sábado, 17 de setembro de 2011

Jardim e os mais de Mil Milhões de Dividas Ocultas

Alberto João Jardim está a ouvir mal... dívidas ocultas na Madeira??? Buracos financeiros de mais de mil milhões de euros??? Das duas, uma: ou ele está a ouvir mal ou o "contenente" não está a perceber nada... segundo diz o grande líder da pequena ilha, a governação regional a que tem presidido, limitou-se a prosseguir investimentos sem que tivesse fonte de financiamento para o efeito (ler Aqui) - e, presumo eu!, que a essa decisão o seu Governo não chame gestão danosa mas sim, de acordo com o entendimento deste dinossauro político, qualquer coisa como, sei lá!, confiar na Providência (vox populi dixit: "fia-te na Virgem e não corras..." mas, o espírito paroquial do lugar não vai em ironias por muito inteligentes que sejam!)... quanto à realidade da notícia que agrava a imagem de Portugal nos mercados pela denotação do descontrole dos gastos, não percebo a admiração... Alguém pensava ou esperaria outra coisa de um gestor político que age como se o poder fosse pessoal e absoluto, sem preocupações de concertação e cooperação, sem responsabilidade ou partilha de objectivos?... sejamos claros: era previsível e esperemos que se não revele pior!... do reconhecimento da gravidade da questão deram conta, não só os partidos com representação parlamentar e a própria Comissão Europeia, como o próprio Passos Coelho que afirmou estar nas mãos dos eleitores o testemunho sobre a confiança política que merece quem assim actua... a verdade é que a Madeira ficou mais isolada com a prepotência política que a tem governado... e a obra feita não chega para o justificar - ainda que aos madeirenses o possa parecer.

14 comentários:

  1. Ana Paula,
    Sem tirar nem pôr.
    Quanto ao futuro, chegou a altura dos eleitores madeirenses serem confrontados com a sua própria atitude submissa (para não dizer desleixada...)e pensarem realmente no futuro que desejam.
    Talvez, pela primeira vez, lhes vá cair em cima o Carmo e a Trindade e, também é verdade, que a queixarem-se só o poderão fazer de si próprios e no permanente jogo de vantagens a que voluntariamente aderiram.
    Não desejando ir a extremos direi, mesmo, que é absolutamente necessário que os habitantes da Madeira pensem realmente no seu futuro e não deixem para outros essa incumbência porque poderão ser surpreendidos com a reprovação das suas opções e, perante tal, com o início de uma via sacra de sacrifícos e penúria que não desejarão certamente.
    Um abraço.
    (PS: Já sentia falta destas missivas...)

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  2. Olá, boa tarde pra vocês daí, da Madeira.
    Por aqui, ainda estamos no "bom dia".
    Quanto a esses políticos, não é diferente do que se passa aqui:
    falta de responsabilidade, descontrole dos gastos...nada podemos esperar, "eles" têm o poder nas mãos e no final sentimo-nos culpados por eleger homens para ocupar cargos que seria para o bem da nação, enfim só temos decepções, e mais decepções. Penso que no Brasil, "eles" enganam mais e ainda dizem que temos um democracia, dá até vontade de rir...
    Assunto pra muita conversa...
    Deixo-te um beijinho, Mery.Muita paz!

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  3. Caríssima amiga Ana Paula Fitas,

    Este descalabro financeiro na Madeira de Alberto João Jardim vem numa altura pouco própria para a conjuntura de redução nacional do défice. Desta vez, o Ministro das Finanças nem se quis pronunciar sobre o tema deixando a "batata quente" para o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho que tentou admoestar A.J. Jardim sem ser acintoso.

    A meu ver deve ser o povo da Madeira e os dirigentes nacionais que o devem responsabilizar, tanto mais que sempre que alguém no continente o pressionava com uma determinada estratégia adversa o excêntrico Presidente do Governo Regional da Madeira acenava com a bandeira de uma autonomia que poderia vir a ser alargada e acusava os poderes e os políticos da metrópole de colonialistas. Depois deste sistema de autocracia insular A.J. Jardim já não tem muito espaço para as suas artes de demagogia excêntrica com as suas frases bombásticas...

    Saudações cordiais, Nuno Sotto Mayor Ferrão
    www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt

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  4. Olá Miguel :)
    Obrigado por ter vindo até aqui... de facto, neste momento, resta-nos esperar que os madeirenses tenham discernimento para avaliar com objectividade a governação que têm sucessivamente legitimado, sem consciência crítica capaz de ultrapassar a representação de um inimigo comum contra a insularidade com que Jardim tem manipulado a opinião pública local...
    Um abraço´.

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  5. Querida Ana Paula:)

    Se os eleitores madeirenses não conseguem perceber que é do seu próprio interesse correr com o homem, se não têm colectivamente um assomo de dignidade e de vergonha, o melhor é tornarmo-nos independentes da Madeira. Lamento!

    Beijinho

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  6. Olá Mery :)
    ... por aqui está um bonito fim da tarde e, se nos não consola saber que, por aí, os políticos não têm melhor postura, une-nos o facto de mantermos o discernimento aceso no sentido de lhes exigir mais e melhor... porque, Mery, este senhor é uma espécie de governador da pequena ilha que é a Madeira a que preside há décadas, acusando toda a gente de ser contra a população local e comportando-se como se fosse o seu defensor em nome de uma democracia que ele entende ser uma espécie de carnaval com gritos ameaçadores dirigidos ao mundo... enfim... uma espécie de D.Quixote que combate moinhos pensando que são inimigos... enquanto esconde milhões de euros de dívida que agravam a já tão má situação económica e financeira de Portugal... como bem dizes: "assunto para muita conversa"...
    Obrigado pela solidariedade com os madeirenses, minha amiga... Muita paz e um beijinho deste lado do Atlântico :)

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  7. Carissimo amigo Nuno Sotto Mayor Ferrão,
    Obrigado pela boa reflexão partilhada que subscrevo na íntegra.
    Esperemos que os madeirenses sejam capazes de reagir e tenham políticos à altura de os ajudar a resgatar os problemas que A.J.Jardim, entre carnavais e comícios, somou aos dramas da insularidade.
    Saudações fraternas.

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  8. É realmente uma vergonha;

    embora seja um 'buraco'
    5 vezes menor do que
    o do BPN, também
    ocultado
    vários
    anos.

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  9. Olá querida Ariel :)
    ... pois... eu também não percebo como é que os madeirenses continuam a apoiar um homem destes... penso até que se trata de um fenómeno curioso que decorre da interiorização negativa da insularidade que Jardim tem explorado ao assumir-se como uma espécie de D.Quixote contra tudo e contra todos, como se resgatasse o sentimento de isolamento com a revolta corporativa!?!?... de qualquer modo, a responsabilidade política da inconsciência do governante madeirense provocou, no pior momento, um agravamento da vida de todos os portugueses e isso é, de facto, inaceitável... espero que até os madeirenses compreendam isso... ou então, lamentamos muito mas... enfim!... fico-me pelo desabafo da Ariel :))
    Um beijinho.

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  10. Olá VBM :)
    ... oportuna observação, meu caro amigo! Obrigado. Ocorre-me perguntar: o que haverá de comum às duas situações???
    Um abraço.

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  11. :) É. Lembra o "Kramer contra Kramer"!

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  12. Infelizmente não é caso único. Embora, quase de certeza, seja o maior. Para mal dos nossos pecados buracos e buraquinhos há-os por todo o lado...

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  13. Infelizmente, Kruzes Kanhoto... infelizmente, é verdade! Obrigado pela partilha :)

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