uma das maiores lições que podemos transmitir às gerações que se nos seguem!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Da Justiça e da Extinção do Poder Absoluto... dos Juízes




O ridículo mata - diz-se!... mata e assusta - digo eu! De facto, a afirmação de António Martins, na qualidade de representante da Associação Sindical dos Juízes, é assustadora e, mais do que isso, inadmissível! num Estado de Direito democrático. São, por isso, mais do que legítimas as afirmações do Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto e as manifestações de indignação, designadamente, de Ricardo Sá Fernandes. Horroriza-me pensar que o representante dos Magistrados e os que subscrevem as suas opiniões ascendam ao poder político, tal como me horroriza o facto de ter invocado uma espécie de direito à impunidade dos Juízes porque, para além da impossibilidade teórica de, em democracia, se proibir o direito de expressão da opinião pública ou profissional, há sentenças incorrectas, erradas e injustas... em última análise, porque os Juízes não são imunes à corrupção ou ao tráfico de influências!... António Martins prestou um mau serviço à Justiça portuguesa e aos Magistrados! Só espero que não venha agora, propôr a criação de uma Alta Autoridade de Regulação da Justiça!!! - mas, pela prepotência ideológica que se adivinha subjacente às suas declarações, não me surpreenderia!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Um Canto à Liberdade - O Hino de Caxias


... quando nos aproximamos da comemoração do 36º aniversário do 25 de Abril de 1974, cumpre relembrar o esforço colectivo pela conquista da Liberdade!... das prisões políticas que se encheram às mãos da PIDE e da ditadura, o grito de resistência fez-se também de cantos com que os homens e as mulheres fizeram estremecer o Forte de Caxias e com que estremece ainda a alma dos amigos, companheiros e camaradas solidários que conheceram e respeitam a memória e o exemplo.

"Pão" rima com revisão, comissão ou produção?


É uma pergunta pertinente no quadro de uma tão grande fragilidade económica como a que vivemos... até porque, voz populi dixit!, somos um país de poetas - ou não?... A verdade é que, face à consciência da imperiosa necessidade de reconstruir o aparelho produtivo nacional (ou será que se trata, isso sim, de o construir?) vemos toda a oposição concentrada em discutir e voltar a discutir problemas, rumores, suspeitas e factos, criando e multiplicando comissões ora de análise, ora de inquérito... sim, claro que consideramos que as decisões políticas devem ser transparentes e que devemos exercer o direito de esclarecer as dúvidas que se nos colocam mas, deixar que o trabalho político e consequentemente, a agenda mediática se resuma a este tipo de questões é, no mínimo, empobrecedor e, em última análise, lesivo do interesse nacional... na mesma lógica se inscreve a evocação da revisão constitucional cujo maior erro reside no facto do seu argumentário justificativo assentar no reeditar das velhas teses liberais que, com a ainda recente crise financeira internacional, perderam todo o reconhecimento público e intelectual no que respeita à sua validade. Sem a revitalização e redinamização da economia nacional, Portugal não sairá de um sistemático encadeamento de crises que, cedo ou tarde, re-agravando a dimensão do endividamento público, nos não permitirá sair do "ponto zero" a que, ciclicamente, voltamos... por isso, é caso para perguntar se a dimensão estético-literária dos nossos políticos anulou a capacidade de auto-avaliação dos seus desempenhos, razão que justificaria o investimento em comissões e revisões em detrimento de um efectivo empenho na resolução dos problemas do desemprego, do emprego, da produtividade e da produção que, incontornavelmente, definem e determinam a qualidade das condições de vida dos cidadãos.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Leituras Cruzadas...

Enquanto se prepara em Portugal a visita do Papa, corre a informação (ver JMCorreia-Pinto no Politeia) e a análise de 5 anos de pontificado de Bento XVI (ver Rui Bebiano no A Terceira Noite) que pouco efeito terá no impacto social dessa visita e na sua cobertura mediática, por razões que decorrem de imperativos culturais estruturais (leia-se o texto de Nuno Sotto Mayor Ferrão no Crónicas do Professor Ferrão) que concorrem para a inflação das redes sociais (veja-se a observação de Valupi no Aspirina B), deixando à margem a consideração que, de facto, nos deveriam merecer factos e juízos preocupantes, reveladores (leiam-se os textos de João Abel Freitas no PuxaPalavra e de Rui Herbon no Jugular). E enquanto aguardamos que as lições cívicas do passado (leia-se Osvaldo Castro no Carta a Garcia) reeditem a capacidade de intervenção das pessoas que não podem agora invocar a ausência de liberdade como justificativo para a anomia social (vale a pena ler as notícias recentes do SOS Racismo, o texto de António Carlos Valera no Irrealidade Prodigiosa e também a alusão de Ana Vidigal no Jugular), vale a pena ouvir partilhar a nossa atenção com Fernando Cardoso no Ayyappa Express.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ser Solidário...


... mensagens de sempre... hoje, de José Mário Branco...

domingo, 18 de abril de 2010

Surpresa? ... ou talvez não?


Não sei mas, se os afectos significam alguma coisa politicamente, então, este abraço é uma boa notícia (Ver AQUI).

O Tempo... segundo...


... David Gilmour, dos Pink Floyd e agora, a solo... "Time"... para todos os Seguidores do A Nossa Candeia e com um grande abraço amigo de saudades à recém-chegada e muito amiga Isabel Rodrigues!

sábado, 17 de abril de 2010

Uma história de patriotismo...

Tem pouco mais de 60 anos. Sofre de amnésia resultante de um trauma militar... é um homem bom que alega não se lembrar de metade da sua vida e se preocupa com isso, tentando levar os dias, a vida e o trabalho da forma mais pacífica possível. É solidário. Gosta de todos os colegas e todos gostam dele. Idiossincracias à parte, a sua proximidade da vivência rural, apesar dos muitos anos em espaço urbano, fizeram dele um caso singular. Trata, com respeito e ternura, por "meninas" as suas colegas que, quando o assunto é profissional e lhe causa perplexidade, passam a ser "doutoras"; aos colegas, homens, trata-os como camaradas de tropa. Diz sempre: "Bom-dia, boa-tarde" em jeito de cumprimento, a sorrir e, às vezes, por entusiasmo ou por nervosismo, bebe "o seu copito" sem consequências sociais de qualquer género sem ser a vontade de partilhar a alegria ou de "controlar os nervos". Nunca se excede. Pensa e enuncia as suas críticas sociais num misto de confusão ideológica. É justo e, na maior parte das vezes, certeiro na profundidade dos seus breves comentários emitidos em tom passageiro... O seu maior prazer é almoçar com os amigos na sede dos Deficientes das Forças Armadas onde cada acontecimento é, por ele, sentido religiosamente. Gosta de me contar esses encontros e sabe que eu percebo um bocadinho dos códigos e das regras do seu mundo... Um destes dias perguntou-me: "Oh doutora, mas a gente somos obrigados a declarar os poços?"... eu, surpreendida com a pergunta inesperada a meio do dia, respondi: "Não sei... penso que, tratando-se de um furo simples, não mas, se fôr mesmo um poço, é possível que sim, que seja obrigatório" e ele, apreensivo, retorquiu: "É um poço... daqueles redondos, com pedra no bordo mas, se o terreno é meu e está registado..."... "pois - retorqui- não tenho certezas... é melhor informar-se bem, amigo"... Depois desta inconclusiva troca de palavras, fui almoçar e, sem me aperceber, fiquei preocupada com a sua apreensão por saber a importância que, para ele, teria o problema. Quando regressei do almoço, em tom de brincadeira, disse-lhe: "Então, o poço já está registado?"... ele riu-se, com aquele sorriso saudável de homem sério que me faz sorrir a alma... e talvez por isso e por não querer que se enerve pelo sofrimento que sei que lhe causam as dúvidas, dei por mim a dizer: "Sabe? Talvez seja mesmo necessário... porque "eles", no meio militar, precisam de conhecer todos os sítios onde há água... e esse registo pode servir também para isso... não sei... estou a pensar em voz alta"... ele sorriu, encantado! Eu tinha dado sentido a uma obrigação absurda! Nem eu nem ele tinhamos certezas mas, essa possibilidade legitimava-lhe o esforço!... É um cidadão! ... e o seu patriotismo é qualquer coisa que dificilmente seria perceptível aos que tanto falam em patriotismo! Mais uma vez, este homem simples, na sua forma de ver o mundo, fez-me feliz.

É Tempo!


... porque não há tempo a perder!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Esperanças Mil... por Abril!





Vai realizar-se na próxima 6ªfeira, dia 23 de Abril, a partir das 19.30h, no Restaurante do Centro de Congressos de Lisboa situado nas instalações da antiga FIL, em Lisboa, um Jantar-Convívio de comemoração do 25 de Abril.
As inscrições podem ser feitas através do e-mail:

Juntos, para manter vivo o espírito de Abril!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O PS e as Presidenciais - a notícia que tardava em chegar


De facto, tardava já em chegar a notícia de que a candidatura presidencial de Manuel Alegre contará com o apoio do Partido Socialista (ver Aqui)... Ainda bem!... porque o miúdo que pregava pregos numa tábua, que contava sílabas pelos dedos e que não tem medo do mar é o Homem, o Poeta e o Político de que Portugal precisa para o exercício de uma Presidência que faça da República Portuguesa o que dela esperam os Portugueses e o Mundo.

Ameaças, Concertações e Solidariedades Internacionais

















Depois do acordo EUA-Rússia para o Desarmamento Nuclear (ver Aqui) e da negociação pacífica sobre uma matéria que, durante décadas, se constituiu como o cerne da Guerra Fria, Barack Obama conseguiu reunir os parceiros internacionais na Cimeira para a Segurança Nuclear (ver AQUI e Aqui), tendo hoje acordado com a Rússia a eliminação de toneladas de plutónio (ver Aqui). Sem que seja conhecida em detalhe a agenda real dos trabalhos, a iniciativa é, não só meritória mas, acima de tudo, essencial para a segurança planetária e não apenas dos EUA como se poderia deduzir a partir de uma leitura apressada do evento. A articulação inter-nacional é crucial para a definição das regras que visam gerir e fiscalizar a actividade comercial do sector nuclear que tenderá a desenvolver cada vez mais projectos económicos paralelos de aplicação obscura, à revelia de todo o controle público, em prejuízo da segurança dos cidadãos e da fragilidade política dos Estados. O tráfico nuclear, por ora desconhecido - ou, pelo menos, mal-conhecido - da maioria da população é hoje a matéria mais relevante no que à estabilidade e à transparência política diz respeito não só pela protecção da paz e da prevenção da violência mas, acima de tudo, pelo potencial de chantagem e manipulação que pode implicar. Neste contexto, a resposta conjunta terá que ser encontrada ao nível da prevenção, sob pena de nos confinarmos ao controle de danos provocados por atentados de impacto multifacetado cujos riscos não estamos em condições objectivas de eliminar e que, por essa razão, requerem a intervenção concertada de todos contra previsíveis e plausíveis ameaças que a luta pelo poder irá, cada vez mais, configurando. A luta por um mundo livre de armas nucleares é um combate sem tréguas de que não podemos alhear-nos... apesar de todas as resistências decorrentes dos vários rostos do medo - exactamente por ser a melhor forma de o combater!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Da Cultura ao Pragmatismo Insensato... o caso do Museu Nacional de Arqueologia



Não se compreende que uma visão esclarecida da Cultura defenda e promova a mudança do Museu Nacional de Arqueologia para as instalações da Cordoaria Nacional, sendo conhecidas as reservas que o local oferece. Ao nível das águas, a Cordoaria Nacional não garante condições de segurança à preservação do valioso espólio que integra o património do Museu que, até agora, tem estado alojado no Mosteiro dos Jerónimos. O património histórico-arqueológico nacional é uma herança que, ao longo dos anos, não tem sido objecto da atenção e valorização que a sua importância justifica, vítima dessa negligência estrutural que tem sido a (des)consideração política pela cultura e, consequentemente, pela própria museologia... e se há, no nosso país, Museu que tenha feito um trabalho digno de destaque, é, indiscutivelmente, o Museu Nacional de Arqueologia. Não se compreende por isso (repito!) que se pretenda agora reeditar uma iniciativa que, desde o Estado Novo, tem sido adiada pela falta de garantias de segurança no que à conservação do seu espólio respeita. Cabe aliás dizer que seria perfeitamente justificável a construção de raiz de instalações condignas para o património arqueológico que, guardado nos Jerónimos, tem nos seus Reservados, material que, per si, o justificaria - mais: se o Museu dos Coches justificou o investimento em novas instalações, que critério cultural é evocável para que a lógica se não aplique ao Património Arqueológico?... em última análise, é caso para dizer que, "para pior, já basta assim"!... (Ver AQUI)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Leituras cruzadas...

Enquanto a Europa percorre os seus paradoxais caminhos políticos, na senda de um federalismo em construção (vale a pena ler os textos de António Figueira no Cinco Dias e de MFerrer no Homem ao Mar), o nosso país continua a defrontar-se com uma empobrecida lógica que reduz a avaliação dos problemas do desenvolvimento nacional a um confronto partidário que reduz a importância do exercício do poder a uma alternância que, não sendo senão uma das possibilidades geradas pelo actual sistema político, é encarada, de forma adquirida, como alternativa, destituindo, por esta razão, os agentes sociais, cívicos e intelectuais, no empenhamento criativo na ideologia e na apresentação de formas inovadoras de alteração da lógica e dos métodos de governação (leiam-se, a título recorrente, os textos de João Abel Freitas no PuxaPalavra, de Miguel Abrantes no Câmara Corporativa, de José Adelino Maltez no Albergue Espanhol e de Pedro Correia no Delito de Opinião). Estaremos a perder a capacidade de pensar ou a motivação para agir?... Se atendermos ao que, diariamente, vamos conhecendo (vale a pena ler os textos de Nuno Ramos de Almeida no Cinco Dias, de Filipe Tourais no País do Burro ou de João Rodrigues e de José Guilherme Gusmão no Ladrões de Bicicletas) e se dedicarmos um pouco da nossa atenção à forma como tratamos a realidade dos factos, manipulando-os em função de calendários que se não referem à verdade mas à imagem gratuita das efemérides (vejam-se a este propósito os textos de JMCorreia-Pinto no Politeia e de João Tunes no Água Lisa), ficamos com poucas razões para acreditar que a mudança indispensável à economia e à política nacionais, indispensáveis para que se possa, de facto, sair da letargia e da crise em que nos afundámos, esteja próxima de ser alcançada... a terminar as Leituras Cruzadas de hoje, deixo o registo do enumerar de questões que o SOS Racismo vai registando, e a referência ao texto de Paulo Gorjão no Bloguítica.

Um País Esquecido...


... sim, filhos de um país por si mesmo esquecido, cabe-nos não nos deixar que nos percam... à terra, à riqueza da cultura, à identidade e à vida... e enquanto a política agita bandeiras de um discurso sobre o que não há, deixamos morrer à míngua o que temos e o que somos... cegueira de ambiciosos e perdulários, ignorantes e escravos da sedução pelo que dos outros nos chega por ouvir dizer e não por se saber... sim, porque o saber mais nos diria do que nos faz crer o imaginário a inventar uma riqueza que já foi e não o é como queremos acreditar que o seja - talvez para vivermos melhor com o peso na consciência de nada fazer para de nós fazermos o que, incontornavelmente, há a fazer...

Tanta Terra... abandonada!


São as vozes do Grupo Coral "Os Ganhões" de Castro Verde e de Dulce Pontes... porque vale a pena lembrar: "É Tão Grande o Alentejo"!

Da Água do Alqueva aos bloqueados caminhos do futuro... a sul!




Depois de uma conquista histórica, cuja luta durou mais de 50 anos, o Alqueva, construído e pronto a utilizar para revitalizar solos e populações no Alentejo, continuou parado sob pretextos de "dar tempo ao tempo", venda de terrenos a investidores espanhóis e planos de turismo na perspectiva de um futuro que tarda em chegar... sempre sob o lema do "está tudo bem" ou do "quem fala de atrasos e problemas fá-lo por pura maledicência"! ... e as pessoas quase acreditaram... quase acreditaram ao ponto de se desinteressarem pelo Alqueva, o mais importante investimento a sul do país, vital para 2/3 do território nacional!... Felizmente, talvez porque, afinal, a velha crença de que "a verdade vem sempre ao de cima" ainda tem fundamento, o actual Ministro da Agricultura, António Serrano, veio agora enfrentar e assumir um dos mais sérios problemas que se coloca aos agricultores portugueses: o preço da água! ... e anunciou que o acesso à água pela qual tanto tem esperado o Alentejo, outrora dourado e hoje deserto, vai ser possível por 30% do valor inicialmente previsto, ainda que provisoriamente e apesar dos agricultores continuarem a considerar incomportáveis tais custos!... é caso para dizer: "do mal o menos" - pelo menos agora já não se insiste na demagógica fórmula do dizer que está tudo bem! Chega? Não... não chega!... resta-nos desejar e esperar que se não fique por aqui!... A ver vamos...

domingo, 11 de abril de 2010

Pela Praça da Canção...


Conhecem o site: Praça da Canção? Quem o não conhece, pode aceder-lhe AQUI...

Sons Femininos...


... Hoje, os sons femininos são sons da alma portuguesa... pela incomparável voz de Isabel Silvestre e das Cantadeiras de Manhouce, a eternidade do "Menino do Bairro Negro" de... Zeca Afonso!

sábado, 10 de abril de 2010

Da Primavera Social-Democrata...


Tenho acompanhado muito superficialmente o congresso do PSD... porque, por um lado, se trata da agenda formal da vida regular de um partido e, por outro lado, por não haver tempo para que, desde as eleições directas ganhas pelo seu novo líder, Pedro Passos Coelho, se possa esperar algo de efectivamente novo no correr dos dias políticos desta actualidade que Cavaco Silva hoje se lembrou de classificar como "insustentável", dizendo, nas cerimónias do Dia do Combatente, que cada português deve ser um "combatente"?!?!... confesso que ainda me "passou pela cabeça" que o Presidente da República ia começar a defender a extinção das Forças Armadas em nome da contenção de gastos do país (depois dos submarinos e outras aquisições polémicas poderia ser, ainda que inesperada, uma punição eficaz para o sector negocial da área) e propôr um serviço militar obrigatório para todos os portugueses, homens e mulheres, "à maneira", não direi de Israel mas, por exemplo, da Suiça!!!... mas, não!... não era nada disso!... Desculpem o "à parte" mas isto de protagonismos ideológico-partidários, no caso social-democrata - ou em qualquer outro, diga-se em abono da verdade! - é, como as conversas e as cerejas... porque o que aqui quero registar, por me ter chamado a atenção, pela sua coerência sistemática e actualidade política, é o discurso de Luís Filipe Menezes neste Congresso do PSD. Esclarecendo o sentido de "unidade" - quiçá para integrar eventuais assomos dissidentes de Morais Sarmento ou de Paulo Rangel e até mesmo, de Aguiar Branco - e incidindo na re-construção de uma identidade partidária de índole ideológica, Luís Filipe Menezes surgiu hoje como uma espécie de ideólogo social-democrata... a ver vamos se algum resultado interessante para a democracia portuguesa daqui pode resultar.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Do Ensino e da Aprendizagem do Ser - Uma Lição de Manuel Alegre...


"(...) E agora estão na praia, em Espinho. O miúdo que não suporta mangas curtas também embirra com o mar. O pai quer levá-lo a molhar os pés. A avó não deixa. Então o pai leva-o às cavalitas e desata a correr para as ondas, enquanto diz: Nós não temos medo do mar, nós não temos medo do mar.

E atira-se com o miúdo agarrado ao pescoço. Nada com ele assim pelo mar dentro. O miúdo chora, cada vez mais agarrado ao pescoço do pai que de súbito pára, levanta-o nos braços, solta uma gargalhada e diz:

- Nós não temos medo do mar.

Então o miúdo que se assustava com as ondas abraça o pai e repete com ele:

- Nós não temos medo do mar.

A avó chora. O pai passa-lhe a mão pela cabeça. E nós não temos medo do mar. (...)"

(Manuel Alegre in "O Miúdo que Pregava Pregos numa Tábua", ed. Dom Quixote)

Manuel Alegre, Hoje...


É já daqui a pouco, às 19.30h, no Palácio das Galveias, o lançamento do livro de Manuel Alegre "O Miúdo que Pregava Pregos numa Tábua"... entretanto, vale a pena ler AQUI e AQUI as suas mais recentes entrevistas, publicadas, respectivamente, nas revistas NS e LER.

terça-feira, 6 de abril de 2010

De Olivença a Valença - entre Identidades e Pertenças... Nacionais!







Em Valença estão expostas, nas janelas dos cidadãos, bandeiras espanholas... este é, independentemente do que possam querer interpretar todos os poderes, relativizando o facto e considerando que se esgota no assinalar infantil de um protesto, um dos mais sérios sinais do estado de confiança das populações relativamente ao seu sentimento de pertença social ou seja, no caso em análise, territorial e cultural... em causa, está o encerramento do SAP, Serviço de Atendimento Permanente dos Serviços de Saúde para a população de uma localidade fronteiriça cuja alternativa de recurso, face à nova disposição legal, obriga a que as situações de urgência perfaçam pelo menos mais 80 kms de distância entre ir e voltar até chegar a um hospital com competências de socorro a vítimas. A agravar a situação e a legitimar os protestos está, naturalmente, a situação de localização fronteiriça de Valença que bem conhece, pela sua proximidade da localidade espanhola de Tui, a eficácia dos serviços de saúde espanhóis. A seriedade do problema encontra precedentes reflexos nas reacções da população raiana do sul, quer em Elvas aquando do encerramento dos serviços de maternidade locais que justificam os nascimentos em Badajoz dos últimos anos, quer em Barrancos pela falta de apoio nos serviços de proximidade de toda a ordem... para já não falar em Olivença, claro!!!!!! ... diz o povo que: "para bom entendedor, meia-palavra basta"!... contudo, ao que a realidade nos deixa percepcionar, nem a alusão alerta, esclarece ou serve... para prevenir e evitar a desagregação nacional que se sente fracturar pelas arestas menos mediáticas mas, provavelmente, mais sensíveis e dignas de consideração!... Sem discernimento político atempado e avisado, o futuro ditará o impacto político-social da negligência presente, de que Olivença foi, provavelmente, o mais evidente e próximo sinal! ... De Olivença a Valença, entre as questões da identidade e da pertença "de jure" e "de factu"... eis, no mínimo, mais uma "achega", pelo menos, para a reflexão política... nacional! - e, porque não, dizê-lo... europeia?!

domingo, 4 de abril de 2010

Venham Ver...



É este o rosto de um povo que merece mais honestidade e transparência nos enredos da transição para a modernidade... é este o rosto de um povo que deu à luz os filhos apressados de uma vontade de enriquecer que não escutou os cuidados avisados de quem lhe aconselhara amadurecer... é este o rosto de um povo com vontade de crescer... e nós, as suas mãos e os olhos de uma Nação que se quer reconstruir para se ganhar, sem se perder...

(o vídeo que inspirou este meu texto e que aqui trago para vosso conhecimento e nossa partilha, foi encontrado por um feliz acaso no YouTube, foi feito com as extraordinárias fotografias de Luís Lobo Henriques enquadradas pela composição musical de Custódio Castelo no albúm "Múrmúrios" de Cristina Branco e a interpretação de "Chopin" por Pedro Burmester)

Depois da Páscoa...


Espero que tenham tido uma doce, alegre e feliz Páscoa. A sul, os dias viram crescer a extensão de azul do céu e o sol subiu de tom em luz e calor, fazendo os campos reflorir de roxos, verdes e amarelos enquanto a terra, apesar de pouco cultivada e arborizada, voltou a vestir a imagem da esperança que, felizmente, teima sempre, no nosso imaginário e no olhar com que a beleza persiste em ver o mundo, em nos devolver o sentido da poesia - presente na mensagem de todas as ressureições com que os homens ultrapassam as invernias dos seus descontentamentos, das crueldades e dos medos, reeditando a infinita e firme pulsão da vida. Agora, revitalizados pela Primavera que nos lava a alma, voltemos ao cumprimento dos dias, com serenidade e determinação para a continuidade da senda misteriosa e magnífica da constante reinvenção da nossa existência.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Duas Vozes...



Duas vozes maravilhosas para duas belissimas composições... Plácido Domingo em "Nessun Dorma" da ópera "Turandot" de Puccini e Anita Cerquetti em "Casta Diva" da ópera "Norma" de Bellini. Por estes e para estes dias... Aquele Abraço.
Até domingo!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Dois Pecados Sociais...


"(...) Economia sem Moral (...)

(...) Educação sem Carácter (...)" - Mahatma Gandhi