sábado, 4 de setembro de 2010

Leituras Cruzadas...

O mais mediático e longo processo judicial que a sociedade portuguesa conheceu, teve ontem um desenvolvimento que marca e altera a constante suspeição sobre a Justiça portuguesa de que muitos diziam nada esperar... apesar do número de recursos suspender a prisão efectiva dos condenados e de, como o Bastonário da Ordem dos Advogados dizia ontem na Figueira da Foz, este facto poder resultar na prescrição dos processos e de ser este um dos rostos que distingue a justiça para mais e menos pobres, esta sentença do colectivo de Juízes do Tribunal de 1ª Instância mereceu textos que vale a pena destacar:
Casa Pia - de JMCorreia-Pinto in Politeia;
Finalmente - de Artur Costa in Sine Die;
Leituras e Democracia - de Paulo Dá Mesquita in Sine Die;
O Acórdão - de Eduardo Pitta in Da Literatura;
Casa Pia - de Sofia Loureiro dos Santos in Defender o Quadrado;
Quando Portugal Perdeu a Inocência - de Daniel Oliveira in Arrastão...
... mas, porque hoje, em Portugal, nas cidades de Lisboa e Porto, é dia de Solidariedade com a População Cigana, vale a pena ler dois textos publicados ontem e um publicado hoje:
Amanhã também sou um Cigano Expulso - de T.Mike in Vermelho Cor de Alface;
Ciganos: Manifestações em Lisboa e Porto... - de Osvaldo Castro in A Carta a Garcia;
Uma Canção de Mouloudji... - de Miguel Serras Pereira in Vias de Facto;
... a terminar as propostas de Leituras Cruzadas de hoje, ficam alguns interessantes e ricos apontamentos para a reflexão sobre algumas perspectivas actuais relativas à origem do universo:
Contradições de um Cientista - de Weber in Mainstreet;
Líderes Religiosos criticam Hawking... - de T.Mike in Vermelho Cor de Alface.

2 comentários:

  1. Um leigo
    Em questões de justiça sou um grande leigo, é nessa qualidade que falo, fiquei, ao contrário de muita boa gente, completamente desiludido com o desfecho do mais mediático e longo processo judicial da justiça portuguesa.
    As minhas dúvidas são hoje mais evidentes, do que eram, quando tudo isto veio a lume, não consigo perceber, depois de gastarem toneladas de papel em transcrições de depoimentos e audições de testemunhas, era, suposto, que na leitura da sentença, mesmo em súmula, não subsistissem dúvidas referentes aos arguidos e isso tinha que ficar claro para toda a gente, na minha modesta opinião, não ficou.
    O drama vivido por aquelas crianças, é um crime hediondo, mas a eventualidade do nosso sistema de justiça cometer um erro judicial sobre pessoas inocentes, é para mim, algo tão grave como o crime que foi perpetuado sobre aqueles e muitos outros miúdos.
    Desde dos tempos do coliseu romano que os espectadores se deliram com o derramamento de sangue de inocentes ou culpados, não há diferenças é preciso é correr sangue, hoje, os mass media fazem esse papel do circo romano, reconheço excepções.
    Tinham que deixar claro que os culpados são aquelas pessoas e não outras, acho que na leitura daquela súmula televisiva não houve nenhuma clareza. Assim vai a justiça, ainda não foi desta vez que se tornaram credíveis.
    Luís Cardoso

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  2. ...felizmente e apesar das contrariedades... tal, como o Universo, também nós nos encontramos em constante evolução e expansão...nossa convicção!...

    Grande Beijo

    Saravah

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