Rasgando, quase imprevista, os dias azuis desta intensa primavera, hoje, a chuva irrompeu do céu regando a terra, sob o céu cinzento que os relâmpagos iluminaram... na cidade, cujo chão ficou subitamente branco de pedras de granizo, soava a alegria dos campos celebrando a fertilidade e o chão bebendo, sequioso, a benção da água!... estava a tornar-se demasiado dolorosa esta espera que fazia os animais cheirar o pó dos solos endurecidos, à procura de uma qualquer plantinha que teimava em se manter invisível... hoje, renovou-se a esperança!... de que a mais austera seca desde há 81 anos seja, pelo menos, aliviada... foi por isso que, hoje, os olhos das pessoas até há pouco secos de olhar o céu sem pestanejar, se encheram de lágrimas...
Sem comentários:
Enviar um comentário