Jorge Semprún, antifascista, escritor e político que chegou a desempenhar o cargo de Ministro da Cultura de Espanha por nomeação de Felipe González, torturado e preso, por denúncia!, no campo de concentração de Buchenwald em 1943, morreu ontem, aos 87 anos de idade. Jorge Semprún, um dos maiores activistas e intelectuais do século XX, cuja obra foi maioritariamente escrita em língua francesa, trabalhou para a Unesco entre 1948 e 1952. Comunista desde 1942, entre 1952 e 1964, integrou activamente a resistência clandestina ao franquismo e a vida partidária do PCE até à sua dissidência, em meados dos anos sessenta, momento a partir do qual a sua obra seria a sua principal produção. Da sua vastissima bibliografia e produção cinematográfica destacam-se tantos títulos que mais vale conhecer aqui a respectiva enunciação. A Espanha fica mais pobre e, nós, como toda a Europa e o mundo, também!
Sem dúvida um dos maiores activistas e intelectuais do séc. XX, e grande humanista! Grande perda para a cultura espanhola e para o mundo!!
ResponderEliminarDesculpe a vulgaridade mas há "SEMPRÚN" que nos continua a enlevar com o seu vomprometimento e a sua luta.
ResponderEliminarQualquer democrata se vergará perante a sua figura e o tomará como exemplo.
Um abraço, Ana Paula.
(Temos de falar...novos tempos, novos desfios...)
è sempre um prazer enorme vir aqui...abraços
ResponderEliminarÉ verdade, Poeta :) ... a vida e a obra de Jorge Semprún é uma perda inestimável para toda a cultura e para toda a sociedade... em particular, nos tempos difíceis que correm...
ResponderEliminarBela forma de o dizer, Miguel: haverá "Semprún" até ao final das causas, da consciência e da justeza :))
ResponderEliminarÉ bom tempo, este que corre, para se falar, Miguel... tem toda a razão!
Um abraço.
Obrigado, Eduardo... é, sinceramente, recíproco!... até logo... lá no História Viva :)
ResponderEliminarUm abraço.
As dissidências do Partido Comunista, de qualquer um partido comunista, são sempre muito difíceis. Difíceis para o partido e difíceis para o dissidente.
ResponderEliminarJorge Semprún era dissidente do PCE, como todos sabemos. E embora tivesse sido um dos mais ilustres inteletuais espanhóis do século passado, e tivesse sido, talvez, o melhor ministro da cultura da democracia espanhola, não resistiu e, como todos os dissidentes comunistas, em todo o mundo, incluindo Portugal, naturalmente, também escreveu um livro a justificar a dissidência. A « Autobiografia de Federico Sánchez » é um livro portentoso e muito útil para se saber, hoje, o que foi a vida na clandestinadade dos comunistas espanhóis durante o consulado franquista. Livro que li e reli em língua castelhana, para não perder pitada do que ele queria transmitir e que as traduções nem sempre conseguem dar a conhecer. Embora já lhe conhecesse outros livros e guiões para cinema, embora já o admirasse, com a biografia de Federico Sánchez, fiquei muito mais agradado da sua escrita. Lamento, apenas, o ajuste de contas que tentou fazer com outros inteletuais espanhóis da sua época, como Rafael Alberty, por exemplo.
Era desnecessário, em minha opinião.
Mas, afinal, não é o que todos os dissidentes comunistas fazem em todo o mundo ?
Cumprimentos
R.C.
Carissimo RC,
ResponderEliminarAgradeço-lhe, sinceramente! (e acredite que sabe que o faço de coração!), o comentário que aqui partilha.
Um abraço.