É urgente que os grupos políticos, económicos e financeiros reconheçam, sem subterfúgios, os custos sociais da pobreza, da exploração e da miséria a que as lógicas subjacentes à sua operacionalização condenam as populações de todo o mundo. A pluralidade de variações decorrentes dos indicadores sociais de cada país não pode servir para continuar a ocultar a crueldade inadmissível provocada, directa ou indirectamente, pelas doutrinas e práticas económico-financeiras que persistem em desenvolver, apesar do seu comprovadissimo fracasso... Apesar da crise, não aprenderam nada!... porque, do Forum Económico Mundial realizado em Davos, não resultou, ao que sabemos pela comunicação social!, um único contributo capaz de atenuar os dramas sociais do planeta, as consequências da interdependência inerente à globalização ou os seus efeitos nas economias nacionais... a completa incapacidade para assumir a urgência da mudança terá preços elevados e muito complexos para a economia mundial... mas, para não sentirem diminuição de lucros imediatos, os protagonistas do poder estão dispostos a arriscar em soluções impossíveis pela sua demonstrada insustentabilidade... é o caso da aposta na completa liberalização do comércio internacional que é ainda reflexo da autista insistência na liberalização dos mercados que apenas agrava a um ritmo assustadoramente crescente a dependência da vida das sociedades e das culturas dos interesses multinacionais e multimilionários anónimos e tentaculares. Tal como à sociedade civil também aos Governos nacionais devem ser exigidos efectivos contributos para obrigar à indispensável e inadiável mudança.
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