... procurara já muitas vezes, sem sucesso, imagens de uma série inesquecível que recordo da televisão da minha infância: "Um Pai para Eddie" (penso que era este o título com que foi traduzido para língua portuguesa)... hoje, um leitor atento e, porque o partilhou, um amigo, de seu nome Rui Pinheiro, trouxe este vídeo até ao "A Nossa Candeia"... Agradeço-lhe sinceramente e aproveito para partilhar convosco uma reflexão que trago comigo - quiçá a aguardar este momento:
Vivemos na época da globalização, das comunicações, da informação, da tecnologia, da informática... é certo!... e a grande vantagem desta realidade é uma significativa (porque seria profundamente incorreto e injusto dizer "total") massificação do acesso a estes instrumentos que, de algum modo, podemos agradecer ao funcionamento democrático mas, também (talvez preferencialmente!), ao mercado de trabalho que busca poupar nos custos de mão-de-obra, inventando máquinas e promovendo o desemprego - numa lógica atenta e aproveitadora dos percalços e efeitos colaterais resultantes de opções que sacrificam, estrutural e persistentemente, a dimensão social da vida... Neste contexto, poderá, talvez!, parecer conservador (ou, pelo menos, nostálgico), dizer aquilo que, provavelmente as gerações mais velhas vão dizendo sempre a propósito dos novos tempos mas que, salvaguardada esta possibilidade, vale a pena "dar a pensar", ou seja, a alteração qualitativa de algumas abordagens mediáticas no que se refere à respetiva influência educativa enquanto demonstração de que uma utilização pedagógica e cuidada dos produtos multimédia, pode contribuir para a promoção de conteúdos educativos indiscutivelmente úteis à formação dos mais novos - e, quem sabe?, para a redução do fosso intergeracional que os tempos vão agravando. Relembro, a este propósito, uma outra série que, de apaixonante, me fez despertar o gosto pela leitura e que, em tempos, já aqui referi: "Bela e Sebastião", a história do menino cigano nascido na montanha e que um velho caçador da aldeia acolheu para ajudar a crescer:
Uma certa evocação da liberdade do pensamento e da ação, da importância crucial da comunicação e do afecto, da luta contra os preconceitos e da promoção da reflexão, da autonomia e do respeito pela pessoa humana na sua diversidade e pluralidade, estavam presentes na mensagem explícita destas séries juvenis de que ainda vale a pena destacar "Pipi das Meias Altas":
De facto, em pleno século XXI, num tempo em que os direitos das pessoas se vão perdendo a uma velocidade assustadora e em que o futuro se anuncia profundamente violento e agressivo em termos de condições de luta pela sobrevivência dos mais jovens, vale a pena relembrar que a geração que agora ronda os 50 anos, viveu, apreciou, defendeu e defende os direitos humanos e os direitos fundamentais, a democracia, a liberdade, a igualdade e o respeito pela diversidade... e é uma geração que cresceu com histórias de fadas a título de estímulo do imaginário e com mensagens cívicas como as que aqui evocamos hoje... Foram por certo, poucas essas mensagens e, infelizmente, não chegaram a todas as crianças - porque eram poucas as que na altura tinham televisão... de qualquer forma, o importante nesta breve mas já extensa evocação é o facto de, atualmente, a sociedade ter perdido esta competência de responsabilidade social que tão vantajosa seria para todos, em termos de desenvolvimento individual e de bem-comum... Há cerca de 40, quase 50 anos, séries como a de Eddie, em que se demonstrava a vivência e o desenvolvimento saudável de uma criança apenas com um dos progenitores, no caso, o pai ou, no caso de Sebastião, a problemática da adopção e do combate ao racismo e à discriminação e ainda, no caso da Pipi, a afirmação da autonomia e da capacidade de resolução de problemas que justifica a confiança nas crianças, foram verdadeiras bandeiras de uma formação emancipada, consciente e solidária... Talvez os media devessem ser obrigados a pensar sobre isso... com os políticos, os professores e os pais!... Por um Mundo Melhor... para Todos!
De facto, em pleno século XXI, num tempo em que os direitos das pessoas se vão perdendo a uma velocidade assustadora e em que o futuro se anuncia profundamente violento e agressivo em termos de condições de luta pela sobrevivência dos mais jovens, vale a pena relembrar que a geração que agora ronda os 50 anos, viveu, apreciou, defendeu e defende os direitos humanos e os direitos fundamentais, a democracia, a liberdade, a igualdade e o respeito pela diversidade... e é uma geração que cresceu com histórias de fadas a título de estímulo do imaginário e com mensagens cívicas como as que aqui evocamos hoje... Foram por certo, poucas essas mensagens e, infelizmente, não chegaram a todas as crianças - porque eram poucas as que na altura tinham televisão... de qualquer forma, o importante nesta breve mas já extensa evocação é o facto de, atualmente, a sociedade ter perdido esta competência de responsabilidade social que tão vantajosa seria para todos, em termos de desenvolvimento individual e de bem-comum... Há cerca de 40, quase 50 anos, séries como a de Eddie, em que se demonstrava a vivência e o desenvolvimento saudável de uma criança apenas com um dos progenitores, no caso, o pai ou, no caso de Sebastião, a problemática da adopção e do combate ao racismo e à discriminação e ainda, no caso da Pipi, a afirmação da autonomia e da capacidade de resolução de problemas que justifica a confiança nas crianças, foram verdadeiras bandeiras de uma formação emancipada, consciente e solidária... Talvez os media devessem ser obrigados a pensar sobre isso... com os políticos, os professores e os pais!... Por um Mundo Melhor... para Todos!
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