A prestigiada revista "The Economist" considerou hoje, pela primeira vez, que Portugal vive uma "democracia com falhas" (ler AQUI)... a notícia não surpreende a não ser os políticos que vivem da auto-ilusão com a imagem que eles próprios criam e vendem!... é, contudo, muito interessante e importante que a comunidade internacional perceba que as consequências de uma economia improdutiva, hipotecada e resgatada à dependência do exterior não é útil sequer como aliada no plano da política internacional!... e assim, no seio da indiferença subserviente e aquietados pelo medo do desemprego, iremos, de alienação em alienação, perder todas as competências, toda a iniciativa, todo o mérito e toda a liberdade... porque... com fome, não se pensa!... mas, com medo e sem esperança, também não!
Olá Ana,
ResponderEliminarTriste notícia - mas não deixa de ser uma realidade com algum tempo. Há cerca de um ano Manuel Alegre dizia "não aceitar que políticos portugueses manifestem disposição para governarem em simultâneo com uma intervenção do FMI em Portugal". Ontem, a sua "boa ousadia" permitiu-lhe afirmar o que ninguém quer assumir: «O que este Governo está a fazer é algo nunca visto, que nem mesmo nos tempos do salazarismo, nem mesmo nesse tempo um governante alguma vez disse que os portugueses deviam sair do país»/ «Este Governo não está à altura da sua responsabilidade histórica. Dá a impressão que quer dissolver o povo e que quer dissolver o país». Eu subscrevo...
Um grande abraço!
Cara Ana Paula Fitas, ocorre-me partilhar o que escrevo no meu perfil, onde escrevi assim:
ResponderEliminar"Antes fui Viriato. Resolvi mudar. Vou aparecer dentro desta outra personagem. Agora é inspirada no "pai da democracia". Clistenes é seu nome. Assumo a sua imagem. Hesitei entre ele e Solon, por este ter produzido lei que além de perdoar dívidas e as hipotecas que pesavam sobre os pequenos agricultores, aboliu a escravatura por motivos de dívida. Optei, apesar disso, por Clistenes, a quem se deve a lei que instituiu que o poder deve pertencer a um colectivo e que quem ameaça a Democracia deve ser condenado ao ostracismo. Ele e eu, abominamos a tirania e os tiranetes..."
O texto é muito bom mas o titulo já nao sei se concordo muito. Afinal nao ha democracias perfeitas e por isso dizer que nao é democracia parece-me um pouco exagerado. Isto faz-me sempre lembrar uma frase de Winston Churchill que dizia:" A democracia é o pior sistema político que existe mas nao ha melhor."
ResponderEliminar:)
ResponderEliminarCrónica de Ricardo Araújo Pereira na Visão
(…)
Quando se define um regime como "democracia com falhas", isso significa que começa a haver demasiadas falhas para tão pouca democracia. O que levanta o problema de saber se um regime pode ser relativamente democrático, isto é, se um bocadinho de democracia é democracia. Assim como aderimos mal à ideia de que determinada pessoa possa ser apenas ligeiramente pedófila, ou estar mais ou menos morta, o conceito de democraciazinha também pode causar alguma estranheza. (…)
Quando é que um regime deixa de ser uma democracia com falhas para passar a ser uma ditadura com falhas? (…) Se se trata de uma ditadura que passou a ter algumas falhas, há a esperança de que esteja a caminhar para vir a ser uma democracia; se, como Portugal, era uma democracia plena e passou a ter algumas falhas... Enfim, é fazer as contas.»
Subscrevo inteiramente,
M.José