Neste momento, destruir estruturas e infraestruturas produtivas em qualquer sector da atividade económica nacional é um atentado contra a soberania do país e, neste sentido, um crime de lesa-pátria! De facto, o desmantelamento dos Estaleiros de Viana do Castelo e a alegada necessidade da sua privatização constitui inequivocamente um acto doloso uma vez que a potencial e tantas vezes anunciada procura dos seus serviços, denota a sua efetiva viabilidade (da construção e reparação de submarinos, às encomendas venezuelanas e a todo o mercado que poderiam abranger se a sua promoção e gestão fosse profissionalmente concretizada, a partir de uma determinação política séria e competente). Por isso e sem precisar de mais argumentos, a questão deve colocar-se de forma incontornável, imediata e minimalista: se uma empresa privada (a Martinfer) vai adquirir uma estrutura desta dimensão, convicta na sua capacidade lucrativa, como pode o Estado alegar a sua natureza inviável? Desrespeitar os trabalhadores, os cidadãos e o país é um preço que a História cobrará... entretanto, mais pobreza grassará no Minho e mais deficitárias ficarão as competências portuguesas para Portugal sobreviver enquanto país soberano.
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