De vez em quando, o país é assaltado por sensacionalismos que, mesmo que ilustrem o painel e o puzzle da multiplicidade das práticas atribuídas à corrupção e ao tráfico de influências, ficam sempre impunes como se de um pequeno sobressalto, sem consequências, se tratasse. A forma algo criteriosa e dissimulada com que o fogo-fátuo das pretensas descobertas é, superficialmente e em jeito de pequeno escândalo, trazido a público, é o sinal maior de que o problema não será resolvido pela ideologia vigente na organização política que conhecemos - mais que provavelmente porque é à luz desta lógica de procedimentos que se configura (ainda que, segundo as aparências, informalmente) a prática da democracia representativa do século XX que se prolonga por este início de século XXI - sem que possamos, por ora, garantir que a sua progressiva transformação será melhor para os cidadãos e para a transparência democrática... tudo isto apesar da gravidade que o modelo representa para a institucionalidade política, económica e social que, colectiva e idealmente, se tem pretendido. Vale a pena ler alguns dos textos que exemplificam bem o que está em causa; por exemplo: Ricardo Santos Pinto no Aventar, Rui Bebiano no A Terceira Noite, PSL no Pedro Santana Lopes, João Moreira de Sá no Pegada, Valupi no Aspirina B e Weber no Mainstreet. Entretanto, a conjuntura histórica que atravessamos (leiam-se as caracterizações paradigmáticas que nos propõem os textos de Carlos Fonseca no já citado Aventar, de Osvaldo Castro no A Carta a Garcia, de Francisco Clamote no Terra dos Espantos, de João Pinto e Castro no Jugular, de João Rodrigues no Ladrões de Bicicletas e no recente post do We Have Kaos in the Garden), aproxima-se grosseiramente de uma radical alteração de ideários de que Paulo Varela Gomes dá exemplo no texto transcrito pela Joana Lopes no Entre as Brumas da Memória... Moral da História: uma vez que as dinâmicas dos antagonismos sociais continuam sem confirmar que o futuro se dirige à construção de um mundo melhor para todos, tudo o que nesse sentido fizermos, não será, de facto!, demais.
Grato e honrado por me incluir nas suas leituras e em tão ilustre companhia.
ResponderEliminarAna Paula, Estimada Amiga,
ResponderEliminarMuito grato pelas S/ referências que muito agradeço,
Abraço com Amizade,
OC
Obrigado pelas boas palavras, João.
ResponderEliminarBem-haja.
Um abraço.
Estimado amigo Osvaldo,
ResponderEliminarSou eu que agradeço!
Bem-haja!
Um abraço.