Se méritos socio-económicos positivos não tem, a verdade é que a discussão sobre o Orçamento de Estado para 2015 revitalizou o debate político em Portugal, devolvendo ao país um PS com capacidade crítica e analítica. De facto, há muito que se não ouviam intervenções substantivas como as de Vieira da Silva e de Ferro Rodrigues (as quais, apesar de terem sido transmitidas em direto na televisão, não consegui, à data inicial deste escrito, encontrar disponíveis na internet mas cujos links, posteriormente, um leitor me indicou tal como se pode ver abaixo) que fizeram, com rigor e qualidade, o diagnóstico do país real que somos porque para aqui fomos conduzidos e a que se seguiu o indispensável compromisso de António Costa sobre o cumprimento da Constituição, determinado pela decisão do TC, relativamente à reposição dos cortes salariais que o actual Primeiro-Ministro insiste em espartilhar, de acordo com interesses que ferem a justiça, a legalidade e a boa-fé requeridas pela defesa do Bem-Comum. E se do debate vale a pena voltar a salientar a qualidade da intervenção de Vieira da Silva (ouvir aqui) e o discurso de Ferro Rodrigues (ouvir aqui), a verdade é que é necessário muito mais trabalho e reflexão para a apresentação de propostas credíveis e viáveis por parte do PS, para que um programa orçamental alternativo justifique a confiança dos portugueses - que, da contundência das intervenções de ontem e hoje, pode sentir o começo do atear de alguma esperança. Entretanto, merece registo a referência de Passos Coelho à viragem económica que o Governo anuncia para 2015 porque, se era para "levar a sério", pensando no calendário eleitoral legislativo do próximo ano, o momento escolhido para o anúncio tem a credibilidade... de uma brincadeira própria do Halloween?!
https://www.youtube.com/watch?v=fdbCfWzcLV0
ResponderEliminarMuito, muito obrigada :)
Eliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=9wsmRzcGWLE
ResponderEliminarAgradeço e já introduzi no texto :)
EliminarBom fim-de-semana :)