terça-feira, 20 de setembro de 2011

"O Cemitério de Praga"...

Acabei de ler "O Cemitério de Praga" de Umberto Eco. As minhas desculpas aos "aficcionados" de "O Nome da Rosa" e sem qualquer menosprezo por uma obra genial como o foi a publicação deste grande romance do historiador e filósofo italiano que deu à estampa uma narrativa ficcionada com o objectivo explícito de ajudar a desmistificar a Idade Média e, de certo modo, os meandros "ocultos" da Igreja Católica... mas, "O Cemitério de Praga" é uma obra ousada, actual e pertinentissima para se compreender o processo das interacções histórico-culturais ecléticas que justificam a travessia europeia do século XX e, de certo modo, o nosso século XXI. Nesta obra, Umberto Eco situa-nos no século XIX onde, entre jesuítas, maçons, o esoterismo, a emergência de ciências como a psicanálise e a grande discussão, à época, sobre os judeus, se edificaram as raízes do que  sustentou o inconsciente colectivo europeu em que se alicerçou o nacional-socialismo de Hitler. Não é um livro fácil... e, às vezes (muitas vezes!), é um livro (quase) odioso... mas, acreditem!, é, indubitavelmente!, um livro interessantissimo e diria mesmo, essencial!, para o entendimento contemporâneo. Vale a pena ler.

21 comentários:

  1. Sabes eu também adoro ler, e depois que comecei a usar a Internet, eu deixei de lado os livros, é um mal esse vício da Net...
    Vou ver se encontro por aqui esse livro, parece que é bom, pelo que relatas...
    Boa noite, já deves estar dormindo.
    Aqui são 20:15.Bons sonhos!
    Beijo da Mery.

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  2. Se a Ana Paula não vos convencer com a sinceridade daquele "odioso"... atentem pelo menos na Editota, sem falar obviamente do Umberto. A Gradiva não é para mim uma editora, é uma instituição.

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  3. Fiquei com curiosidade...
    Talvez siga a tua sugestão.

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  4. Obrigada pela sugestão, Ana Paula. Vou seguir a dica :))

    Beijinho

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  5. Ana Paula,
    Seguirei o conselho. Vou comprar e ler o livro. Aprecio bastante Umberto Eco, destacando também o Nome da Rosa de tudo quanto li do autor.
    Um abraço de amizade,
    Carlos Fonseca

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  6. Olá Mery :))
    ... tens toda a razão: ainternet afasta-nos desses bons amigos que são os livros :))... mas, os bons hábitos merecem ser recuperados :)
    Quando escreveste este comentário, estava em Tallinn (na Estónia)... cheguei esta noite e por isso só agora respondo :)
    Beijinho :))

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  7. Olá Vasco,
    ... aguardo que leias e que comentes - a tua interpretação desta obra promete ser interessante :))
    Abraço.

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  8. Olá Ariel :)
    Fico curiosa e interessada na tua opinião :))
    Aguardo :))
    Beijinho

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  9. Comprei. Comecei a ler. Sou lento, demorado.
    Para já, ri-me com a descrição dos alemães,
    e verdadeira também a impressão
    sobre os franceses.

    Agora, aquele primeiro capítulo,
    com a descrição condicional
    do que se observaria
    se isto e aquilo
    fosse o caso,

    deixou-me advertido
    para as múltiplas
    e diferentes

    idades, gerações e costumes
    que em cada lugar se revezam
    no desenrolar do tempo

    — as cidades e vilas do nosso país
    são mais velhas que o nosso país! —

    — e a comprová-lo estão os bustos
    de sete imperadores romanos
    que sobre este país
    reinaram :) —,

    e todo esse realismo plural
    para retratar uma praça de Paris,
    a desembocar num cul-de-sac,

    — como os muitos com que
    sistematicamente
    me deparo

    e me tolhem o passo
    obrigando-me a retroceder
    no caminho! :)



    Vou ler :)
    D'"O Nome da Rosa", gostei.

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  10. Comprei. Vou ler. Sou leitor demorado, lento.

    Para já ri-me com a descrição dos defeitos
    dos alemães, e também é verdade
    o que ele diz dos franceses.

    Aquele primeiro capítulo!,
    — a descrição condicional
    do que se observaria
    se isto, aquilo e aqueloutro
    sucedesse ser o caso :) —,

    a par da descrição intercalada
    de como as pessoas, as coisas,
    e os costumes eram em épocas passadas —,

    surpreende o leitor deixando-o suspenso
    num cul-de-sac de uma praça de Paris!,

    o que particularmente a mim me fez sorrir,
    porque passo a vida e deparar-me
    com cul-de-sacs, nas minhas
    deambulações de estrada! :)

    Mas vou ler,
    com atenção e gosto.

    Dele, gostei d’ “O Nome da Rosa”
    e do “Kant e o Ornitorrinco”,
    embora os especialistas
    não apreciem a sua
    ligeireza filosófica…


    Obrigado pela tua sugestão de leitura.

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  11. Olha!!!

    Julguei que tinha perdido a 1ª versão
    e tentei reeditá-lo e enviá-lo
    como o escrevera...

    Ficaram semelhantes os comentários, lol.

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  12. Olá Vasco,

    Fico feliz por ter comprado... e, deixa que te diga: para quem ainda agora começou a ler, a crítica promete :))
    Abraço.

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  13. Olá Carlos,
    Penso que vai gostar muito... na minha opinião trata-se, de facto, de uma obra imperdível para conhecer e compreender os meandros menos públicos da história contemporânea.
    Um abraço com a amizade de sempre.

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  14. Olá Graza :)
    Faço minhas as suas palavras e se as minhas não convencerem o leitor pelo qualificativo que inseri neste post, ao menos, que se deixem tentar pela excelente chancela da Gradiva.
    Um abraço.

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  15. Ana Paula farei o esforço de ler devido ao seu comentário e crítica do mesmo! Irei comprar! Obrigada por compartilhar conosco! Bj,
    dani

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  16. Vale a pena, Dani... é uma obra realmente importante!
    Beijinho

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  17. Estou a travar uma luta heróica com o livro do Eco.Mas é imperdível , pois não se consegue larga-lo.Muitos personagens , lugares .Enfim um turbilhão. Estou a gostar da leitura .

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  18. Caro Anónimo :))
    ... é, de facto!, uma luta :))
    ... aconteceu-me o mesmo!... até ao fim!... e vale a pena!
    Obrigado pela partilha!
    Um grande abraço.

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  19. Gente...não consegui ler o livro até o fim!!! Gostei de algumas coisas, mas não dei conta de ler tudo. Achei entediante. será que me faltou compreensão?

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  20. Ana paula sou de Fortaleza Ceara, no Brasil quero dar te meus parabéns por esse blog que fala de tudo de forma simples e elegante, parabéns!!!

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  21. Gadesco,
    Que boas palavras estas, vindas do Ceará :))
    Muito, muito obrigado, meu amigo!... guardo-as no coração... e confesso!, é exactamente isso que pretendo com A Nossa Candeia!
    Bem-haja!... e Até sempre :))
    Um abraço.

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