"Quinta-feira, 30 de Agosto de 2012
Deixei de ser docente da UAL
Para os meus
ex-alunos de 2011-2012 na Universidade Autónoma de Lisboa
(UAL)
Deixei de ser professor da UAL.
Inesperadamente e pela calada das férias, a direção mandou-me dizer, por carta
de entreposta pessoa, que punha fim à minha colaboração. As justificações
apresentadas são fantasiosas e vazias, pelo que é seguro que há outras,
porventura relacionadas com uma brevíssima crítica que formulei, num “Prós e
contras” em que se comparava a qualidade dos setores público e privado. A
propósito, referi a falta de uma política de investimento científico e académico
do ensino superior privado em geral (nem sequer referi a UAL) e a consequente
dependência em que isso o coloca perante o ensino público. Esta opinião é, de
resto, favorável à real autonomia e a um desenvolvimento correto e sustentado
das universidades privadas, como hoje está patente, pela positiva – veja-se o
caso da Universidade Católica - e pela negativa. De há muito que legitimamente a
tenho e a exprimo. E, nos anos em que trabalhei na UAL (mais de dez), muitos
esforços fiz: para trazer à Universidade pessoas que a prestigiassem; para dar
ao meu ensino a melhor qualidade possível, para o inovar; para me ocupar
pessoalmente (e não por intermédio de assistentes ou de colaboradores) das
tarefas de ensino e de avaliação; para promover um contacto direto dom os
alunos, por meio de blogues ((http://amh-hespanhol.blogspot.pt/; para o ano que vem, já tinha
on line, há mais de um mês, blogs relativos às novas disciplinas, com
programas e calendários: http://ua-hi-2013.blogspot.pt/, http://ua-2013-te.blogspot.pt/). De modo a que
nunca se pudesse dizer que fazia ali um ensino de segunda, em relação ao que
fazia na Universidade pública. Colegas e alunos reconheceram isso e disso me
deram testemunhos frequentes.
Enfim, nada disto
contou, perante a vontade de quem – por razões que ignoro ou prefiro ignorar –
não me queria na UAL. Sei que este desfecho foi promovido apenas por alguns, que
conseguiram levar avante a sua decisão. Não envolvo, por isso, nele, nem toda a
direção, nem os restantes órgãos da Universidade, nem os meus Colegas de
Departamentos, nem os funcionários, nem os estudantes. Creio bem que muitos
destes se sentirão muito incómodos por isto acontecer, ainda que – por razões
que se compreenderão – se mantenham discretos. Em algumas instituições da nossa
vida pública e privada, vai sendo muito penalizador dizer-se o que se pensa,
mesmo em instituições em que a verdade e a liberdade deviam estar antes de tudo,
como é o caso das Universidades.
Pode ser que nos
encontremos em outros lugares e que possamos retomar diálogos proveitosos e de
boa memória
Abraços amigos."
E que estranho é esse silêncio pela blogosfera... que também (agora) ela
ResponderEliminarleva um tempão a reagir...
Para onde estamos a ir?
Está na moda despedir...sem olhar a quem!
ResponderEliminarOs blogers teem interessses específicos...