quinta-feira, 2 de julho de 2009

Uma Demissão Incontornável...

Lamentável é o mínimo que se pode dizer... uma vergonha! Manuel Pinho demonstrou hoje na AR uma total ausência de sentido de Estado ao responder com um gesto bizarro a uma intervenção de um dos deputados portugueses, no caso, Bernardino Soares. Na verdade, sempre suspeitara de Manuel Pinho... nas suas atitudes transpirou sempre muito provincianismo e uma imensa, inconcebível e ridícula prepotência... uma espécie de "menino da mamã", birrento e caprichoso, incapaz de um diálogo cordato... um homem afinal mal-educado, sem o mínimo sentido de responsabilidade política, que foi capaz de se dar ao luxo de, a título de brincadeira de "mau-gosto", pensar que lhe seria admitida uma atitude como a que hoje protagonizou... e cuja auto-estima narcisista até ao insuportável, lhe permitiu pensar que tinha "condições para continuar no Governo"... felizmente, Sócrates não cedeu à tentação de justificar o facto, mesmo em período pré-eleitoral! ... se já era tardia, a demissão de Manuel Pinho aconteceu no momento certo... pelo menos provou que, no nosso país, por ora e apesar de muitos exemplos, aparências e conjunturas, ainda não vale tudo!

7 comentários:

  1. Bom, exercendo a diversidade de opinião, tão própria da democracia, gostaria de discordar... em parte.
    Concordo que do ponto de vista formal o acto é condenável. Mas todas as moedas têm duas caras, sem que uma desculpe ou justifique a outra.
    Manuel Pinho teve um momento em que se descontrolou e fez uns corninhos ao deputado Bernarmino. E no entanto aquele parlamento é palco quase diário de insultos e comportamentos indígnos sem que ninguém se demita ou pugne por cabeças de deputados mal educados, que nessas alturas se esquecem de que são representantes do povo.
    Não estou a defender a atitude do ministro (de cuja a actuação não gosto particulatmente). Apenas a lembrar que tudo este charivari em torno de um acto de charivari não é menos ignóbil. Os debates parlamentares são vergonhosos. A liguagem utilizada é muito pior que esta gestual que hoje foi utilizada.
    Mas, para que as aparências (para cegos) se mantenham, há que rolar a cabeça.
    Não é novidade. Os exemplos são inúmeros. Diz-se que é preciso ter estofo para resistir, mas não se quetionam as causas que obrigam a resistir. Aquele parlamento é uma vergonha e todos mereciam mais uns corninhos, por mais inconveniente que isso possa ser para a imagem das nossas instituições.
    Alguém hoje dizia que o senhor era arrogante e se sentia suficientemente confortável para naquele sítio se comportar como tal. Mas esqueceu-se de perguntar porquê? Porque o sítio já não se dá ao respeito.

    ResponderEliminar
  2. E o excesso de um dislate de comportamente está a ocupar o lugar o essencial.

    ResponderEliminar
  3. Cara Ana,
    Mas o que é isso de "sentido de Estado"?! Estado como um conjunto de instituições em vista a organizar uma sociedade? Ou, Estado que fundamenta autoridades políticas individuais?! "Estado de Direito"?! "Estado Cosmopolita"?! Manuel Pinho excedeu os limites da Educação..apenas isso!Isto tem de se dizer, pois é tão lamentável como a reacção posterior de alguns "partidários".. Tão lamentável como o facto de após este gesto (realmente de "mau-gosto") alguns dos "representantes" apenas se referirem à importância/à imagem do que é "estar no parlamento" ..Engraçado nunca se lembram do que é uma "Assembleia"?! O que é questionar politicamente?É isto que é lamentavelmente lamentável!!! Abraço.

    ResponderEliminar
  4. Bela a iniciativa, bela a musica....
    Abraco.

    ResponderEliminar
  5. Caro A.C.Valera,

    O que posso acrescentar ao que diz? ... sim, claro que tem razão... "quem quer ser respeitado, tem que se dar ao respeito" e, infelizmente, os deputados esquecem-se disso com uma frequência confrangedora... pois... rolar cabeças... também é um facto mas, na verdade, quando o vice-presidente da bancada parlamentar do PSD dirigiu uma asneira - como dizer?- "cabeluda"?! a outro deputado, a sua cabeça não rolou... enfim... há diferenças que podem - ou não! - fazer a diferença... era bom que fizessem... os eleitores merecem e a sociedade portuguesa precisa de sentido de responsabilidade política e, naturalmente, cívica... uma justifica a outra - ou pode ajudar a justificar... e como dizia a cançâo: "p'ra melhor está bem, está bem; p'ra pior já basta assim"... no fundo, estamos todos fartos desta impunidade, negligência e ligeireza de estar na vida política que, sem prejuízo das raras mas boas personalidades que ainda nos merecem respeito, consideração e solidriedade, caracterizam uma parte significativa das personagens que vão integrando o panorama mediático nacional... Abraço.

    ResponderEliminar
  6. Sokinus,
    Obrigado pelas suas palavras... veja o post que acabei de inserir de evocãção ao combate às discriminações... vai gostar. Abraço

    ResponderEliminar