sexta-feira, 5 de junho de 2009

A Guiné entre os mais Negros Dramas da Luminosa África








A Guiné continua a viver dias dramáticos... nas vésperas da abertura da campanha eleitoral, os assassinatos políticos persistem na sociedade guineense, ameaçando a liberdade pressuposta em democracias que realizam eleições livres. O fenómeno soma-se aos múltiplos dramas de um continente riquissimo alvo da exploração colonial durante mais de 5 séculos que, após a conquista da pluralidade e da independência, continua a ver bloqueada a possibilidade dos seus cidadãos usufruirem de uma existência digna e pacífica. Além da fome, das secas, das guerras, da proliferação assustadora do HIV/Sida, o continente africano marca inequivocamente os séculos XX e, para já, a primeira década do XXI, com a imagem da pobreza e da doença. Analisar a África contemporânea conduz-nos à constatação de que a pobreza extrema abre caminho à prática da corrupção e ao recurso às mais hediondas formas de exploração humanas que, da experimentação medicamentosa de duvidosa segurança ao desaparecimento das crianças, arrastam as economias dos mais ricos territórios do planeta para as mais miseráveis condições da vida humana. Por isso, é fácil de compreender que o narcotráfico tenha assumido um papel central no controle político da Guiné... e que, hoje, a Guiné se inscreva entre os mais negros dramas de África, a bela e a luminosa. Ficam todas as potencialidades de alguns dos mais preciosos espaços do planeta, reféns da ambição desmedida dos grupos politicamente dominantes, no contexto de uma percepção do exercício do poder de natureza tribalista que, pelos resultados demonstrados, desvaloriza o bem-estar social e sacrifica as suas populações, exibindo perante o mundo a sua completa incompetência política para desenvolver o país e proteger as pessoas, na mais elementar e injusta desvalorização dos Direitos Humanos.

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