Em consequência das falências em curso e das que se podem prever, o Banco Mundial anuncia um aumento de 100 milhões (100 MILHÕES) de pobres... entre falências reais e aproveitamentos económico-financeiros, a verdade entra, de rompante, na casa dos cidadãos do mundo e os fantasmas de um tempo que os países ditos desenvolvidos se habituaram a pensar como passado e que os dias, nos países pobres, insistem em fazer vaguear pelo quotidiano sem permitir que se pense noutros termos que não o presente, assombram as expectativas de futuro. As sociedades e alguns governos tentam colmatar a crise com planos de emergência que só na criação de emprego podem adquirir credibilidade... contudo, a imponderabilidade objectiva com que se declarou a dimensão efectiva da crise que se abateu sobre o mundo globalizado de hoje, requer mais do que isso sob pena da crise social conduzir a tensões e conflitos epidemiológicos cujo controle será tanto mais difícil quanto mais longe forem os efeitos da derrocada da arquitectura económica mundial... a mudança confronta-nos perante a urgência da construção de uma nova ideologia e do exercício de novos modelos económicos e financeiros... a compreensão desta nova face da realidade ditará o futuro... em causa está todo o empenhamento na luta pelos Direitos Humanos, a luta contra a pobreza e a solidariedade social que aprendemos a desenvolver e realizar ao longo do século XX... veremos se a coragem política consegue acompanhar a realidade e travar os retrocessos que facilmente se adivinham...
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