O Relatório da ONU sobre"Situação e Perspectivas da Economia Mundial 2013" previne: a taxa de desemprego está a provocar uma nova recessão global decorrente do agravamento da crise europeia, do risco orçamental dos EUA e do efectivo abrandamento da economia chinesa. A previsibilidade das perdas de produção varia entre 1 e 3% e faz prova da ineficácia das políticas económicas baseadas na austeridade e nos cortes orçamentais - que, ao invés do que alegadamente é invocado para a sua defesa, impedem a recuperação económica e a criação de emprego (ler aqui). Por isso, falar em cenários que apontam para o sucesso das medidas de política económica adoptadas pelas governações nacionais. sob recomendação das instituições financeiras internacionais (ouvir aqui), é ignorar a realidade e levar à prática a criação de uma imagem destorcida de uma sociedade que se limita a ver reduzida a qualidade de vida dos cidadãos, a par do extraordinário e quotidiano aumento da pobreza e da exclusão, a um ritmo vertiginoso e socialmente insustentável. A objetividade das previsões macro-económicas está, aliás, à vista de todos, contrariando os anúncios da demagogia que, sem credibilidade, começam a emergir no discurso político. Testemunho maior desta inquestionável e indesmentível evidência é, para além de todos os reflexos sociais de carácter setorial (pensões, salários, educação, saúde, segurança social, etc) que asseguram a natureza estrutural da crise, o facto de, por exemplo, em Lisboa, nas ruas, ter deixado de haver a circulação massiva de pessoas e de trânsito que todo o país reconhecia... sem filas intermináveis em "horas de ponta" que assustavam e se tentavam evitar, hoje, com raras exceções provocadas pelas greves no setor dos transportes, autocarros e paragens estão quase vazias ao longo do dia... e, paradoxalmente, a atmosfera de silêncio e a sensação de tranquilidade, tão desejadas no antigo frenesim das grandes cidades, são apenas os mais indesmentíveis sinais de uma tragédia aparentemente sem retorno no curto e no médio prazo, que conhecemos sob o nome do desemprego.
E o silêncio, que produz um som ensurdecedor, um dia rebenta...
ResponderEliminar... é impossível não rebentar... de uma ou de outra maneira, a explosão é inevitável...
EliminarSomente a Arte nos pode salvar!...
ResponderEliminar... se é a Arte que acorda, é na Arte que depositamos a esperança da eficácia requerida...
Eliminar:)
Querida Ana Paula! Há bastante tempo que não nos vemos mas aqui estou para lhe agradecer a sua ida ao meu Blog, que ficou desconfigurado mas agora já vou conseguindo postar,
ResponderEliminarDesejo-lhe um ano 2013 cheio de realizações e um grande beijinho para si, de quem já tenho saudades. Agora já sou avozinha e é muito bom!