sábado, 18 de julho de 2009

A Democracia Ameaçada...

Acabei de publicar no blog do Público, um texto sobre a nuvem de ameaças políticas que, neste momento, ensombra com gravidade o regime democrático... o texto pode ler-se AQUI.

14 comentários:

  1. Vim aqui parar pela Escada de Penrose.
    E gostei. Parabéns pelo blogue.

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  2. Há Estradas assim... boas estradas, que nos conduzem a caminhos que acabamos por adoptar!... foi assim que acabei de visitar a Oficina do Bosque e a Estrada de que gostei e onde deixei comentários. Obrigado pela companhia e as palavras.
    Ana Paula Fitas

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  3. Ana Paula Fitas
    Não tem que agradecer, eu é que fiquei a lucrar em conhecer "A Nossa Candeia".
    E se lhe interessarem temas relacionados com o ambiente e sustentabilidade, apareça por "Sustentabilidade É Acção" (http://sustentabilidadenaoepalavraeaccao.blogspot.com/)

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  4. Ainda bem que o lucro é recíproco, Manuela. Obrigado pela sua sugestão... irei aparecer no "Sustentabilidade É Acção".
    Bem-haja!

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  5. Cara Ana P. F.,

    À luz do pensamento de "Direita" - sinto-me, muitas vezes, inconveniente (incivil)! Espanta-me (e não é o "espanto" filosófico, é antes o de medo) porque é que neste país não se pergunta: Porquê?O que é? Como é? É justo? Eu pergunto:o que é isto? O que é uma ideologia? Lembro D. de Tracy (republicano) "pai" do termo idéologie que, por sua vez, parece visar um sistema de ideias como representação geral do mundo. O que é um sistema? o que é uma ideia? Quais as ameaças que surgem de um sistema de ideias...será que ninguém pensa nisso?! E ainda bem que deixa a provocação neste título: "A gravidade do risco democrático"!O que é a democracia? Ou deverei perguntar: de onde apareceu esta democracia representativa? Não será antes "lei da maioria" vs contrato social de direita?! Enfim, só de pensar num "ressuscitar da Europa fascista" fico "alienada"/doente..Abraço.

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  6. Sim, Jeune de Dame... a questão é exactamente essa: ninguém se interroga, ninguém quer conhecer e compreender, ninguém quer problematizar-se e às aparências simplistas... presumo que assim é pelo grau de risco que essa atitude implicaria relativamente ao facilitismo gratuito das posturas que se assumem sem reflexões aprofundadas... gostei do binómio que propões: "«lei da maioria» vs contrato social de direita" porque corresponde à definição analítica da natureza formal da democracia representativa de que falamos... e, claro que também partilho esse susto, esse sobressalto de alma em que o espanto coincide com o medo enquanto sentimento de horror... "No pasarán"!... com um grande abraço, Jeune Dame.

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  7. Muito interessante o seu projecto e algumas das vertentes do seu pensamento.
    Voltarei com mais tempo.

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  8. Obrigado pela visita ao meu blogue.
    Vou procurar visitar o seu sempre que puder. Eu acho que o seu texto sobre a Democracia merecia ser lido por muitas pessoas, porque eu vejo que há sempre quem critique as coisas mas não faça nada para mudar. Eu acho que as pessoas só quando participam é que podem fazer que as coisas sejam melhores e que se não possa falar em voltar a ter ditaduras.
    Eu peço desculpa por não escrever maisnada mas só tenho 15 anos e ainda não sei muito de politica.

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  9. Vi os comentários feitos no Público E.2009, e recomeço a minha reflexão sobre qual o caminho (meu)a seguir.
    Já andei muito,não me arrependo da estrada que segui,ainda lhe quero bem ,mas o divórcio está iminente.
    Se com esta teimosia absurda de verem tudo igual--e eu reafirmo, que discordo e condeno,muitas medidas deste governo--a tal ponto, que não tarda nada esteja a direita ,feia,fria, no poder,não me resta outra solução.
    Por isso, Ana Paula, ainda há quem se interrogue.
    Talvez,uma gota de água no oceano, mas uma gota que se junta a outras a gritar:"No pasarán"!
    Abraço amigo
    tina

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  10. Caro Ferreira-Pinto,
    Muito obrigado pela sua visita e pelo seu comentário.
    Volte sempre!

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  11. Cara Miss S.,
    Começo por reiterar o que escrevi sobre a frescura e qualidade da música e do design que encontrei no seu blog mas, o que lhe quero dizer, antes de mais, é que para o A Nossa Candeia é uma honra ter uma tão jovem visitante que, ao que li, sabe e pensa melhor a política do que a própria reconhece. Bem-haja por existir, Miss S.
    Volte sempre! ... e... vivam as visitas recíprocas!

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  12. Tina,
    Desta vez cabe-me a mim falar das coincidências... tenho guardada uma boa fotografia que brevemente utilizarei aqui onde a palavra de ordem é o: "No Pasarán"! ... e sim, Tina, todos os nossos percursos são um património inalienável que nunca se perde, esquece ou inutiliza e a cada mudança seremos sempre melhores também por isso... gotas de um mesmo caudal, faremos o mar... um mar de acalmia e força sempre desperto... porque "No Pasarán"!
    Um grande abraço amigo, Tina! Obrigado!

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  13. Que diabo! O que o AJJ propõe não é que se declare "o activo repúdio do comunismo e de todas as ideias subversivas", como no DL 27.003, de Salazar. É só que, já que se proíbe o fascismo, se alargue a proibição a outras formas de fascismo, genericamente, às "ideologias totalitárias". Por mim só lamento que a proposta venha de quem vem. Faço votos, dou o meu voto, para que os próximos constituintes debatam e decidam sobre alguns perigos bem actuais. Digo isso no meu blogue. Cumprimentos

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  14. Caro José Teles,

    Todas as expressões qualificativas arrastam um potencial de subjectividade perigoso para a liberdade e a democracia, por permitirem a sua manipulação política ao nível interpretativo, de que decorrem as práticas. A proibição constitucional explícita de organizações fascistas justifica-se por se referir ao incentivo público à violência e à legitimação de meios cruéis (perseguição ideológica, violência física e psicológica nomeadamente sobre grupos étnicos, culturais ou sociais que facilmente) que reeditariam, se ascendessem ao poder, a pena de morte, as prisões políticas, a participação em guerras e invasões territoriais no plano internacional (mais Iraques, não, obrigado!) ou as práticas de tortura que tão facilmente fazem emergir os dramas dos "desaparecidos", entre outros. O problema das organizações fascistas é a sua declaração ideológica de princípios promotores da discriminação que em tudo contrariam o espírito democrático ainda em construção, dado que, de facto, se não verifica nos princípios dos partidos comunistas existentes nas sociedades democráticas (excepção feita às ditaduras que, seja qual fôr a sua propagandeada ideologia, não serão senão Ditaduras em que a ideologia é mera manobra de diversão para efeitos de manipulação interna)... o discernimento entre teoria e prática é fundamental nesta questão, até porque a aparente lógica formal do argumento da similitude entre "totalitarismos" não tem correspondência ontológica ou epistemológica (no caso, se quiser, tem sido difundida uma confusão conceptual entre "totalitarismo" das organizações fascistas e "centralismo" das organizações comunistas que defenderam, durante muito tempo, a exclusividade das economias planificadas - o que hoje, como se pode constatar, já não é o caso uma vez que o modelo de "economia mista" é reconhecido por todos os que se identificam com a designada "esquerda"). O aparente facilitismo da pretensa "ordem pública" não se impõe pela força mas, pelas práticas de cidadania. Além disso, depois de mais de 30 anos de poder autárquico comunista com fortissima prevalência em grande parte do país, não faz sentido, em Portugal, falar nestes termos... aos olhos das populações que viveram esse poder autárquico e que lhe reconhecem a qualidade de vida que alcançaram é, no mínimo, ridículo. Obrigado pelo seu comentário... a troca de pontos de vista é sempre saudável e, por isso, bem-haja por o permitir.

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