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Sabe-se que evoluímos no espaço, a uma velocidade inimaginável, por entre nebulosas, estrelas e mais estrelas. Sabe-se que o país gira, juntamente com o planeta, a mais de 1500 quilómetros por hora, enquanto a democracia que ajudámos a erguer segue devagarinho entre avanços e recuos. E nós? Nós continuaremos responsáveis pelo futuro - por mim, sem desesperos, nem desistência, que eu nunca esqueci a determinação e o optimismo com que, nos duros tempos do fascismo, cantávamos o hino de Caxias: «Vá, camarada, mais um passo, já uma estrela se levanta»..." (excerto do Prólogo datado de 25 de Abril de 2011).
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Já Uma Estrela Se Levanta... de Helena Pato, é um livro pequeno que se lê de um fôlego... um livro de contos que não são contos, um livro de "
estórias"... estórias daquelas!... das que se vivem, das que marcam e se não esquecem ao ponto de, em si próprias, trazerem a urgência da respectiva transmissão, para memória futura dos tempos, da História, da verdade e da razão. São 33 os episódios, reais!, narrados na primeira pessoa, pela voz e a mão de uma mulher que, talvez por serem escritos no feminino, lhe conferem uma tão grande, profunda e, de certo modo!, desconcertante singularidade... 33 momentos arrancados ao passar da própria História recente, por dentro da alma, escritos com uma simplicidade clara e luminosa que nos leva a atravessar o tempo com a leveza do sentir, apaziguadas a dor e a ansiedade... a dor que é contundente, brutal, quase indizível, a dor que não temos o direito de ignorar ou não perceber como é a que dá corpo ao que intitulou "
A Maria e o Menino" ...
Já uma Estrela Se Levanta... é o livro, breve, intenso e urgente que Helena Pato escreveu e que já se encontra à venda na Livraria Círculo das Letras (um lugar a que se deve estar atento pela qualidade, actualidade e diversidade dos livros disponíveis e pela quantidade e interesse dos eventos regulares que aí vão ocorrendo) e na Livraria do Largo da Graça, chegando depois às outras livrarias do país...
... Já Uma Estrela Se Levanta... de Helena Pato, é um livro pequeno que se lê de um fôlego... um livro de contos que não são contos, um livro de "estórias"... estórias daquelas!... das que se vivem, das que marcam e se não esquecem ao ponto de, em si próprias, trazerem a urgência da respectiva transmissão, para memória futura dos tempos, da História, da verdade e da razão. São 33 os episódios, reais!, narrados na primeira pessoa, pela voz e a mão de uma mulher que, talvez por serem escritos no feminino, lhe conferem uma tão grande, profunda e, de certo modo!, desconcertante singularidade... 33 momentos arrancados ao passar da própria História recente, por dentro da alma, escritos com uma simplicidade clara e luminosa que nos leva a atravessar o tempo com a leveza do sentir, apaziguadas a dor e a ansiedade... a dor que é contundente, brutal, quase indizível, a dor que não temos o direito de ignorar ou não perceber como é a que dá corpo ao que intitulou "A Maria e o Menino" ... Já uma Estrela Se Levanta... é o livro, breve, intenso e urgente que Helena Pato escreveu e que já se encontra à venda na Livraria Círculo das Letras (um lugar a que se deve estar atento pela qualidade, actualidade e diversidade dos livros disponíveis e pela quantidade e interesse dos eventos regulares que aí vão ocorrendo) e na Livraria do Largo da Graça, chegando depois às outras livrarias do país... 
Cara Ana Paula Fitas
ResponderEliminarTive a sorte de conviver com alguns ex presos políticos que passaram por Caxias (quando digo sorte foi pelo que com eles aprendi).
Um deles Joaquim Carreira, o homem que mais tempo assegurou o funcionamento duma tipografia clandestina, Cantava e ensinava-nos a cantar o hino de Caxias. Era tal a força que imprimia ao cantar este hino que para muitos de nós era quase a sua imagem de marca.
Partiu recentemente. Cantámos o hino de Caxias enquanto o seu corpo descia à terra. Nunca esquecerei este momento como muitos outros que com ele partilhei em vida.
Abraço
Caro Rodrigo,
ResponderEliminar... é de um sentimento sem nome esse que aqui partilha, na descrição de um testemunho que faz jus ao hino e à dimensão da convicção e da causa... tenho a certeza que foi o melhor presente de despedida que Joaquim Carreira poderia desejar e que, com ele, partiu melhor, definitivamente reconciliado com a vida.
Obrigado, Rodrigo.
Um grande abraço.
O texto transcrito é claramente de uma mulher de Ciências… Mas quanto foi preciso caminhar, primeiro, para se descobrir que giramos a mais de 1500 quilómetros por hora e depois para se poder afirmar o que se descobriu. E tudo isso aconteceu há pouco mais de trezentos anos. E tudo porquê? Porque todas essas descobertas contrariavam, como diz Gedeão, a “inteligência que Deus nos deu”. Também nos processos sociais há-de chegar a altura em que muitos vão concluir que afinal “a ordem natural das coisas” não passa de uma falsa ordem destinada a impedir o nascimento de uma nova era.
ResponderEliminarPor isso não estou descrente na marcha da democracia. Levará ainda muitos anos mas chegaremos lá.
Parabéns à Helena pelo livro e à Ana Paula pelo belo texto que acompanha a sua apresentação.
Ao JMCorreia Pinto,
ResponderEliminar... pelo belissimo texto que aqui partilha e pelo reiterar da não descrença "na marcha da democracia" :)),o nosso sentido agradecimento e um imenso abraço, grato e amigo.
Ana Paula
ResponderEliminartodos os seus posts são atraentes e inteligentes, pena que eu não posso vir aqui todos os dias, mas eu viria se tivesse um computador disponível sempre (com o tempo terei um). No momento estou morando aqui em Abadiânia, Goiás, perto de Brasília, capital federal, uma cidade com muita energia (foi solo vulcânico) há muito quartzo de cristal embaixo da terra então tudo aqui é meio "magnetizado".
Como o livro se chama "Já Uma Estrela Se Levanta - Histórias do Fascismo" eu não entendí se é sobre o fascimo da Itália ou sobre histórias da ditadura em Portugal, explica se quiser, lógico.
Estou dividindo a casa com uma portuguesa chamada Maria, muito legal, ela é divorciada e tem uma filha, psicóloga. Morava há 30 kms da praia, mas eu não sei a cidade ainda, mal nos conhecemos... :) Eu adoro a música "Pão e Poesia" uma ótima lembrança sua, com a Simone.
Beijo saudoso, Dani
Querida Dani :)
ResponderEliminarTodos os dias que aqui puderes vir, serão dias bons :) ... obrigado, minha amiga! ... curiosa essa observação sobre a magnetização do solo em Abadiânia, Goiás, que não conheço mas que, para teres escolhido para habitar, deve ser interessante... Ainda bem que gostaste da minha evocação do "Pão e Poesia" cantado pela Simone :)
Quanto ao livro "Já uma estrela se levanta..." são histórias da ditadura em Portugal... verdadeiras, duras e capazes de nos reforçar a esperança, escritas por uma mulher que as viveu, as sofreu, as ultrapassou e que aprendeu que se não desiste de acreditar :))
Faço votos de que a Maria seja mesmo "muito legal" :) porque como ela já sabe ou irá descobrir a Dani merece :)
Beijinhos saudosos
Ora vamos lá por partes, que isto de comentários em blogues não é muito comigo e levei tempo a perceber que tinham de ir como anónimos - «estilo» que nada tem a ver com o meu feitio...Fiz, pois, várias tentativas falhadas de entrar em contacto convosco.
ResponderEliminarAssim sendo, desta vai!
Palavras tão amáveis e generosas, as da Ana Paula acerca do livro! Muito agradeço, um beijo, amiga!
Ao amigo do Joaquim Carreira: fala-nos do Carreira da Marinha Grande? Se assim é, também o conheci (pai e filho). Gente boa, militante no «duro» com quem me dei. Em 1966, ele próprio organizou um fim-de-semana com outros amigos, na Marinha, para festejarmos a recente saída dele e do Carlos Brito da prisão. Um convívio insquecível, com um piquenique e um jogo de futebol num pinhal, entre «ex-presos» de Peniche e de Caxias e os restantes amigos homens. Lembro-me de cozinhar ,de conspirar e de namorar, com uma alegria dificilmente explicável a quem não viveu esses momentos de encontro em camaradagem, durante o fascismo.Dessa rapaziada,os ainda vivos páram, hoje, por diferentes lados da esquerda, mas vejo-os no activo...
Ao Correia Pinto: Ó meu querido amigo!Vais gostar do «Já uma estrela se levanta», ainda que com este desajustado título (já estava escolhido antes da crise...). Creio que vais rever-nos em algumas histórias e, talvez, comover-te. Para já, comprá-lo só em Lisboa, na Círculo das Letras (e não Campo das Letras, como num muito compreensível lapso a Ana Paula escreveu).
Abraços
Helena Pato
Olá Helena :))
ResponderEliminar... valeu a pena esperar pelo seu comentário por várias razões, as quais refere como "partes" :))
... é tarde e, por isso, presumo que duas delas só mais logo, já de dia (quiça à noite) irão ler as boas e sentidas palavras que lhes dirige... pela "parte" que me toca, o que posso eu fazer ou dizer mais do que agradecer a escrita, a partilha e, acima de tudo, a amizade que muito me honra?... Obrigado, Helena!... e obrigado também, por me chamar a atenção para o terrível lapso que foi a indicação da Livraria Círculo das Letras (eu que disse ao Fernando Vicente para ler o post!!!)... mas, depois de corrigido e porque tudo tem uma explicação, aqui fica (e dela é testemunho o Fernando): encomendei na Círculo das Letras uma obra que foi editada pela Campo das Letras!!!... por isso, ao Fernando Vicente e aos leitores, o meu pedido de que aceitem o meu pedido de desculpa.
Abraços... amigos e gratos :))
Cara Ana paula Fitas
ResponderEliminarPermita-me deixar uma Palavras à Helena Pato.
Minha Cara
Apesar de não nos conhecermos pessoalmente andámos certamente pelos mesmos sítios e conheço parte da sua história de vida. Agradeço as suas palavras em relação ao Joaquim Carreira. Sim! É quem conheceu. Claro que eu não estive nesse Pic Nic. Henrique Neto num artigo publicado num jornal regional, chamou-lhe um verdadeiro Herói Nacional. Não fosse ele o ultimo político a ser julgado em "Tribunal Plenário".
Permita-me que lhe mande um abraço solidário.
Rodrigo Henriques
Há lares de memória assim acolhedores, na net, a tornarem possíveis encontros de quem viveu tempos tenebrosos sem nunca perder a esperança, não é Rodrigo? Mas esta «nossa candeia» da Ana Paula é um regaço de rara feminilidade na visão da Política e da Vida.Contente por ter aprendido o caminho para aqui,deixo um grande abraço para os dois.
ResponderEliminarHelena Pato
Gostei deste livro da Helena e tb do primeiro. É bom que se escrevam estórias que podem fazer História e que se escrevam de um modo leve e bem humorado para que muitos leiam e recomendem a que outros leiam ... e assim se consiga não esquecer o que já está muito esquecido.
ResponderEliminarA este blogue cheguei por indicação da Helena mas hei-de voltar por vale a pena!
Abraço
Leonor
Rodrigo,
ResponderEliminarÉ uma honra poder partilhar um espaço com pessoas que nos reconstituem, todos os dias, a esperança... porque a memória é um património inquestionável na determinação dos caminhos de futuro!
Bem-haja!
Um abraço.
Helena,
ResponderEliminar... generosas, as palavras comovem e deixam-nos assim... sem palavras!
Obrigada, minha amiga.
Com muita admiração e amizade,
Um grande abraço :))
Leonor,
ResponderEliminar... ainda bem que aqui chegou :))
Grata pelas suas palavras, fica a alegria de saber que vai voltar.
Um abraço.
O livro da Lena merece todos os elogios que a Ana justa e prodigamente lhe dispensou. Também gostei muito e dei a minha opinião aqui: http://memoriasdopresente.blogspot.com/2011/07/ja-uma-estrela-se-levanta.html#links e no Puxapalvra. Sem me esquecer de elogiar o belíssimo texto deste post.
ResponderEliminarCaro Raimundo :)
ResponderEliminarFica-se sem muito para dizer perante tão gratificantes e generosas palavras... obrigado, meu amigo! Fico feliz por ter gostado tanto do livro da Lena e agradecendo antecipadamente a referência ao que humildemente sobre ele escrevi, aqui fica o registo de um grande abraço com muita admiração e amizade.
Cara Ana Paula Fitas
ResponderEliminarPus no meu "escaparate itinerante" o livro em destaque.
O link remete para este post.
Abraço
Caro Rodrigo,
ResponderEliminarMuito agradeço a ecelente ideia e a gentil referência.
Um abraço.