terça-feira, 7 de junho de 2011

Pensar a Crise...

Vale a pena ler um texto da autoria de Alberto Garzón Espinosa que apresenta uma análise realista do funcionamento dos mercados e do problema que afecta as economias nacionais, particularmente das mais vulneráveis, no contexto neoliberal da especulação financeira contemporânea. Apesar de não surpreender e de corresponder ao que, de facto, reconhecemos como necessário, é bom ter disponível um texto onde as ideias se encontram sistematizadas de forma coerente... claro que o problema não é o da inexistência de formas alternativas de ultrapassar a crise actual. O problema está no facto de que os caminhos escolhidos democraticamente pelos povos, conferem legitimidade a opções ideológicas que não têm estas linhas de orientação que, reconheça-se, confrontam os interesses que defendem e em que assentam... Por isso, o mais interessante, no confronto entre o possível, aqui representado no texto de Gárzon Espinosa e o viável, protagonizado pela democracia representativa que regula o funcionamento dos Estados de direito que vigoram, é a reflexão e a capacidade desta em contribuir para influenciar o debate sobre as reformas necessárias a uma Europa que dificilmente as adoptará mas, que nos cabe continuar a defender e exigir, cientes de que o debate é, ainda e só, uma discussão teórica... já que a vida das pessoas continua dependente do pragmatismo em exercício.     
(Nota: agradeço a sugestão de leitura do texto de Garzón Espinosa, feita num comentário ao meu post anterior pelo Rogério Pereira do Conversa Avinagrada)

2 comentários:

  1. Penso que as crises são fruto dos mercados financeiros cada dia mais vorazes pelo domínio mundial.
    Inverteram-se os valores.
    Agora não lhes importa SER mas TER

    Nesta linha subjugam os povos e as nações. Até quando...?????

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  2. Até quando, Luís... até quando?... é uma pergunta cuja resposta tem já um preço histórico demasiado caro que envergonha a nossa humanidade... mas, enfim!, mais ou menos dolorosamente, lá chegaremos...
    Abraço.

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