sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Leituras Cruzadas...

Enquanto a Europa vive entre dois mundos (leiam-se os textos de Ricardo Paes Mamede no Ladrões de Bicicletas e de Ana Gomes no Causa Nossa), por cá, o panorama político partidário bicéfalo divide-se entre perplexidades e estratégias (vale a pena ler os textos de Valupi no Aspirina B e de Adolfo Mesquita Nunes no Delito de Opinião), dadas as complexidades em que se enquadra o debate do Orçamento de Estado para 2011 (leiam-se os textos de JM Correia-Pinto no Politeia, de Nuno Ramos de Almeida no Cinco Dias e de Rogério Pereira no Conversa Avinagrada). Considerando que algumas das considerações infelizes não concorrem para o sucesso do delicado tecer dos indispensáveis apoios à governabilidade do país (como bem nota Joana Lopes no Entre as Brumas da Memória) e que algumas posturas do passado recente nos dificultam a esperança (leia-se o texto de Osvaldo Castro no A Carta a Garcia), vale a pena, por analogia, ter em conta que quase sempre se verifica na realidade que nem sempre quem mais pode é quem melhor pensa (leia-se a observação de Paulo Pedroso no Banco Corrido) e que, muitas vezes, vale a pena deixar repousar o olhar na arte, como catarse do mundo (veja-se a sugestão de Medeiros Ferreira no Cortex Frontal).

4 comentários:

  1. Cara Ana Paula Fitas,
    mais uma vez irei visitar tudo o que me sugere. A última vez que o fiz, foi gratificante. Por isso parto confiante... Desculpe o convite que até pode parecer a despropósito:
    A menina dança? Um tango que seja...
    não somos dois?
    Não, não tem a ver
    com questões de poder
    Nem sequer com alianças
    Apenas acho que poderíamos exemplificar
    algumas danças
    difíceis de dançar

    Boa?

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  2. Caro Rogério,
    Espero que tenha gostado das leituras cujo crizar é, de facto, uma espécie de rodopiar pelas diferentes formas de comentar os dias... e no que se refere à analogia da dança, cabe-me dizer-lhe que a vigilância crítica e a análise descomprometida é sempre a melhor forma de abordar os problemas... gostariamos, estou certa!, de ler mais e melhores exemplos desse livre pensamento que não cede ou se esgota na defesa mais ou menos corporativa ou feita de "parti pris"... por isso, resistimos e continuamos em frente.

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  3. Cara Ana Paula Fitas,

    Julgo que gostar ou não é acessório. O importante é fornecer matéria de reflexão e perceber que muitas vezes é mais o que aproxima as pessoas do que as separa. Quanto à forma como se "safou" daquilo que poderia ser interpretado como um comentário infelíz, reforço o que foi dito, em resumo: soltarem-se as palavras hoje é uma dança cada vez mais dificil de dançar...

    Abraço

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  4. Caro Rogério,
    Feito de palavras, o combate socio-político e a solidariedade, é, como a Poesia, um bailado de sentidos a que é preciso devolver a autenticidade da mensagem para que a eficácia da comunicação proceda de modo a realizar o significado do que escrevemos como arma do exercício da nossa cidadania.

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