A sabedoria é o que resulta da devolução da realidade - depois do jogo de espelhos em que a vida e a própria História feita de estórias nos enreda e de que só o tempo nos liberta, devolvendo-nos à essência da serenidade onde se realiza o ponto de encontro entre nós e o mundo... enriquecedora e surpreendentemente feita de uma beleza insuspeita no que, antes!, nela era invisível - dados os comuns e inconscientes "erros de paralaxe" que a insegurança e o medo em nós instalam, por reflexo e projecção, distanciando-nos da integralidade essencial do que somos e procuramos!... e é desta aprendizagem sobre a lenta ou a súbita revelação da verdade que subjaz, firme e igual a si própria, além das aparências, que, de forma perfeita, nos fala, a propósito do Zen, a poesia tradicional japonesa (Haiku), quando diz:
"Antes de estudar o Zen, as montanhas são montanhas e as águas são águas; após uma primeira noção sobre a verdade do Zen, as montanhas já não são apenas montanhas e as águas já não são apenas águas; mas, quando se atinge o conhecimento, as montanhas voltam a ser montanhas e as águas voltam a ser águas" (Seigen)
Nesta fase em que as montanhas não são apenas montanhas e as águas já não são apenas águas, permanece a dúvida do aprendiz: os políticos pouco sérios serão apenas políticos pouco sérios?
ResponderEliminarGrande abraço e lindo jardim Zen.
Fernando :)
ResponderEliminar... num tempo em que as montanhas não são apenas montanhas e as águas não são apenas águas, penso que os políticos pouco sérios não são mais do que políticos pouco sérios... depois, com o conhecimento, presumo (ou gostaria?!) que se surpreendam consigo próprios :))
Um grande abraço, Fernando... e um lindo jardim Zen, sempre!, aí dentro!, onde as montanhas voltaram há muito a ser montanhas e as águas apenas águas :))
Minha Amiga :))
ResponderEliminar... ressonância da espontaneidade e do inconfundível tom de sinceridade “ Da Magia dos Lugares à Magia do Pensar” na tua perfeita humanidade.
Agradeço a tua participação na Palestra “Por Terras do Endovélico” e por seres tão igual a ti própria. Bem Hajas!
“As montanhas azuis são por si próprias montanhas azuis;
As nuvens brancas são por si próprias nuvens brancas.” Zenrin
Abraço Zen
M.José
Minha Amiga :)
ResponderEliminar... levei tempo para responder ao teu comentário pela dificuldade em encontrar palavras ou fórmulas adequadas ao agradecimento e a emoção que o teu comentário me fez chegar... obrigada, Zézinha! Obrigada...
"As montanhas azuis são por si próprias montanhas azuis; As nuvens brancas são por si próprias nuvens brancas" (Zenrin) :)))
Um abraço e um beijo Zen como convém à dimensão em que forma e vazio coincidem, resgatando e dando forma à eternidade ou, melhor dizendo, ao infinito :))