Hoje, 10 de Março, completam-se 53 anos sobre a revolta tibetana contra a ocupação chinesa... por isso, hoje, no Chiado, um grupo de pessoas associou-se ao Grupo de Apoio ao Tibete para assinalar a data. Quase inacreditável, o facto é que, mais de 50 anos depois, para além da pena de morte (cujos números ninguém conhece!) e das manifestações de etnocídio que o elevadissimo de imolações de tibetanos tem protagonizado, a China continua implacável na afirmação de um domínio militar, social e político de um povo cuja cultura é inequivocamente distinta da sua. A recusa do reconhecimento chinês pela autonomia do "País das Neves" (que os jesuítas portugueses foram os primeiros ocidentais a conhecer!) é um fenómeno político altamente contraditório perante a sua presumida liderança económica contemporânea... porque, à luz da modernidade e do reconhecimento internacional dos Direitos Humanos, insistir em perspectivar o problema à luz da "ingerência na política interna" é, no mínimo, absurdo!... e se, como diz a simbologia, a China é um "dragão adormecido", está na hora de acordar e de perceber que a sua visão imperialista é uma visão feudal, incompatível com os valores da dignidade e da valorização da diversidade que caracterizam o pensamento mundial dos nossos dias - apesar dos maus exemplos que ainda estão presentes um pouco por toda a parte -mas que, perante a História, serão reduzidos à sua devida e justa insignificância! Neste contexto, vale a pena recordar a imprensa de então, nessa longínqua década de finais dos anos 50 e início dos 60, em que já se apelava, com contundência, a um Tibete Livre!
Sem comentários:
Enviar um comentário