Em Portugal, o pensamento escreveu-se sob a forma de Poesia... nos tempos que correm, como acabámos de constatar na entrevista de Manuel Alegre à RTP 1, a lucidez política renasce nas palavras do Poeta... destaco o sentido de uma expressão lapidar de M.Alegre sobre os princípios subjacentes à atual governação portuguesa que, afinal de contas, coloca os "credores" acima do interesse nacional!... entretanto, para além da referência crítica às opções estratégicas de privatização da RTP e da TAP que, de modo elucidativo, sintetizou, M. Alegre abordou incisivamente as consequências do Tratado de Maastricht enquanto contrárias ao espírito europeu que integrámos e tirou o véu ao projeto ideológico ("não escrito"!) em que assenta a ultrapassada dicotomia cartesiana entre o Norte e o Sul que o pan-germanismo financeiro nos vai impondo... neste contexto analítico, vale a pena evocar, também, aqui, o que hoje disse Arménio Carlos sobre a nova revisão da legislação laboral (ler e ouvir AQUI -via CGTP no Facebook).
Para mim, a parte politicamente mais relevante foi a afirmação de mais valer não existir orçamento que ver o povo português ter de suportar este... mas MA entrou a suportar Seguro que, por seu turno, também coloca os "credores" acima do interesse nacional ao afirmar que há que respeitar o que está contratualizado com a "troika"... Uma boa entrevista, não despida de contradições...
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