Vale a pena ler um texto da autoria de Alberto Garzón Espinosa que apresenta uma análise realista do funcionamento dos mercados e do problema que afecta as economias nacionais, particularmente das mais vulneráveis, no contexto neoliberal da especulação financeira contemporânea. Apesar de não surpreender e de corresponder ao que, de facto, reconhecemos como necessário, é bom ter disponível um texto onde as ideias se encontram sistematizadas de forma coerente... claro que o problema não é o da inexistência de formas alternativas de ultrapassar a crise actual. O problema está no facto de que os caminhos escolhidos democraticamente pelos povos, conferem legitimidade a opções ideológicas que não têm estas linhas de orientação que, reconheça-se, confrontam os interesses que defendem e em que assentam... Por isso, o mais interessante, no confronto entre o possível, aqui representado no texto de Gárzon Espinosa e o viável, protagonizado pela democracia representativa que regula o funcionamento dos Estados de direito que vigoram, é a reflexão e a capacidade desta em contribuir para influenciar o debate sobre as reformas necessárias a uma Europa que dificilmente as adoptará mas, que nos cabe continuar a defender e exigir, cientes de que o debate é, ainda e só, uma discussão teórica... já que a vida das pessoas continua dependente do pragmatismo em exercício.
(Nota: agradeço a sugestão de leitura do texto de Garzón Espinosa, feita num comentário ao meu post anterior pelo Rogério Pereira do Conversa Avinagrada)
Penso que as crises são fruto dos mercados financeiros cada dia mais vorazes pelo domínio mundial.
ResponderEliminarInverteram-se os valores.
Agora não lhes importa SER mas TER
Nesta linha subjugam os povos e as nações. Até quando...?????
Até quando, Luís... até quando?... é uma pergunta cuja resposta tem já um preço histórico demasiado caro que envergonha a nossa humanidade... mas, enfim!, mais ou menos dolorosamente, lá chegaremos...
ResponderEliminarAbraço.