Estranhamente, regista-se hoje a persistência de dificuldades na obtenção do consenso internacional inequívoco para apoiar a Declaração Internacional Contra o Racismo... e digo estranhamente porque, apesar do acordo diplomático conseguido na preparação da Cimeira de Durban (ver aqui), muitos países aí não estarão amanhã representados, contrariando a evidente prioridade que este combate requer no contexto crescentemente multicultural mundial, onde a dimensão desta problemática afecta demasiadas vertentes da convivência socio-política (leia-se a este propósito o texto publicado no Forum Palestina). Os exemplos pedagógicos que se requerem a nível internacional como instrumento de influência no que às políticas nacionais diz respeito, teimam assim em escapar ao assumir de responsabilidades nitidamente reforçadas com a globalização que todos foram consensuais em desenvolver, pensando - quiçá?- apenas, nas vantagens económico-financeiras que daí resultariam, sem prudência para prevenir crises do teor da que estamos hoje a viver... entretanto, por cá, mantém-se a intenção de promover Jaime Neves, a General, apesar do papel que desempenhou no 25 de Novembro, quando esteve em causa a continuidade do processo democrático iniciado em 25 de Abril de 1974 (vale a pena ler a excelente ironia com que, desta vez, João Tunes alude ao facto no Água Lisa)... para exemplos educativos numa sociedade democrática que pretende a promoção da cidadania e dos Direitos Humanos, não estaremos demasiado mal-servidos?
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