... é para ti, o poema... o "Poema Viajeiro":
São viajeiros
os olhos quentes
que atravessam o coração
dos tempos
e encontram a cada passo
a eternidade
de que se fazem os instantes
onde se guarda o conteúdo da vida...
São viajeiros os olhos,
as mãos e as (in)certezas
com que, como caravelas,
cruzamos as águas
que nos conduzem às terras
feitas céu e feitas chão
onde, libertos de ferros, lançam âncora
os corpos feitos matéria de navegação...
São viajeiras
as palavras com que se forma o poema
porque é em voo
que as gaivotas fazem pontes
com asas
a unir margens
onde da paixão nasce a esperança
e do amar a confiança...
São viajeiros
os cais e os destinos,
certos à partida,
do chegar...
e são sem medo
todas as viagens
com que, de tanto o abraçarmos,
seremos mar.
Belo, Ana Paula.
ResponderEliminarBeijinhos.
Obrigada, Miguel :)
EliminarBeijinhos
Lanço a ancora
ResponderEliminarNão para parar este ir, este viajar
Lanço ancora para pensar
Vale a pena viajar sem destino?
Dou rumo à nau, e é enorme
a tormenta
que se levanta
(esperemos que a vela aguente
e o homem do leme não trema)