Este é o primeiro Leituras Cruzadas de 2010... seguindo a tradição, deixam-se os votos de que este seja um ano capaz de contribuir para corrigir alguns dos maiores erros em que, reconhecida mas insistentemente, a Humanidade continua a incorrer apesar dos esforços que, por exemplo, no final do ano que terminou, a Cimeira de Copenhaga pretendeu assinalar (leiam-se a este propósito os textos sobre a Biodiversidade no Sustentabilidade é Acção) e que, no plano da preservação do património etno-cultural nacional, a sociedade civil exige não deixar cair no esquecimento para que a Memória consolide a identidade colectiva do que somos como recurso de sobrevivência de um pequeno país integrado numa dinâmica de globalização homeogeneizante (leia-se o texto publicado no Caminhos da Memória). O ano que agora começa, significa, para a sociedade portuguesa, mais uma oportunidade que é urgente não desperdiçar, sob pena de hipotecarmos mais e mais rapidamente o futuro que temos vindo a adiar na formulação discursiva mas que, de facto, nos encontramos já a viver... uma urgência cuja viabilidade encontra pistas na reflexão da gestão económica que é preciso coragem para remodelar (leiam-se os textos de João Rodrigues no Ladrões de Bicicletas)... e, a este propósito, vale a pena chamar a atenção para alguns textos produzidos no contexto da mensagem enunciada pelo Presidente da República - catastrófica mas que, sem carecer de realismo não apresenta qualquer novidade - já que remetem para um dos destaques da realidade política do nosso país para 2010, a saber, a preparação das eleições presidenciais em que, tal como acontece já com a mensagem do PR, vão emergir notórias e diversificadas afirmações relevantes sobretudo pela intencionalidade estratégica que lhe está subjacente (leiam-se, complementarmente, os textos de Valupi no Aspirina B, de Pedro Santana Lopes no seu blogue pessoal, de João Ricardo Vasconcelos no Activismo de Sofá e, perdoe-se por esta vez a imodéstia!, o meu próprio texto sobre Manuel Alegre)... E, neste ano ainda imberbe, continuarão também, a merecer a nossa atenção, factos decorrentes e recorrentes de uma persistência estrutural cuja visibilidade dos últimos anos, tenderá, seguramente, a agravar-se; refiro-me, naturalmente, aos conflitos que, sob diferentes pretextos incluindo os culturais e os religiosos, continuarão a marcar os percursos e os combates pelo poder (leiam-se os textos de T.Mike no Vermelho Côr de Alface e de Miguel Madeira no Vento Sueste). Por hoje, a terminar, ficam as referências aos princípios de uma ética cada vez mais indispensável (atente-se no post de Fernando Cardoso no Ayyapa Express) à nossa sobrevivência perante as ameaças de naufrágio que os dias teimam em lembrar-nos e a que resistiremos por acção das nossas mãos conduzidas pelo sentir do nosso olhar (leia-se a expressão de A.C Valera no Irrealidade Prodigiosa). A todos, um Bom e Solidário Ano de 2010.
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