O orçamento comunitário aprovado para o período 2014-2020 é o sinal maior da desagregação da arquitetura europeia, nos moldes em que reconhecemos o sentido da sua utilidade pública. As tão evocadas "coesão social" e "consolidação orçamental" são os trajes que o rei fez anunciar que ia vestir (se assim podemos dizer!) quando, na verdade!, desfilou, orgulhoso e sem escrúpulos, todo nu... Um orçamento de 960 mil milhões de euros para 27 países durante 7 anos é "pouco mais que nada" e, feitas as contas!, ronda 1% do PIB europeu... mas, como tudo pode ser visto, com e sem óculos!, do ponto de vista das instituições comunitárias, é um bom orçamento... do ponto de vista nacional, sem óculos!, é dramático!... apesar de se ter conseguido eliminar a comparticipação pública nacional no que se refere ao desenvolvimento "das regiões menos desenvolvidas" (leia-se: todo o país com excepção da região de Lisboa/Vale do Tejo?!), como vai o tecido social português sobreviver - para já não falar do tecido empresarial?!... moral da história: dependemos absolutamente do investimento externo - realidade que, atendendo à política de "deslocalizações" com que o mercado responde à "lei da oferta e da procura", hipoteca, de forma incontornável, a soberania nacional e a vida dos cidadãos... tudo o resto decorre, em última análise!, dos gestores da economia política se limitarem a raciocinar... digamos assim: aritmeticamente!... pois... a "luz ao fundo do túnel" parece conduzir-nos... ao deserto!
O dinheiro tornado disponível, reverterá para quem o der
ResponderEliminar... desejaria que não tivesse razão, Rogério... mas, nada nos leva a pensar que possa ser diferente...
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