Faz hoje 50 anos um dos episódios mais brilhantes do combate ao fascismo em Portugal: a Fuga de Peniche! Símbolo maior de que tudo é possível se a organização fôr exímia no rigor do planeamento e se os recursos humanos tiverem o carácter que garante a confiança!... Nos dias que correm, quando se pretende branquear a memória da ditadura pela eliminação dos símbolos que elucidam o sofrimento que causaram e que concorreram decisivamente para o atavismo que ainda sofremos, nas mentes e nos procedimentos socio-culturais (como acontece com a eliminação da placa sobre a PIDE de que tanto - mas tão pouco!!! - se tem falado), é importante lembrar: a Humanidade tem uma História de crueldades a que a nossa sociedade não escapa e já é tempo de não contribuirmos mais, de forma alguma, para que a negligência e a cumplicidade continuem a alimentar e aumentar as fontes do agravamento das condições de vida dos cidadãos, na economia e na guerra, na comunicação social e nas instituições... porque da complacência e do descontentamento que conduz às catástrofes sociais e à fome, resulta a aproximação às diversas formas de usurpação autoritária do poder. Peniche, nunca mais! Obrigado a Todos os que Fugiram! Pelo Exemplo e a Mensagem de Futuro!... e, já agora, para além do que podemos ir lendo (destaque-se o texto de Osvaldo Castro no Praça Stephens e o link para que remete), vale a pena ler o conto de final nobre e comovente da autoria de Álvaro Cunhal: "A Estrela de Seis Pontas".
Obrigado, Ana Paula, pela gentileza do link...
ResponderEliminarA objectividade histórica deve ser sempre respeitada, indepentemente dos percursos posteriores de alguns de nós...
A fuga de Peniche não pode ser apagada da nossa memória, como tantos outros feitos heróicos dos resistentes antifascistas...
Abraço,
OC
Ana Paula,
ResponderEliminarDa História sabemos quase tudo mas não devemos deixar de a recordar.
Agora do que eu lhe gostava de lhe falar, e ainda em relação ao Forte de Peniche, é da impressão que me fez, das duas vezes que visitei o Forte, de qualquer delas, com os meus filhos, e para que eles próprios tomassem conhecimento "in loco" do que aquilo representou,
foi a tremenda angústia que de mim se apoderou ao visitar as celas individuais de segurança, a cela disciplinar, o parlatório e os páteos de recreio. E aquele tremendo isolamento rodeado por um mar tão belo e tão forte mas que não se enxergava das celas.
Sempre que de lá saí, vinha um homem diferente tal a repulsa que tudo aquilo, em mim, fazia transbordar.
E sabe que não esqueço. Sempre que se fala de Peniche recordo-me do Forte e daquela enormidade.
Um abraço pelo seu belo texto.
Caro Osvaldo Castro,
ResponderEliminarMuito obrigado pelas suas palavras que, naturalmente, subscrevo. Bem-haja!
Um abraço com votos de um 2010 feliz e solidário.
Querida Ana Paula
ResponderEliminarJá é muito tarde e amanhã é dia de trabalho, mas acabei de ler o seu texto e os comentários.
As minhas lágrimas andam a soltar-se demasiado facilmente,por isso deve imaginar como me sinto.
Relembro só as palavras de Paulo Archer,numa formação que tive:UM A SOCIEDADE SEM MEMÓRIA,É UM POVO SEM HISTÓRIA.
BEM HAJA,ANA PAULA!
T.Mike/Caro Miguel,
ResponderEliminarObrigado pelo comentário importante e sentido que aqui nos deixa... obrigado também por ter levado os seus filhos a conhecer os espaços da nossa memória... obrigado por estar aqui, por existir e partilhar a convicção firme na nossa comum capacidade humana de acreditar e trabalhar por um mundo melhor!
Um abraço.
Tina,
ResponderEliminarObrigado!... também -talvez até, sobretudo!- pelas lágrimas. Precisamos chorar e rir para continuar humanos!... Bem-haja, Tina! Obrigado também pela extraordinária citação de Paulo Archer: "Uma sociedade sem memória é um povo sem história" que, naturalmente, subscrevo na íntegra.
Um grande, grande abraço e um beijinho :)
Obrigado
ResponderEliminarPor nos lembrares que há coisas que se não podem esquecer
Bento
Obrigado pela visita e pela boa mensagem, Bento.
ResponderEliminarObrigado :)
Um grande abraço e... votos de um Bom e Solidário 2010.
Há quem nos queira apagar da memória momentos importantes da história do Estado Novo. Obrigado por nos recordar. Posso assinar por baixo?
ResponderEliminarUm excelente ano de 2010, Ana!
Obrigado, Carlos :)
ResponderEliminar... continuemos assim, solidários e atentos... pela memória, pelo presente, pelo património (Queremos o Hot Club devolvido à Praça da Alegria - já assinou?) e pelo futuro.
Um grande abraço e... votos sinceros de um Excelente 2010, Carlos!
Obrigado pelo texto paula, para aqueles que lutam todos os dias contra o esquecimento e apagamento a muitos niveis da nossa história.
ResponderEliminarSobretudo para a população de Peniche que faço parte é um orgulho a Fuga, também pela solidariedade com os presos políticos que tivemos desde que foi criada até aos dias de hoje!
Obrigado, André... penso que, se também eu fizesse parte da população de Peniche, teria muito orgulho nesta pertença e partilha patrimonial... já agora, façamos de 2010 mais um ano de persistência na defesa da Memória e de solidariedade nas causas! Um abraço.
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