Para evitar o precedente socio-político da legitimação dos atentados contra os direitos, liberdades e garantias entre os Estados-membros da UE, a Comissão Europeia optou por aplicar à França um processo de infracção por "insuficiente transposição da directiva da livre circulação" ao invés do processo de infracção por discriminação contra os ciganos equacionado pela a própria Comissária da Justiça e dos Direitos Humanos, Viviane Reding (ler Aqui). A opção denota os graves desafios com que se confronta a Europa comunitária em que vivemos, onde a grave crise económica e, em paticular, o problema do desemprego, associado à violência social e à emergência da extrema-direita justificam a necessidade de afirmar, pública e simbolicamente, a prioridade dos valores éticos e sociais da democracia. Contudo, perante uma das informações relativas ao processo de expulsão dos ciganos do território francês, designadamente, a ordem relativa à prioridade de desmantelamento dos seus acampamentos, vale a pena reflectir no que, no nosso próprio país acontece... porque, em grande parte do nosso território havia e provavelmente ainda há, talvez não "de jure" mas "de factu", territórios concelhios interditos à instalação de ciganos nómadas... e se esta realidade é praticamente desconhecida não é por não existir mas, isso si, por se tratar de uma matéria a que sociologicamente chamamos "invisível" uma vez que a sua falta de visibilidade se deve à falta de percepção socio-política do problema e a representações culturais que ainda não interiorizaram os princípios da valorização da diversidade e da não-discriminação.
É de bom tom, defender-se as minorias. Será de bom tom não defender aqueles que trabalham? Toda a gente sabe e concorda com a livre circulação na UE. Claro que toda a gente concorda que todos devemos ter um trabalho, um salário e não passar fome. Claro que nem toda a gente ouviu hoje o PM de Portugal, porque á mesma hora jogava o Benfica. Claro que o discurso do governo quando dizia que a crise não afectava Portugal e hoje diz exactamente o contrário, não tem importância. Que importância tem que o IVA suba para 23%? Que importância tem que o IVA seja o mais elevado da União Europeia? Que importância tem que se passe fome neste País, se os que fingem que se preocupam com o povo não têm problemas desses? Que importância tem um governo que mente? Importância tem não haver dinheiro para reformas dos governantes(?), importância tem não haver dinheiro para os ciganos que não querem trabalhar, importância tem fomentar o roubo. É isto que no meu País o governo (?) anda a fazer: Fomentar o roubo, fomentar a vigarice. Os vigaristas, não é para admirar que fomentem, que os incentivem, parece que esses é que são os honestos, porque honestidade é uma coisa que tem tendência a acabar neste País, que me vai deixando cada vez mais triste, porque é o MEU.
ResponderEliminarCara Ana Paula,
ResponderEliminarFiz link para "A Carta a Garcia".
Obrigado.Cumprimentos.
OC
Caro Zéparafuso.
ResponderEliminarSei que o comentário que aqui regista coincide com o que de imediato pensamos ao ouvir anunciar medidas tão drásticas par auma situação já de si calamitosa... esperemos ainda (eu espero) que, no que se refere à subida do IVA, sejam preservados, desta vez!, os bens essenciais - veremos se há coragem e discernimento para o fazer!... quanto à afirmação da mentira, penso que pode ser resultado da gestão de expectativas e do esforço em não ceder de imediato aos cenários negros que as agências internacionais vão impondo - o que verificamos é que o Governo foi adiando o muito que se lhe exigia até deixar de ser possível fazê-lo (isto digo eu, na minha boa-fé, claro!)... quanto à fome... quanto à fome, meu amigo, penso que é urgente tomar medidas de apoio social -apesar desta e de todas as crises porque, para a Fome, a nossa tolerância deve ser, cada vez mais, ZERO!
OBrigado. Abraço.
Caro Osvaldo Castro,
ResponderEliminarÉ sempre, como sabe!, uma honra ver integrada na sua selecção, o que vou escrevendo aqui, no A Nossa Candeia.
Por isso, aceite o meu sincero agradecimento e o meu abraço amigo.