Vivemos numa caixa de ressonância rodeada de espelhos… é por isso que permanecemos nas margens do entendimento, face a uma verdade que permanece oculta porque insiste em nos escapar entre os dedos, fugaz e furtiva, como a areia das praias que não há… persistimos assim na repetida projecção de infinitos déjà vu/déjà vécu e inventamos um espanto que, ao invés de surpreender, nos faz sorrir. Porém, para que as crianças se não percam na cinza dos dias e possam, de facto, inventar a alegria de viver, é fundamental que sintam apoio ao longo do processo de crescimento com que se debatem, na solidão estranha ao ruído dos tempos... porque crescer é aprender o discernimento e é esta aprendizagem que a cultura e a educação podem ajudar a cumprir, em nome da construção da liberdade e da autonomia individual de que os mais jovens precisam, para enfrentar sem medo o futuro incerto.
(Este post, ilustrado pelo belo tema "Teach Your Children" dos Crosby, Stills, Nash and Young, decorre da associação de ideias que a minha amiga M.José, educadora infantil e dinamizadora cultural, acabou por me induzir, através do comentário ao post que se pode rever aqui e que emergiu de um evento cuja organização se lhe deve e que referi aqui).
Gostei!
ResponderEliminarAinda bem, Donatien :))
ResponderEliminarObrigado!
Bom fim de semana.
"enfrentar sem medo"
ResponderEliminaré o meu tema de hoje... Do seu, gostei, também...
Obrigado, Rogério... presumi que sim :))
ResponderEliminarUm grande abraço.
... grande Dom das crianças, o espanto, e o encanto de todos os dias olharem o mundo com um esplendoroso ver!...assim os ecos e reflexos resistam!...
ResponderEliminar... e minha amiga, bem me lembro dos dias em tua casa, escutando músicas cantadas, e outras faladas!!...
Obrigada
Beijos da Rua das Flores
M. José
Pelo espanto, as crianças saberão vencer os ecos e reflexos... e pelo discernimento encontrarão, para além dos espelhos, o real que vale a pena ver e em encontramos o encanto de viver :))
ResponderEliminarBeijos com flores :))