... nascer mulher pode ser a única razão para uma condenação sumária à morte!... é o que acontece em grande parte do planeta, onde o facto de uma criança nascer com sexo feminino é condição suficiente para que a sociedade se sinta com o direito de a eliminar. Deste modo, estranhamente, aos nossos olhos - apesar de tudo habituados ao exercício da violência sobre as mulheres - o valor social da vida dependente da condição biológica determinada pelo sexo, em vez de ser, como seria suposto!, percecionado como uma discriminação criminosa, é uma representação e uma prática social comum que atinge números assustadores, escandalosos e intoleráveis... segundo as Nações Unidas, 200 milhões de crianças desaparecem, assassinadas à nascença, sufocadas e abandonadas, apenas e só por serem... mulheres!... por razões que decorrem de uma política (formal e informal) de controle de nascimentos mas, acima de tudo, pela convicção social generalizada de que a mulher é, em termos de valor, uma mercadoria cujos custos não justificam o seu direito à existência...
Esta é a soma e o resultado de políticas erradas, destrutivas e abominadoras.
ResponderEliminarUm dia quando outro maluco chanfrado se lembrar de outra coisa desenvolverá essa filosofia que depois muitos seguem sem meditar.
Caminhamos na nossa destruição total.
... é assustador, Luís... o tempo ao invés de ser utilizado para corrigir o que magoa, avança deixando margem a que imaginação cruel dos homens se materialize em crueldades, em graus e aparências diversas mas, demasiadas (direi mesmo: abusivamente demasiadas!) vezes, criminosas...
ResponderEliminarPuxa Ana Paula! Este doeu a ler. E mais a ouvir.
ResponderEliminarPuxa Ana Paula! Este doeu a ler. E mais a ouvir.
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