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"Expresso - Lusa
O capitão de Abril defende que Portugal deve sair do euro e que a Europa não escapa à destruição do Estado Social.
O "capitão de Abril" Vasco Lourenço considera que uma guerra na Europa é inevitável, se esta se continuar a "esfrangalhar", e defende a rápida saída de Portugal do Euro, preferencialmente em conjunto com outros países na mesma situação.
"A Europa vai esfrangalhar-se, vem aí a guerra inevitavelmente", disse, referindo-se à "destruição do estado social" e à "falta de solidariedade que está a haver na Europa".
O presidente da Associação 25 de abril, em entrevista à agência Lusa, recordou que a Europa tem atravessado o maior período de paz da sua história, desde a Segunda Guerra Mundial, o que só foi possível graças à conquista pelos cidadãos do direito ao Estado social, à proteção, à saúde, à educação e à segurança social.
Saída atempada da UE
Recorrendo à fábula da rã que é cozida sem dar por isso, porque está dentro de uma água que vai aquecendo aos poucos, Vasco Lourenço não tem dúvidas de que é preferível a rutura do que "deixarmo-nos cair no abismo para onde este Governo e a Europa nos estão a atirar".
Como alternativa aponta a saída atempada e programada da União Europeia e do euro, manifestando esperança de que haja condições para Portugal ser capaz de se ligar a outros países nas mesmas circunstâncias e tentarem encontrar soluções coletivas.
"Se possível seria ideal sairmos com outros países, porque as dificuldades serão muito maiores se sairmos isolados. Agora se houver um conjunto de países que estão em dificuldades que se unam e concertem a sua saída do euro, é capaz de ser muito melhor e dá-nos a possibilidade de darmos a volta por cima".
Reconhecendo que não será fácil conseguir essa articulação, Vasco Lourenço mostra-se convicto de que muito provavelmente os outros países em situação semelhante à portuguesa estarão a discutir o mesmo tipo de possíveis saídas.
"É preciso juntar esforços e chegar à conclusão que todos teremos a ganhar se unirmos esforços dos vários países contra quem está neste momento a ocupar-nos não militarmente, mas financeira e economicamente", disse.
Que orgulho em um dia me ter sentado ao seu lado...
ResponderEliminar(estas palavras não cairão em "saco roto", antes irão acordar alguns, surdos às vozes que dizem ser vulneráveis os muros... os muros deste labirinto em que me sinto)
Recíproca e solidariamente, muito agradeço a boa partilha, Rogério.
ResponderEliminarAbraço.
Boa noite.
ResponderEliminarO sr. Vasco Lourenço que teve papel importante no 25 de Abril, parece ser hoje um extremista de esquerda, que nao descansa enquanto o governo nao for abaixo. Que o pais esta mal, é verdade; que a Europa ja conheceu dias melhores, também nao pode ser desmentido; mas dizer que vem ai uma guerra e que o velho continente vai piorar ainda mais demonstra uma falta de imparcialidade na luta politica, mais do que uma correcta observaçao da realidade. Era bom que as pessoas com notoriedade se preocupassem mais em dar esperança, em vez de so se preocuparem com polémicas inconsequentes.
Caro Bruno,
EliminarApesar de compreender a revolta pacifista que faz recear o teor das teses citadas, a verdade é que a dinâmica da História torna o cenário equacionado por Vasco Lourenço uma possibilidade muito real... que se pode adiar no tempo mas que não pode ser ignorada...