A polémica reacendeu-se a propósito da "peregrina" ideia do Partido Popular que, em Olivença, através do seu "Exmo Ayuntamiento", resolveu celebrar a ocupação e anexação do território oliventino pela administração espanhola. Refira-se, antes de mais, que esta ocupação/anexação foi protagonizada por um conjunto de forças militares europeias (franco-britânicas e espanholas -claramente integradas no espírito da conquista napoleónica, cuja validade foi reconhecida como ilegítima e anulada 14 anos depois, em 1815, pelo célebre Tratado de Viena e em particular pelo seu artigo 105º - LER AQUI), cujo intuito se caracterizou por ser inquestionavelmente alheio não só ao Direito Internacional mas, também aos interesses regionais e, em particular, à época, das populações. Ridícula, por extemporânea e, porque não dizê-lo?, anti-democrática, a iniciativa é apenas uma "manobra de diversão" de um poder político agravadamente contestado em função da crise e do desemprego, que visa a dissimulação através do acender dos "fantasmas" das rivalidades vizinhas numa região de fronteira. A questão não é de somenos e, felizmente!, em Portugal, o Partido Socialista reagiu já (LER AQUI) de forma pública, colocando o problema à tutela ministerial adequada (MNE). Esperemos que a razão e o rigor se sobreponham às estratégias ideológicas e partidárias do Partido Popular que não tem o direito ético de, por mero interesse conjuntural, hipotecar a verdade e a convivência pacífica com que as populações das duas margens do Guadiana têm vivido ao longo da história das democracias portuguesa e espanhola, ressuscitando tempos de uma má-memória franquista que, por toda a região, não colhe felizmente!, senão resistência! ... porque o pretexto de, entre os oliventinos, o interesse pela língua e a cultura portuguesa, ter aumentado significativamente nos últimos anos não justifica procedimentos políticos tão empobrecedores da riqueza cultural e do património que nos une!... a não ser perante uma visão imperialista e autoritária, receosa das regras de solidariedade que a vivência comunitária ensinou às populações, cujas práticas democráticas são exemplo não só de tolerância mas, essencialmente, de entreajuda e confiança recíproca!... porque a amizade, a dignidade e o respeito pela identidade cultural das populações é um Direito que se não pode tratar no tabuleiro dos jogos dissimuladamente "didácticos" ou diplomáticos!
Abrir a polémica da "guerra das laranjas" não podemos esquecer Olivença.
ResponderEliminarBelíssimo!
ResponderEliminarUm abraço, Ana Paula.
Cara Amiga Ana Paula,
ResponderEliminarFiz "Link Inevitável" pelo texto e pela importãncia do tema.
Obrigado!
OC
É verdade Luís... até porque, nos tempos que correm, pensar Olivença é importante para compreender a Europa com que nos defrontamos...
ResponderEliminarUm abraço.
Muito, muito obrigado, Miguel :))
ResponderEliminar... gosto de saber que o percebeu assim...
Um abraço.
Caro amigo Osvaldo Castro,
ResponderEliminarMuito obrigado pelo honroso e belo link inevitável que teve a gentileza e a bondade de escrever no A Carta a Garcia.
Um abraço.