Excelente entrevista a de Manuel Alegre ao Expresso! Num verdadeiro testemunho sobre o que podemos considerar, de facto!, o elogio da política, clarividente e incisivo, M.Alegre coloca o dedo na ferida ao afirmar que Cavaco Silva não resiste à tentação de governar e é aí que, na minha opinião, reside o essencial do sentido da sua candidatura a Belém que o interesse nacional justifica. Com o país a viver uma crise económico-social cuja dimensão encontra reflexo no extraordinário número de desempregados que, para além das estatísticas, pode estar a aproximar-se dos 13%, e um território desprovido de meios de produção capazes de criar riqueza, o papel do Presidente da República adquire uma pertinência fulcral no que respeita à definição das prioridades de gestão da sociedade portuguesa, pela autoridade ética que representa e que lhe é reconhecida cívica e institucionalmente. O país precisa, indiscutivelmente, de estabilidade e massa crítica. Estabilidade para que as intervenções decorrentes das medidas políticas possam alcançar os resultados que as sustentam e massa crítica para, constantemente, corrigir o sentido e o objecto dessas intervenções que se requerem, cada vez mais, interdisciplinares e integradas. Ora, só a inteligência, o discernimento e a ousadia da criatividade do pensamento pode construir contributos alternativos, enriquecedores dos caminhos a percorrer num contexto nacional fragilizado e empobrecido que condiciona os efeitos do leque de investimentos políticos disponíveis. Explicar o exercício da Presidência da República como autoridade supra-governamental de natureza ética, pedagógica e política e clarificar a utilidade das competências deste orgão de soberania para a vida dos cidadãos é o desafio que se coloca ao argumentário que encontra na visão de Manuel Alegre sobre o seu desempenho, os fundamentos em que o país se reconhece e com os quais se identifica... e assim, vencer as Presidenciais de 2011, contrariando a demagogia e a crispação que mais não faz do que afastar os cidadãos da política e permitindo aos portugueses o restaurar da esperança e da confiança dos cidadãos nas instituições e no país... Manuel Alegre tem o perfil reflexivo, criativo, combativo, resistente e inteligente de que o país precisa. Indiscutivelmente!... e se dúvidas houver, leia-se a entrevista de hoje... parafraseando o Poeta, para "cumprir Portugal", apoiemos, convictamente e sem reservas, Manuel Alegre a Belém!...
(Este texto foi também publicado AQUI)
Ana Paula,
ResponderEliminarCreio que foi, e apenas, o princípo de qualquer coisa. Para a efectivação da candidatura é, contudo, preciso mais; e uma vez que não a assume, preto no branco, a mais não é obrigado.
Mas deu algumas pistas, na linha de ideias que eu defendi já, o que, desde logo não me predispôe contra, antes pelo contrário, mas que, por continuar a tratar dos assuntos pela rama, ainda me sabe a pouco.
Mas creia, Ana Paula, gostava que a minha amiga tivesse razão.
Um abraço.
T.Mike,
ResponderEliminarÉ, de facto, a postura de uma exigência cívica capaz de configurar substancialmente a mensagem política que é fundamental construir... para que se identifique no perfil do candidato à PR a imagem do que consideramos parte da solução do problema português... e sim, T.Mike, é importante que seja mais substantiva a mensagem... aguardemos que o tempo a manifeste... para que possamos localizar as razões que nos garantem a validade do investimento e a razão...
Um abraço :)
Espero que desta vez o tacticismo de uns, a vaidade de outros e o ressabiamento de certos sectores do PS, cedam lugar a uma candidatura que creio vitoriosa face a um presidente e candidato natural que urge derrotar.
ResponderEliminarEsperemos que sim, Rui... esperemos que sim!... quanto a nós, cá estaremos :)
ResponderEliminarAbraço.