Com tendência para continuar a subir, segundo o Eurostat, o desemprego atingiu os 14,8%, ficando Portugal logo atrás da Espanha e da Grécia, ao nível da Irlanda (ler aqui). Com cálculos rigorosos, de onde sejam extraídos estágios e trabalhos precários, não ficaremos longe dos 20% e este cenário, efectivamente dramático para as condições de vida dos cidadãos, exige uma intervenção política urgente, incontornavelmente assente na real orientação social da economia. A verdade é que o tempo da austeridade "cega", centrada na mera lógica da contabilidade financeira, não pode continuar a prolongar-se sob pretexto algum... além disso, a Europa já não tem (nem pode ter!) argumentos para impôr aos Estados que a integram o sacrifício das suas populações, sob pena do total desmantelamento da sua fragilizada arquitectura política... e mais do que isso, da eclosão de uma gravissima crise social de que a contestação e a violência são apenas um dos lados da moeda, no contexto da emergência generalizada da pobreza...
A Europa e o mundo ocidental têm os seus defeitos mas foi na nossa sociedade que nasceram os direitos humanos, a democracia e por conseguinte a eclosão de uma crise social que possa levar a uma possível desagregação é um perigo.
ResponderEliminarSubscrevo as suas palavras, Bruno... o facto dos direitos humanos e da democracia terem irradiado a partir da Europa e do mundo ocidental torna mais preocupante e grave a crise social a que estamos a ser conduzidos na sequência de uma desagregação política que decorre dos custos de uma economia gerida, cada vez mais, com preocupações financeiras alheias aos interesses e necessidades das populações.
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