terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Leituras Cruzadas...

O frio e a chuva que se fazem sentir, actualizam o pensar sobre as questões ambientais e os considerandos a ter em conta numa abordagem que, designadamente no que respeita às alterações climatéricas, deve atender a problemas vários, cuja visibilidade, apesar de publicamente minimizada, não deixa de ser da maior relevância ao nível das causas (leia-se o texto de Eric Vidalenc publicado no Alternatives Économiques sobre o carvão) e dos efeitos (leia-se o texto de Palmira Silva no Jugular sobre o arrefecimento global)... E enquanto o mundo pensa e analisa os modelos de gestão político-económica que, nominalmente, nos regem (leia-se o texto de Charles Wyplosz sobre a Estratégia de Lisboa publicado no Vox) e se preocupa com questões de fundo que afectam o futuro da Humanidade e têm implicações directas nas nossas vivências quotidianas, individuais e colectivas, Portugal assiste à mediatização de gratuitidades medievas... refiro-me, por um lado, à expressão de um pensamento -dito económico!- que mais não faz do que penalizar a sociedade pelos custos das políticas sociais que são, sabemo-lo todos!, tão precárias e imperfeitas (leia-se a boa chamada de atenção de João Tunes no Água Lisa) e, por outro lado, à exibição de comportamentos que nada acrescentam à procura de soluções para a crise económica que o país atravessa, limitando-se a acentuar culpas sem apresentar soluções viáveis e justas (destaquem-se, a este propósito, os textos de JMCorreia Pinto e Raimundo Narciso). Sem oposição política consistente no que respeita ao maior partido da oposição (leia-se o texto de Pedro Correia no Albergue Espanhol) e apesar das tentativas de descredibilizar a esquerda, relativizando perigosamente a reedição de uma eleição presidencial à direita, vamos encontrando leituras justas que ajudam a pensar positivamente o país que ainda somos (leia-se o texto de JMCorreia Pinto hoje publicado no Politeia e de Francisco Clamote no A Regra do Jogo)... para contrariar os dias em que os acontecimentos teimam em nos relembrar a contra-corrente de uma coexistência pacífica capaz de não agravar conflitos e discriminações (leia-se o texto de T.Mike no Vermelho Côr de Alface)... a que, felizmente!, resistimos com a evocação da obra dos que partem (ler AQUI e AQUI) e com a reflexão gratificante dos que resistem (ver AQUI)... A terminar o Leituras Cruzadas de hoje, fica ainda o meu agradecimento à Manuela Araújo do Sustentabilidade é Acção.

2 comentários:

  1. O texto de Charles Wyplosz não é sobre o tratado de Lisboa. É sobre a estratégia de Lisboa. Embora a cidade seja a mesma, não se trata do mesmo. Pelo contrário: houvesse na altura tratado de Lisboa e talvez a dita "estratégia" tivesse mais sucesso do que teve... Já chega de atribuir todos os males do mundo ao Tratado de Lisboa...

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  2. Tem toda a razão, HY... já corrigi!!!... devia ter reparado antes :)
    Obrigado e... volte sempre!

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