... não nos iludamos!... o sistema de crenças e representações a que, de forma estrutural, nos encontramos alienados por determinações socio-cognitivas, culturais e psicológicas, é o instrumento maior da manipulação do livre-arbítrio e da autonomia do pensamento... é por isso que o controle social se exerce mesmo no aparente contra-poder que mais não faz do que criar condições de continuidade às lógicas de corporativismo que justificam a escolha dos contrários... assim, vivemos reféns de uma contínua ilusão de mudança que só por momentos nos permite vislumbrar o movimento... ocorrem-me as teorias dos pensadores pré-socráticos, Heraclito, Empédocles e Zenão de Eleia cujo grau de percepção denota excelsas explicações do papel e da função do simbólico... ou, se preferirem, essa obra magistral de Bertolucci intitulada "O Último Imperador" onde se dá conta da dificuldade em se manter o rumo por mais tolerante que seja, face à cegueira das dinâmicas do poder que podem até nem se reconhecer como tal...
É bem verdade Ana Paula. O General Eanes diz que estar no poder e ter a consciência que pouco ou nada pode mudar é uma tremeda desilusão.
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