terça-feira, 17 de novembro de 2009

Discrição de alto nível...


A propósito do "Face Oculta" e no âmbito da divulgação da audiência do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento, hoje, às 18h, em Belém, os portugueses ouviram o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, interpelado pelos jornalistas, dizer: "(...) que estou preocupado, estou... coisa diferente é fazer declarações à comunicação social (...)"... seria preciso dizer mais, para alimentar a especulação?... De facto, a delicadeza destes contextos dificilmente escapa à lógica do "ser preso por ter cão e ser preso por não ter"... será, talvez também por isso, aconselhável mais discernimento e sentido de responsabilidade na gestão da "coisa pública"... isto se, na verdade, ainda se considerar prioritária a estabilidade governativa para um país que precisa, urgentemente, de soluções socio-económicas decisivas para o quotidiano das pessoas, no curto e no médio prazo.

4 comentários:

  1. Pois é, Ana Paula,
    mas todo este ambiente é reflexo do mesmo - a luta política, por vezes surda outras escancarada, utilizando os mais diferentes meios, na grande maioria menos próprios, reflexo da eleição do actual Presidente da República, cuja falta de qualidade para o cargo ainda mais veio potenciar.
    Na ausência de uma referência forte e politicamente esclarecida em Belém, os mais diferentes interesses, políticos e corporativos,sentiram que podiam de forma aberta promover uma luta sem quartel ao executivo, que contra esses desejos, e apesar do desgaste, voltou a ganhar eleições.
    Tivessemos em Belém alguém política e culturalmente forte, uma voz capaz de ser ouvida
    com o reconhecimento de todos pela ponderação e isenção, e todo este clima efervescente não existiria.
    Mas, pronto, é o que temos por mais um ano e tal...
    Um abraço

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  2. O Presidente da República, que há muito se comporta como se fosse apenas o cidadão Aníbal Cavaco Silva, apenas corporizou e deu voz a um movimento que pelos nossos dias corre e atravessa de ponta a ponta a nossa sociedade. Todos suspeitam de alguma coisa, ninguém se inibe de palpitar e muito menos de tentar aparecer na fotografia. É um foguetório que por aí vai!

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  3. Caros T.Mike e Ferreira-Pinto,

    É notável o consenso que constatamos na apreciação do estado da "coisa pública", nós, os cidadãos que, de boa e livre mente, exercemos o pensar a que se apresenta, incontornável, o "clima de efervescência" (T.Mike dixit!) que "corporizou e deu voz a um movimento que pelos nossos dias corre e atravessa de ponta a ponta a nossa sociedade" (Ferreira-Pinto dixit!)... e, se me permitem continuar a citar-vos, diria que as referências ao "política e culturalmente forte" se consubstanciam numa nivelação que reduz a dignidade e o distanciamento exigidos pelo sentido de Estado ao exercício de um tipo de juízos e atitudes que seriam de esperar de quem "fosse apenas o cidadão"... e assim, transversalmente, entre os palpites do "foguetório" e o aproveitamento de uma figura que deixa em aberto o potenciar de uma luta política que não olha a meios para alcançar a desestabilização que lhes permite maior visibilidade, assistimos ao protelar de soluções eficazes que a urgência dos tempos justifica, ao sabor das rotinas, das intrigas e suspeitas... quanto a resultados... Abraços :)

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  4. Ana Paula, apenas lhe posso deixar esta resposta.
    Não é a que desejaria, mas tudo me leva a crer que os testes para um regime totalitário, estão a ser feitos nesta terra do nunca, na cauda da Europa... que hei-de eu pensar?

    http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=24577&catogory=Opini%E3o

    Um beijinho grande e esperança que um dia, nós os grãos de pó, consigamos virar isto do avesso. É preciso é a mobilização urgente.
    A união faz a força.

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