Enquanto a Europa vive entre dois mundos (leiam-se os textos de Ricardo Paes Mamede no Ladrões de Bicicletas e de Ana Gomes no Causa Nossa), por cá, o panorama político partidário bicéfalo divide-se entre perplexidades e estratégias (vale a pena ler os textos de Valupi no Aspirina B e de Adolfo Mesquita Nunes no Delito de Opinião), dadas as complexidades em que se enquadra o debate do Orçamento de Estado para 2011 (leiam-se os textos de JM Correia-Pinto no Politeia, de Nuno Ramos de Almeida no Cinco Dias e de Rogério Pereira no Conversa Avinagrada). Considerando que algumas das considerações infelizes não concorrem para o sucesso do delicado tecer dos indispensáveis apoios à governabilidade do país (como bem nota Joana Lopes no Entre as Brumas da Memória) e que algumas posturas do passado recente nos dificultam a esperança (leia-se o texto de Osvaldo Castro no A Carta a Garcia), vale a pena, por analogia, ter em conta que quase sempre se verifica na realidade que nem sempre quem mais pode é quem melhor pensa (leia-se a observação de Paulo Pedroso no Banco Corrido) e que, muitas vezes, vale a pena deixar repousar o olhar na arte, como catarse do mundo (veja-se a sugestão de Medeiros Ferreira no Cortex Frontal).
Cara Ana Paula Fitas,
ResponderEliminarmais uma vez irei visitar tudo o que me sugere. A última vez que o fiz, foi gratificante. Por isso parto confiante... Desculpe o convite que até pode parecer a despropósito:
A menina dança? Um tango que seja...
não somos dois?
Não, não tem a ver
com questões de poder
Nem sequer com alianças
Apenas acho que poderíamos exemplificar
algumas danças
difíceis de dançar
Boa?
Caro Rogério,
ResponderEliminarEspero que tenha gostado das leituras cujo crizar é, de facto, uma espécie de rodopiar pelas diferentes formas de comentar os dias... e no que se refere à analogia da dança, cabe-me dizer-lhe que a vigilância crítica e a análise descomprometida é sempre a melhor forma de abordar os problemas... gostariamos, estou certa!, de ler mais e melhores exemplos desse livre pensamento que não cede ou se esgota na defesa mais ou menos corporativa ou feita de "parti pris"... por isso, resistimos e continuamos em frente.
Cara Ana Paula Fitas,
ResponderEliminarJulgo que gostar ou não é acessório. O importante é fornecer matéria de reflexão e perceber que muitas vezes é mais o que aproxima as pessoas do que as separa. Quanto à forma como se "safou" daquilo que poderia ser interpretado como um comentário infelíz, reforço o que foi dito, em resumo: soltarem-se as palavras hoje é uma dança cada vez mais dificil de dançar...
Abraço
Caro Rogério,
ResponderEliminarFeito de palavras, o combate socio-político e a solidariedade, é, como a Poesia, um bailado de sentidos a que é preciso devolver a autenticidade da mensagem para que a eficácia da comunicação proceda de modo a realizar o significado do que escrevemos como arma do exercício da nossa cidadania.