O nosso interesse pela vida determina o grau de empenhamento na compreensão de tudo o que nos rodeia... e quem diz compreensão, diz tolerância, exercício crítico da razão, respeito, vontade de mudança, criatividade e esperança... Aí reside o carácter transversal da função educativa que não legitima a separação entre instrução e educação ou entre informação e formação. Por isso, pensar ou reformar sistemas educativos numa perspectiva assente apenas em resultados quantificáveis esvaziará sempre o objectivo maior da cultura e da filosofia educativa que requer a motivação e o investimento de alunos e professores no estudo, no ensino e na aprendizagem, simultaneamente humilde e empolgante, dos saberes reconhecidos como ferramentas úteis à incursão na descoberta do meio em que vivemos e dos seres com que interagimos... alargar o leque disciplinar dos ensinos básico e secundário, introduzindo conhecimentos de astrofísica, economia, filosofia, antropologia, química, psicologia e multimedia e diversificar os instrumentos didácticos (livros, filmes, documentários, laboratórios), promovendo a experimentação produtiva e acentuando a vertente participativa numa avaliação dinâmica e interactiva, permitiria o acesso a caminhos mal explorados da educação formal... provavelmente com melhores resultados, para todos!... porque, afinal de contas, enquanto espreitamos o universo para o conhecer, transportamo-nos a nós próprios e ao mundo, projectados na sede de saber agir... e aprendemos a Ser.
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