sexta-feira, 5 de junho de 2009

Democracia - Cultura Política e Visão Estratégica para a Paz







A Democracia é um modelo de gestão política susceptiível de aplicação universal, adequado à promoção da coexistência plural pacífica, ao direito à diversidade e à valorização do diálogo como forma privilegiada de resolução de conflitos... contudo, como bem lembrou Barack Obama no seu discurso no Cairo, a Democracia não pode ser uma imposição, devendo resultar, isso sim, do reconhecimento da sua utilidade para a paz. Uma nova fase das relações políticas entre os designados países "ocidentais" e a comunidade de países muçulmanos, foi inaugurada, no Egipto com a intervenção de ontem do mais recente Presidente dos EUA Barack Obama a quem os tradicionalistas conservadores norte-americanos têm tentado, por todos os meios, travar "o passo" e a quem, os preconceituosos anti-americanos, têm acusado com alarde de defraudar expectativas de mudança na política internacional. O discurso do Cairo veio clarificar a realidade. De facto, a cultura política como sustentação de uma visão estratégica responsável para o desenvolvimento de relações internacionais democráticas é o caminho para a consolidação de um mundo globalizado empenhado na paz. Barack Obama continua a fazer justiça às expectativas que a sua campanha e a sua eleição provocaram em todos nós. A Palestina e o Mundo agradecem.

5 comentários:

  1. Ana Paula,

    Talvez valha a pena divulgar esta mentira em blogues amigos:
    concludente: PSD / JSD mentem sobre Erasmus 1º emprego Todos os elementos de prova em http://tinyurl.com/qwleo7

    Abraço,
    Carlos (1 ano + velho)

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  2. Obrigado, meu amigo!... já agora: a idade é um "posto"... por isso, Parabéns pela promoção! Um abraço.

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  3. Cara Ana Paula
    Concordo inteiramente! Obama está muito à frente das expectativas e, sobretudo, das possibilidades de as realizar - pelo que, no contexto trágico da economia e da política global, em plena crise, haverá que explorar a dimensão anómica do fenómeno. Esta é também uma forma de analisarmos os nossos desejos - ou pelo menos a sua componente sociológica -, quando tudo em redor nos satura com a oferta constante, repetida em milhões de ecrãs em cada lar, nos transportes públicos, nos comícios dos partidos políticos, nas consolas das praças financeiras... mostrando mercadorias sem fim, imagens dentro de imagens e sonhos dentro de sonhos... Mas sabemos, com Borges, que a areia sonhada não nos matará. Há ainda outra questão, que é a da consciência moral. Admitamos, com Nietzsche, que não existem fenómenos morais mas apenas interpretações morais dos fenómenos. Então, se me é permitido citar a Jeune Dame de Jazz, “a questão que se coloca é a de saber, entre legitimidades ao abrigo de múltiplos argumentos que institucionalizam a violência como regulador social, que juízo ético ou moral justifica o apontar da delinquência como fenómeno gratuito, isolado e estranho à lógica institucional das relações humanas?...”. Aqui, não há como ouvir o máximo de gente possível, mas poderíamos começar pelos primatólogos. O holandês Frans de Wall, em "Primates and Philosophers" revela-nos comportamentos surpreendentes e é bastante claro logo nas primeiras linhas quanto à fundamentação empírica dos seus pressupostos: «homo homini lupus—“man is wolf to man”—is an ancient Roman proverb popularized by Thomas Hobbes. Even though its basic tenet permeates large parts of law, economics, and political science, the proverb contains two major flaws. First, it fails to do justice to canids, which are among the most gregarious and cooperative animals on the planet (Schleidt and Shalter 2003). But even worse, the saying denies the inherently social nature of our own species.» E da Introdução: «...moral goodness is something real, about which it is possible to make truth claims. Goodness requires, at a minimum, taking proper account of others. Badness, by the same token, includes the sort of selfishness that leads us to treat others improperly by ignoring their interests or treating them as mere instruments.» O erro consiste na manutenção do dualismo platónico reactualizado no racionalismo e apurado no positivismo. Daí vieram-nos as teorias naif da percepção... E, também, esta loucura cancerígena pós-moderna em que a dilatação da esfera da mercadoria nos força a abandonar a nossa humanidade e a pactuar com os promotores da ignomínia da fome e da servidão, do consumo desbragado que enriquece uns poucos e cava abismos para os pobres, os excluídos, os descriminados, os que têm fome e sede de justiça...

    Francisco Oneto

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  4. ...E mesmo para terminar:

    Teremos de abandonar a teoria da consciência como algo que está "acrescentado" ao hardware neuro-muscular, como uma espécie de verniz...

    «Human morality is presented as a thin crust underneath of which boil antisocial, amoral, and egoistic passions. This view of morality as a veneer was best summarized by Ghiselin’s famous quip: “Scratch an ‘altruist,’ and watch a ‘hypocrite’ bleed”

    O reducionismo informacional não nos levará longe na descoberta, portanto, mas é um programa repleto de procedimentos empíricos úteis para a própria aprendizagem da ciência, incluindo a cada vez mais vasta orgia das tecnociências, das bionanotecnologias, da proliferação rizomática de um parque informático global alimentado pelas exigências dos fabricantes de chips gráficos e dos programadores e fabricantes de jogos. Uma consulta às secções de jogos das revistas de informática correntes elucida-nos cabalmente acerca da bestialidade e da moral do roubo, do crime, da violência posta ao serviço de nada. São jogos e jogos de guerra ou que envolvem o uso de armas, o uso de veículos motorizados para perseguir e matar pessoas, etc. etc. Por tudo isto e mais, ainda muito mais, eu declaro-me a favor do decrescimento e das retrotecnologias...

    E não nos esqueçamos que é também a Terra - a linda Pachamama cantada pela Luzmila Carpio - que se esvai nesta loucura... Os recursos pilhados, roubados, destruídos, gerando ódio e desigualdade entre os povos...
    Bom, peço desculpa pela extensão do sermão, mas não há dúvida de que Barack Obama é inspirador...

    Saudações Cordiais

    Francisco Oneto

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  5. Bom-dia, meu Bom Amigo! Obrigado por ter vindo até aqui!... e, principalmente, obrigado pelo(s) excelente(s) texto(s) que aqui deixa, permitindo a partilha da reflexão... obrigado pela citação que refere, cuja autoria me pertence mas que, gratificantemente, a nossa amiga Jeune Dame de Jazz transcreveu. Vou agora para o Alentejo... e antes de sair, vou inserir um pequenino post até ficará a abrir A Nossa Candeia até amanhã...
    Um grande abraço,
    Ana Paula

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