sábado, 31 de janeiro de 2015

Sonoridades Femininas...

... Mari Boine em "Mu Ustit Engeliid Sogalas" (My Friend of Angel Tribe)... para fechar (ou abrir) uma noite de paz...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Da Estratégia do Syriza...

 
É interessante verificar o ataque "cego" à opção do Syriza em se aliar com os independentistas gregos. Sendo certo que não conheço Alexis Tsipras nem sequer a densidade ideológica do Syriza, a verdade é que dou a A.Tsipras o benefício da dúvida... e penso que a condenação "a priori" da sua aliança política para garantir uma maioria na governação da Grécia, resulta de um "parti pris" cujos resultados conduziram, até agora!, às calamitosas incapacidades de gestão e de salvaguarda das soberanias e das economias nacionais que põem em causa o regime democrático... Vale a pena perguntar se, por acaso!, já alguém colocou a hipótese da decisão de Tsipras ser uma estratégia inteligente que garante a viabilidade do governo que se propôs em campanha eleitoral? É que, de facto, uma aliança com alegados nacionalistas, reduz a margem de apoio popular à extrema-direita e alarga o apoio político parlamentar e dos cidadãos que querem emancipar a gestão do seu país das teias da dependência internacional!... Por isso, o mínimo que é exigível à pretensa esquerda portuguesa que "corre" a condenar a opção do Syriza, subscrevendo o incapaz "stablishment" que tão bem conhecemos!, é dar ao novo governo grego o benefício da dúvida. De qualquer forma, o cumprimento das promessas eleitorais, a escassíssimos dias das eleições legislativas!, aí está, já!, sob a forma de legislação pronta a ser usufruída pelo povo -que é, afinal, a razão de ser, primeira e última!, de todo o Estado e de toda a política: aumento do salário mínimo, suspensão das privatizações e eletricidade gratuita para os mais carenciados!... Será a raiva que o Syriza suscita uma reação de "velhos do Restelo"? ... Será que o Syriza vai provar que a mudança é possível?... Esperemos, sinceramente!, que o "governo de salvação nacional" que Tsipras protagoniza tenha sucesso e que, objetivamente!, a Europa comece a mudar!

domingo, 25 de janeiro de 2015

Syriza, o Rosto Europeu da Esperança contra a Fome e contra o Medo!



Para surpresa das forças de bloqueio que continuam a fingir que só o "stablishment" vinga no sistema político (políticos, jornalistas, comentadores e outros "velhos do Restelo", sempre cautelosos, medrosos e cúmplices das malfeitorias a que os povos são sujeitos por abuso do poder dos que os governam), hoje, na Grécia, o Syriza venceu as eleições com uma vitória estrondosa que, felizmente!, se aproxima (faltam poucas horas para se ter a certeza!) da maioria absoluta. A maioria absoluta a que, ontem, no último discurso da campanha, o seu líder apelou perante 40.000 pessoas representando, como agora se confirma!, o empenhamento efectivo dos cidadãos gregos na mudança (ler aqui). Reacendida a esperança, Alexis Tsipras tem agora que manter o sorriso perante o desafio e a coragem a assumir perante as lideranças europeias e internacionais que têm na Senhora Merkel uma exímia protagonista e em Marine Le Pen o retrato de uma ameaça no futuro próximo. A contrapor ao negro cenário que o eixo franco-alemão nos oferece, em tempos tão conturbados e complexos, a Grécia emergiu do negro cenário das acusações neoliberais, defendendo e encarnando a Democracia que, desde a antiguidade, significa o exercício da soberania pelo povo! A Europa fica agora nas mãos da Grécia! Hoje, uma vez mais: Somos Todos Gregos! 

Da Grécia à UE - A Responsabilidade do Syriza

 
 
Hoje, na Grécia, podem votar 9 milhões de pessoas. O Syriza ocupa o primeiro lugar nas sondagens, a 6 pontos do segundo partido com maior taxa de intenção de votos. Considerado radical, o partido liderado por Alexis Tsipras, pode representar, para toda a Europa, o reacender da esperança. Hoje, Somos Todos Gregos e todos, pelo menos, em Portugal e em Espanha, gostaríamos de aí poder votar porque é incontornável e generalizada, a vontade extrema de mudança face à já insuportável política de austeridade que, sob o comando internacional do FMI, da troika e da política europeia, tem vindo, progressivamente e sem dar tréguas, a sufocar as economias em nome da extorsão de receitas cujo único objetivo é estancar a subida, imparável!, dos juros da famigerada "dívida", liquidando postos de trabalho e direitos fundamentais dos cidadãos: do emprego à saúde e da educação à habitação (para além da apropriação das casas pelos bancos, face à incapacidade das pessoas pagarem empréstimos contraídos em tempos em que tal dificuldade se não colocava, dada a existência de emprego, registe-se, por exemplo, que, na Grécia, 10% das famílias vive já sem eletricidade por ausência de capacidade financeira para pagar os consumos). Ao caos social europeu a que se somam os problemas de segurança acumulados pela dimensão da imigração, designadamente, magrebina, africana e do leste, bem como as péssimas condições de vida em que sobrevivem nos "países de chegada" (dando consistência à lógica de reprodução da pobreza) e o risco de sedução da violência e do extremismo que, face à desigualdade de oportunidades, se exerce sobre os jovens levando a que integrem e protagonizem actos atentatórios dos direitos e da vida das pessoas, a União Europeia e, em particular, os países da Europa do Sul deixaram de dar resposta! - preocupados apenas com os números de que se alimentam os organismos financeiros internacionais de anónimos rostos movidos por insaciáveis interesses accionistas e apesar do custo social que daí decorre, materializado em milhões de pessoas a viver sem trabalho e sem horizontes de esperança! Faz, por isso, todo o sentido, o aparecimento do discurso político do Syriza e, em Espanha, do Podemos, que, finalmente, emergem, anunciando a defesa de posturas políticas diferentes, valorizadoras da vida dos cidadãos e de economias sustentadas, orientadas para a produtividade e a distribuição social da riqueza, com o objetivo de devolver aos cidadãos os direitos que lhes foram usurpados e as condições de vida dignas que a suposta Europa Social garantiria. Da capacidade e competência de levar a cabo tais objetivos, no contexto das forças dominantes antagónicas que reeditaram, de forma incontestável, a luta de classes, falarão os tempos mais próximos. Hoje, os olhos estão postos na Grécia e a responsabilidade social do Syriza é, não só, nacional mas, europeia. Do seu sucesso depende, de certa forma, o nosso futuro! Por isso, hoje, mais uma vez: Somos Todos Gregos!  

sábado, 17 de janeiro de 2015

Da Densidade da Expressão...

"Pescadora Valenciana" de Joaquín Sorolla (1916)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Sonoridades Intemporais...



... Georges Moustaky, claro... em "Il y'avait un jardin"...

Do Riso - Pela Paz, o Respeito pela Diversidade e a Liberdade de Expressão!

Hoje, em França, estão nas bancas 3 milhões de exemplares do jornal Charlie Hebdo, cuja primeira página surge com este cartoon... Os sobreviventes da tragédia pretendem, com esta publicação, prestar homenagem aos colegas assassinados e afirmar que, de facto, nenhum líder religioso pode, em consciência, defender a violência e a morte como forma de afirmar as suas convicções! ... Quando as crenças alcançam um grau de obscurantismo que leva a considerar que até os bonecos de neve são anti-islâmicos (LER AQUI), é urgente transmitir às crianças e aos jovens que vivem, designadamente, nas sociedades europeias, que a Liberdade é uma forma de viver que não implica o insulto, a ofensa e que respeita a diversidade, promovendo a tolerância em nome da coexistência pacífica (ao contrário do Medo que é castrador do desenvolvimento da personalidade e inibidor da capacidade de exercício dos Direitos Humanos e dos Direitos Fundamentais a que a Democracia nos permite ter acesso)! Porque rir não ofende (já que sentir-se ofendido é, apenas!, uma atitude de quem não é capaz de viver fora do radicalismo demagógico das suas crenças), exorciza o medo e liberta a energia, o riso permite-nos ser melhores para com os que nos rodeiam!...  Rir é perceber a ironia, quer na arte, quer na vida!... e é urgente aprendermos a rir de nós próprios para abrirmos um espaço efectivo dentro de nós, capaz de respeitar a diversidade e de contribuir todos os dias para consolidar e promover a coexistência pacífica, indispensável no mundo em que vivemos! Por isso: Viva o Humor! Viva a Alegria! Viva o Amor!... e... Viva a Liberdade!...
  

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O Povo é Quem Mais Ordena! Obrigada, Paris! Obrigada, Europa! Viva a Liberdade!

Paris protagonizou ontem, na maior manifestação de que há memória, o espírito da Europa dos Cidadãos que, justamente, deu corpo ao conceito de Europa Social que, durante duas décadas do projeto de União Europeia, animou as pessoas no sentido de, globalmente, se acreditar na possibilidade efectiva de construção de um mundo melhor para Todos!... Ontem, dia 11 de janeiro de 2015, "o povo saiu à rua" para gritar: Não ao Medo! Não à Violência! Não ao Terrorismo! Sim aos Direitos Humanos! Sim à Liberdade de Expressão e à Liberdade Religiosa! Sim à Democracia!... e aos dois milhões de pessoas que encheram o espaço público francês, em grandes e pequenas cidades, uniram-se muitos mais milhões na comoção, na esperança, na convicção e na determinação de que os valores civilizacionais e culturais que defendemos, não podem ser postos em causa pela ameaça de alguns que, na sua megalomania extremista, pensaram poder derrotar a maior conquista da Humanidade (ou seja, o esforço concertado de respeito pelos Direitos Humanos e o esforço de construção de uma sociedade onde sejam vigentes e inalienáveis os Direitos Fundamentais das Pessoas). Apesar das imperfeições, dos retrocessos e da falta de garantias relativamente aos direitos conquistados (mas, como sabemos!, não adquiridos "ad aeternum" porque vulneráveis à qualidade do pensamento político dominante que rege a gestão da Polis), os Europeus saíram à rua, de lápis na mão, desarmados, a "dar o peito às balas"! E não, não o fizeram egoística, submissa ou inconscientemente, em nome de um seguidismo dos líderes (que se associaram a esta manifestação, garantindo a sua presença na primeira fila do segmento em que se juntou a elite da governação e onde estiveram Mahmud Abbas, Presidente da Autoridade Palestiniana, os reis da Jordânia e outros tantos líderes muçulmanos - que não hesitaram caminhar ao lado dos menos gratos Netanyahu, Merkel e outros, em nome da condenação internacional da violência)! Pelo contrário, foram os milhões de cidadãos que fizeram com que se juntassem e caminhassem, acrescentando o rosto solidário à multidão e evidenciando que "o povo é quem mais ordena"! Não confundir a árvore com a floresta é agora a palavra de ordem! Porque não podemos permitir que a contra-informação, mais ou menos consciente, nos queira fazer parecer ou sequer aparentar dizer que, ao apoiarmos Paris, esquecemos a Palestina, a Nigéria e todos os povos subjugados, massacrados e violentados! Não, não esquecemos! Foi por Todos que o espírito de Paris, sob o nome de "Charlie Hebdo", se animou! Na certeza de que ter consciência do resto do mundo, nos não retira a legitimidade de lutar pelos nossos Direitos! De Luto por todas as Vítimas do Terrorismo em Todo o Mundo, Paris foi o exemplo vivo de que os cidadãos sabem e podem unir-se se as causas forem inequivocamente as que defendem o Bem-Comum! Oportunismos e aproveitamentos há muitos... também aqui, é certo! Mas, a verdade é que não chegam para apagar nem esmagar a força e a intenção de Paz e de defesa da Liberdade que, em Janeiro de 2015, a capital francesa protagonizou!

domingo, 11 de janeiro de 2015

Da República: Laicidade e Liberdades Religiosa e de Expressão!

A República é Laica e integra, a título de Direitos Fundamentais dos Cidadãos, a Liberdade Religiosa e a Liberdade de Expressão! ... Portanto, o que está em causa não é a Liberdade Religiosa mas, a Laicidade e a Liberdade de Expressão que, legitimamente, fazem parte dos valores civilizacionais e culturais que defendemos e que a solidariedade com as vítimas dos assassinatos de Paris e do Charlie Hebdo manifesta. A Lei que orienta os Estados de Direito é igual para Todos e deve, por isso, ser respeitada por Todos! Por isso, o que, por estes dias, se julga e se condena não é qualquer pensamento ou prática religiosa mas, a forma criminosa que os atentados terroristas e os assassinatos materializam! Muitos Estados muçulmanos viveram sob regimes laicos (Jordânia, Tunísia, Turquia, Iraque, Síria e o próprio Irão, para dar só alguns exemplos) que o Ocidente não soube ajudar, apenas e só pela defesa dos interesses económico-financeiros imperialistas e a pretexto (dissimulado!) da defesa do Estado de Israel, a partir de contra-informação a que a ignorância cultural dos protagonistas políticos não soube responder, com inteligência e justeza (LER AQUI). De igual modo, condenámos e condenamos, cultural e civilizacionalmente, a pena de morte e a discriminação! Por isso, há que manter o discernimento, de modo a não acelerarmos o retrocesso social posto em marcha pela referida ignorância cultural que predomina na política contemporânea e que a constante e progressiva perda de Direitos dos Cidadãos, evidencia. Viva a República! Viva a Democracia! Viva a Liberdade!
Das palavras de A. Rimbaud à voz de S. Regianni, fica a sonoridade de um percurso entre a liberdade individual e a ideologia do poder...

sábado, 10 de janeiro de 2015

O Preço da Liberdade: entre a Xenofobia e a Igualdade de Oportunidades

JE SUIS CHARLIE! - A Europa e o mundo uniram-se para gritar o apoio às vítimas do jornal Charlie Hebdo -um total de dezassete pessoas assassinadas em nome da oposição à Liberdade de Expressão! De facto, apesar do pretexto do massacre ser, do ponto de vista fundamentalista dos atacantes, a "vingança" do Profeta, a verdade é que o seu significado é a oposição à Liberdade de Expressão e só a cegueira integrista das mentes manipuladas pode reduzi-la à defesa de uma causa, no caso, a ficção psicótica de uma figura da história das religiões que, como todas as lideranças, passou a uma dimensão lendária que serve, também!, a construção e disseminação de um conhecimento deturpado dos factos e da teoria. O processo de alienação de massas ocorre entre os que se limitam a adquirir conhecimento pela transmissão oral de líderes que escondem, sob o pretenso ensino da respetiva doutrina, interesses materiais e obscuros com que escravizam os seus seguidores, conduzindo ao despertar de crenças e práticas elementares que servem esses propósitos, e que prosseguem alimentando e legitimando tráficos de armas, drogas e até de pessoas (pensemos nos raptos colectivos que aconteceram recentemente na Nigéria), numa lógica de consolidação de poder que dá às elites o enriquecimento e a visibilidade pública que decorrem da alienação e do medo, em troca da aquisição de um poder negocial que lhes é conferido pelo domínio dos recursos naturais e da exploração social dos territórios e dos povos em que encontram condições para se afirmar. O problema, complexo e multifacetado, não apresenta um só rosto e resulta da convergência de uma interação sistemática de circunstâncias estruturais e conjunturais, consolidada no tempo e que adoptou, a título de instrumento estratégico, a ideia de "expansão" para além dos limites geográficos originais da emergência ideológica que fundamenta o uso e o recurso ao pensamento religioso, no caso, islâmico. No mundo globalizado em que vivemos, a circulação de pessoas e bens, associada ao acesso público da comunicação através das redes sociais, facilita a difusão destes propósitos e generaliza a possibilidade de recrutamento de indivíduos que, fascinados pelo reconhecimento "dos seus" e a notoriedade pública que lhes é garantida pelos meios de comunicação, se disponibilizam para matar e morrer! E se a questão pode ser mais facilmente entendida em contextos espaciais e culturais generalizadamente pobres ou empobrecidos, onde a revolta colectiva justifica a adesão ao autoritarismo (simbolizado por uma ordem social imaginária que só a repressão concretiza), em contextos ocidentais, assentes em arquitecturas de valores inspirados pelos ideiais de Democracia e Liberdade, o problema torna-se, efectivamente, uma ameaça grave à segurança das pessoas e à preservação desses valores. Depois do 11 de Setembro de 2001 que assinalou com o terror, o medo e a morte, simbolicamente!, a abertura de uma guerra com repercurssões financeiras (até agora incontornáveis!) entre os representantes de dois dos modos civilizacionais que caracterizam o mundo contemporâneo, o confronto assumiu uma escalada de violência que se materializou, esta semana, em 3 dias de terror que jamais esqueceremos: os crimes perpetrados em Paris e o cruel e inesquecível ataque ao Charlie Hebdo, símbolo da liberdade de expressão, da criatividade e do livre exercício da cidadania! Temos agora, por tudo isto, que já implica uma dimensão de crime organizado contra as pessoas e a organização social, um problema para resolver e para o qual intelectuais, pensadores políticos, filósofos e líderes religiosos têm vindo a chamar a atenção com a contundência possível: o problema da segurança e da preservação inalienável dos nossos valores culturais e civilizacionais. Neste contexto, convém fazer convergir a nossa atenção sobre a problemática inerente à capacidade de proliferação de um pensamento autoritário e sanguinário numa cultura que, desde o final da II Guerra Mundial, tem cultivado a ideia da coexistência pacífica e que, designadamente, na sequência da construção política do espaço comum europeu, começou, exatamente pela previsibilidade da emergência da conflitualidade social, face à desigualdade e às assimetrias económicas, a falar e a esboçar ações e medidas que visam promover o Diálogo Inter-Religioso e as Políticas Sociais. A dramática realidade da exclusão social, da inexistente igualdade de oportunidades que sempre deixa de fora "as franjas" sociais isoladas nas periferias urbanas (ghettos de desemprego e de desenvolvimento de perigosas formas de economia paralela), assumiu-se, nos últimos 20 anos, como uma frente de combate a que é preciso dar resposta para evitar a "explosão social" manifesta na existência indesmentível de milhões de pessoas sem trabalho por esta Europa fora, votados ao abandono e ao estigma da marginalidade. Porém, os interesses financeiros e a ideologia dominante assente na valorização extrema do neoliberalismo económico, concorreram para levar ao poder, personagens políticos que ignoraram, progressivamente, a responsabilidade social e que, a pretexto da "crise" e do "resgate da banca", abandonaram o projeto de construção da Europa Social em nome da consolidação da economia do "Euro" - uma ditadura protagonizada pela Alemanha da Senhora Merkel a que os Aznar's, os Barrosos, os Blair's, os Cameron's e os Sarkozy's deram sustentação - quais Césares fascinados pelo protagonismo e o poder que, do alto do seu pedestal sustentado pela profunda ignorância histórica e cultural e pela ausência radical da sua consciência da necessidade de promoção efectiva de uma verdadeira política de solidariedade social, (que se não confunde com caridade e que é, apenas, a designação de uma Política de combate à privação material e de investimento numa efectiva igualdade de oportunidades) desprezaram a dimensão humana dos indivíduos e dos povos. De facto, se não há soluções para resolver ou evitar os problemas da violência social e da insegurança pública, a única alternativa é, além da penalização dos actos criminosos, investir na Educação e na Igualdade de acesso ao emprego e à integração social, a título de contributo para o desenvolvimento de uma resiliência que impermeabilize mais os jovens, face à potencial sedução que o integrismo e o fundamentalismo podem, sobre eles, exercer, na ilusória promessa de um protagonismo e de um sentido para a existência. Tudo o mais são paliativos demagógicos que servirão apenas para nos conduzir a incontornáveis dinâmicas de criminalidade e repressão! Fechar o Espaço Schengen, perseguir pessoas, fomentar a xenofobia e o racismo, propagandear ideias de Ordem Pública (de má-memória!) assentes na opressão e no medo, reduzindo as liberdades e os Direitos Fundamentais dos Cidadãos é o caminho para agravar a intensidade da tensão social em que vivemos, simbolizada, de forma trágica!, nos assassinatos que sacrificaram o Charlie Hebdo!... mas, para isso, precisamos de pessoas sérias, cultas, determinadas e incorruptíveis na Política, capazes de agir em função de prioridades sociais! A Europa precisa, urgentemente, de mudar de rumo na gestão política! É urgente uma ação, dita política!, que se converta numa efectiva gestão ética da Polis, e não em formas de governação protagonizadas por ignorantes, avarentos e submissos aos ditames dos organismos financeiros internacionais que representam os interesses particulares dos que são accionistas dos mecanismos que tutelam e em cujo topo não há religião, nem etnia mas, apenas e só!, a indefectível fé na defesa do lucro! É preciso devolver às pessoas os Direitos que lhes garantem que o espaço e a sociedade onde vivem é, efectivamente, o seu porque é de Todos!... Sim, JE SUIS CHARLIE!... Sim, JE SUIS AHMED! ... e não!... NÃO TEMOS MEDO! 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Da Liberdade como Sonoridade Intemporal...

... Georges Moustaki e Serge Regianni em "MA LIBERTÉ"!!! ... Para Sempre!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Hoje em Lisboa: Somos Todos Charlie! ...

Hoje, em Lisboa, celebrámos um minuto de silêncio pelos jornalistas/cartoonistas assassinados do jornal "Charlie Hebdo" e levantámos a voz pela Liberdade, a Democracia, a Tolerância, a Liberdade Religiosa, a Igualdade e a Liberdade de Expressão! ... porque não podemos pactuar com a eliminação dos Direitos Humanos e a redução do exercício de uma Cidadania Livre e Plural em nome do medo, do terror, do ódio, da morte e dos fundamentalismos! Hoje, Todos Juntos!, dissemos: Eu Sou Charlie! Eu Sou Ahmed!... Hoje: Somos Todos Charlie!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Pelos Direitos Humanos: JE SUIS CHARLIE!

... pela Liberdade de Expressão e Contra Todos os Fundamentalismos: JE SUIS CHARLIE!