Vital Moreira expõe, finalmente!, o diagnóstico que ninguém tem querido assumir (ler AQUI), entretidos que andam a justificar cenários desejavelmente conjunturais (ler aqui), em busca de "zonas de abrigo" (se assim se pode dizer!) para legitimar titubeantes críticas e projectos de poder (ler aqui) ou a definir modelos sucessórios (ler aqui)... Na verdade, neste momento, em plena crise estrutural e sem cenários realistas de mudança à vista, as universidades de verão dos partidos políticos são reuniões partidárias sem interesse público, a não ser o de darem visibilidade à ritualização gratuita da chamada "rentrée". Quixotes esgotados a simular convicções empolgadas contra velhos moinhos, seguidos pelos fleumáticos Sanchos do costume, mais não fazem do que discursar em círculo sobre o limitado perímetro da sua reflexão... Sem autonomia de pensamento, reféns de uma alienação organizacional que não permite "gritos de ipiranga" e condiciona, assumidamente!, a reflexão livre e desassombrada onde poderiam surgir "rasgos" criativos capazes de propor alternativas diversas às opções económico-financeiras, de modo a salvaguardar a dimensão social da política, a imagem que o cenário político-partidário transmite à opinião pública é a de um distanciamento incontornável da realidade, reduzindo-se a promover o cada vez maior alheamento dos cidadãos em relação a discursos vazios e ostensivamente desinteressantes. Nas universidades de verão seria de esperar que se debatessem modelos económicos e financeiros diferentes, que se propusessem políticas externas eficazes, que se estruturassem intervenções europeias sustentadas, que se pensassem reconfigurações das medidas políticas, que se ponderassem custos e benefícios das propostas a apresentar - para evitar medidas que resultam na produção de efeitos secundários ditos "inesperados"(?) como, é o caso da redução do consumo, da receita fiscal, etc., etc., etc.... enfim!... que se trabalhasse empenhadamente por um país e uma vida melhor para todos!
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