domingo, 5 de abril de 2009

Obama em Praga - compromisso e causa...



Obama deu voz a mais uma das batalhas cruciais do nosso tempo... sobre o Vltava, em Hradcany Praha, Obama voltou a fazer-se ouvir, de novo nas ruas da velha Europa, com o apoio dos cidadãos livres de todo o mundo, simbolizados nos que presenciaram e aplaudiram hoje o seu discurso sobre o compromisso que é necessário abraçar, pela sobrevivência do planeta e pela segurança das pessoas: o desarmamento nuclear. Independentemente do ruído, do espectáculo e dos resultados das Cimeiras, na mais bela cidade europeia, onde um povo tranquilo e consciente se vê a braços com uma governação de direita, um passado histórico de dependências e invasões estrangeiras, a ânsia contemporânea da partilha de uma coexistência pacífica e democrática e o receio da perda da soberania do país que amam, Obama foi, estou certa!, escutado com o coração por um povo que gostaria de ter um Homem como ele à frente do projecto de futuro que não sabe exactamente como construir. Estive em Praga, há cerca de 6 meses... apaixonada pela cidade e pela vivência cívica de um povo que enfrenta os dias sem desistir, deixando que se respire, nas suas praças, esplanadas e igrejas, a serenidade da música e dos dias, emocionaram-me as imagens da imensa praça do castelo, apinhada de pessoas atentas e despertas para ouvir e aplaudir Obama... um político que, antes de erguer publicamente ao nível mundial a bandeira desta causa que é a luta contra o armamento nuclear, recebeu Gorbatchov na Casa Branca, numa demonstração sem paralelo de seriedade, humildade, dignidade e nobreza de carácter... Lutar contra o armamento nuclear é hoje um dever que deverá integrar a luta pelos Direitos Humanos!

8 comentários:

  1. Que belo texto...Praga nao será a mais bonita das cidades europeias, mas está entre as mais belas,isso asseguro.
    Dizem=me que foi uma verdadeira Primavera em Praga...gostava de lá ter estado.
    Cumprimentos.

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  2. Muito obrigado, Sokinus!... fico feliz por dizerem que "foi uma verdadeira Primavera em Praga"... Também eu gostaria de lá ter estado. Abraço.
    Ana Paula

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  3. A par do “armamento nuclear” (o quão devastador pode vir a ser) alerte-se também para as “armas biológicas”. Por exemplo (e quão grave é que nem se fala): a varíola (já considerada e “tomada” como erradicada pela OMS por volta de 1980)…a “conservação” do vírus (Orthopoxvirus penso eu) em alguns “laboratórios” pode vir a ser…mortal(claro hoje em dia não se faz por menos).Abraço.

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  4. Mais um que se acusa como gostando de lá ter estado (seria a minha sexta estadia em Praga, concordando com a Ana Paula que ela é, de certeza absoluta (!!!), a cidade mais bonita da Europa). Embora lamentando que o encontro se realizasse em Hradcany (o que só se compreende por razões de segurança e pelo simbolismo da cercania do palácio presidencial). Mas aquele discurso, aquele encontro, abstraindo os motivos imperiosos que justificaram a escolha, devia ter-se realizado na Praça Velha. Primeiro, para que Jan Huss pudesse ouvir e aconselhar Obama (imagino até a estátua de Huss a transfigurar-se no gesto de levantar o polegar). Segundo, porque os factos relevantes na história da Boémia e suas agregações nacionais, com o povo a referendá-los, foi naquela praça, de certeza a praça mais bonita da Europa, que tiveram lugar. Isto sou eu a falar porque detestei Hradcany (tudo é relativo, o que se detesta em Praga acha-se muito bonito noutro sítio do planeta), sobretudo porque tem um cunho de imponência impositiva e para mais culminando a subida do bairro mais bonito da Europa (Mala Strana) e onde beber uma cerveja é o culminar de um acto religioso de respeito pelo património da construção genial de um espaço urbano em cascata. Essa sensação (que sempre se tem de iniciar saindo da Ponte Carlso) de subida da Mala Strana sofre um choque com a chegada a Hradcany, uma superestrutura de domínio (com a Igreja, através de São Vitus na Catedral, a irmanar o clero com a nobreza). Mas pior que Hradcany, reconheço que a fria e incaracterística Praça São Vensceslau seria muito pior. E (re)teimo para concluir: Obama e nós, merecíamos a Praça Velha.

    João Tunes

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  5. Muito estimado João Tunes,
    Obrigado pelo bonito texto... Concordo absolutamente e subscrevo sem reservas todas as apreciações de Praga, bela e doce princesa da Boémia... e sim, claro que sim, Obama e todos nós mereciamos a StareMesto, a Praça Velha onde, seguramente, se ouvem e transfiguram, marcados pelo Relógio Astronómico da Eternidade, os conselhos e os gestos de Jan Huss. Um grande abraço.

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    _______?????
    Um abraço com votos de uma boa Páscoa 2009.
    Beijinhos

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  7. Em Hradcany ou na StareMesto, foi em Praga (perdão, Praha- e imaginem que faço uma vénia ao dizer Praha)que mais uma vez Obama nos presenteou com uma magnífica e pertinente intervenção :). Estive lá há cerca de 2 meses. O choque de voltar foi tão grande que no dia seguinte ao regresso tive uma paragem de digestão. Porque não posso eu ter o emprego que tenho e viver em Praga? Hum? A entidade empregadora nunca ouviu falar de teletrabalho? Os santos da ponte Carlos ainda não ouviram as minhas preces...

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  8. Nem as minhas!... pois... Viva Praga, a Bela!

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