Estas são as primeiras Leituras Cruzadas depois de 5 de Junho... elucidativas, na minha opinião. Elucidativas, designadamente em relação ao "estado da arte" que caracteriza esta transferência de poder associada ao fim de um ciclo e ao início de um outro, sob a forma de ruptura -apesar de, sobre o eventual efectivo carácter de ruptura, só o futuro poder dar testemunho. Da noite eleitoral, vale a pena dedicar um pouco da nossa atenção, em jeito de inspiração para um balão oxigenado de massa crítica, às observações de JM Correia Pinto que, logo em seguida, apresenta a primeira síntese sobre o ciclo político que o dia 5 de Junho legitimou, no seu Politeia. Assim, face à constatação dos dias (leia-se o post de Nanda no Sacode as Nuvens), escalpelizada e desmistificada sucintamente por Vital Moreira no Causa Nossa e de Francisco Clamote no Terra dos Espantos*, na sequência de dados adquiridos para uma opinião pública que se sente, justamente, negligenciada no uso das reflexões que vai produzindo (leiam-se os textos de João Tunes no Água Lisa, de Valupi no Aspirina B e de Vitor Dias no Tempo das Cerejas), vale a pena constatar que os protagonistas da democracia representativia estão em movimento, não só na maioria que vai formar governo mas, também, na oposição. É o caso da prevista candidatura a Secretário Geral do PS de António José Seguro, da tímida manifestação de vontade de também o fazer, por parte de Maria de Belém Roseira -as quais, registe-se!, ainda não vi promovidas com apoios na blogosfera!- que acrescem à reserva de Francisco Assis em "entrar na corrida", caso António Costa se candidate (vale a pena ler Rui Namorado no O Grande Zoo* e Eduardo Graça no Absorto) - destaque-se que António Costa vai hoje pronunciar-se sobre a sua posição relativamente a este cargo, na Comissão Nacional do PS! Mas, se além dos resultados das esperadas reuniões do Comité Central do PCP e dos orgãos centrais do BE e do CDS, a democracia é, ainda!, muito mais que isso, vale a pena destacar a justa e pertinente chamada de atenção de Weber no Mainstreet para o empobrecimento da democracia, o interesse que nos suscita o futuro da blogosfera (leia-se Seixas da Costa no Duas ou Três Coisas) e o "pano de fundo" sobre o qual andamos, ilusoriamente!, a trabalhar sob comandos suspeitos (leia-se o texto de A.Pedro Correira no Aventar).
(Obs: por serem posteriores à hora original de publicação deste post, dois dos links de hoje estão assinalados com asterisco)
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A minha Travessa não tem, normalmente, análise política. Para choro e ranger de dentes já basta o que basta.
ResponderEliminarMas isso não quer dizer que tenha abdicado da minha condição de «homo politicus», bem pelo contrário. No meu blogue está tudo explicado.
Sou membro (quase) fundador do PS e já era da JASP e da ASP, obviamente antes do 25 de Abril. Como jornalista andei empenhado na Verdade, na Independência, na Honestidade e na Integridade. Ou seja e resumindo: na Liberdade e na Democracia.
É óbvio que assim continuarei. Não seria a caminho dos setenta que iria mudar de acordo com os «ventos».
A Travessa está aberta e não cobro IVA, por enquanto...
Obrigado, Ana Paula, pela menção. Abraço.
ResponderEliminarCaro Henrique :)
ResponderEliminar... tem toda a razão! Frequentar o seu blogue não paga IVA e mesmo se pagasse, a qualidade do seu perfil humano, cívico e profissional, merceria o esforço :)
... contudo, se o não faço tão frequentemente como seria meu desejo, é devido ao facto no meu blogger interno, os post's publicados por tanto blogger se sucederem a um tal ritmo que corro sérios riscos de não dar a devida atenção a muito do que de bom se escreve... prometo
"emendar" a mão, meu amigo... e agradeço-lhe, sinceramente, a chamada de atenção.
Um grande abraço.