A OCDE é uma instituição credível ao nível das previsões socio-económicas, razão pela qual devem ser tomados em séria consideração os dados que ontem foram conhecidos: em 2013, Portugal continuará em recessão, a dívida pública atingirá 120% do PIB e o desemprego ultrapassará os 16%... conclui a OCDE, em sintonia com a teoria económico-política dominante, que o país terá que aumentar as medidas de austeridade... e se a conclusão não é, seguramente!, a indicada para efeitos da promoção da melhoria das condições de vida das populações, a verdade é que está de acordo com o que, na actual conjuntura política europeia e nos termos que regem a gestão global das finanças internacionais, se pode prever... porque não há, no horizonte político dominante, designadamente no que se refere às relações internacionais, sinais de alteração das regras e dos princípios que subalternizam as pessoas, os direitos e a cidadania. A degradação social continuará por isso ao vertiginoso ritmo que estamos a viver, corroendo, cada vez mais perigosamente, a democracia e o crescimento (ao contrário do que se "apregoa" por esta Europa que pretende integrar a aparente diversidade que muitos pensam poder ver na nova liderança francesa) continuará a caminho do chamado ponto zero... Calamitosa, a realidade é inequívoca no apelo que implica relativamente à indispensável mudança radical dos métodos de gestão das economias... ignorá-lo é, no mínimo, um atentado contra a dignidade da vida humana.
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