quinta-feira, 29 de abril de 2010

Das obras públicas ao subsídio de desemprego...

Na sequência do anúncio da revisão dos projectos de obras públicas, o Ministro da tutela, António Mendonça, reiterou o avanço das obras do aeroporto de Lisboa e da linha de TGV, cujo impacto socio-económico, no contexto da sociedade globalizada e caracterizada pela mobilidade de recursos, efectivamente, se justifica - até porque seria altamente contraproducente para a lógica dos mercados internacionais um retrocesso em compromissos internacionais desta natureza. Contudo, independentemente de tudo quanto há a fazer e a corrigir, vale a pena destacar o esclarecimento que hoje foi feito pelo Secretário de Estado do Emprego sobre a redução dos prestações sociais não-contributivas, nomeadamente, do subsídio de desemprego que tanta polémica tem, justamente, suscitado na sociedade portuguesa que tal redução se não aplica aos cidadãos que recebem menos de 700 euros!... É caso para dizer, do mal o menos!... não serão por isso, os que são, de facto mais pobres que serão mais penalizados!

2 comentários:

  1. Com 701€ já se consegue comer qualquer coisinha e já dá para perceber porque o Estado retira nos ordenados uma parcela para a SS.
    Mas poderia o Estado do PEC ter começado por aqui:

    1. COMO POUPAR SÓ COM OS ENCARGOS GERAIS DO ESTADO E A PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS 211 MILHÕES DE €
    As despesas do Estado por classificação orgânica permitem inferir como poupar:

    * a AR representa cerca de 100 M€, representando assim para o Estado qualquer coisa como 435 mil euros por deputado. Diminuindo os deputados de 230 para 130, poupar-se-ia só aqui cerca de 43 M€.
    * os 17 M€ da PR poderiam facilmente, a bem do apregoado bem da nação, comprimir-se para 7M€, o que representaria mais uma poupança de 10M€.
    * a extinção do Tribunal Constitucional, com passagem desta função para os Tribunais comuns, pouparia mais 6M€.
    * no TC não se pouparia mais um tostão, dado que a sua manutenção promove pelo menos a travagem da despesa.
    * O Gabinete do Representante da República na RAAçores significa 360M€; o da Madeira 204M€, factualmente quase o dobro.
    * A administração local representa um custo de 2490M€. Partindo do pressuposto que a população das Regiões autónomas representam 5% do total da população do continente e ilhas, facilmente se percebe que a regionalização das ilhas sai cara, dado que 5% da verba para toda a administração representaria por alto cerca de 125M€, muito longe dos 560M€ atribuídos às regiões.
    * Dos gabinetes dos senhores ministros retirava-lhes, dos cerca de 12M€, uns 2M€ a título de solidariedade com os desempregados e os reformados.
    * Os serviços de apoio e coordenação, órgãos consultivos e outras entidades da PCMinistros, cerca de 167M€, poupava-os quase na íntegra, para cima de 150M€, dado representarem o maior escândalo da vida política e um atentado ao povo soberano. Apoio e consulta voltava para os órgãos da administração pública e acabava-se com o Estado dentro do Estado. (A Continuar e a transportar): 221M€ de poupança

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  2. Isto é que são contas, caro Causa Vossa :)
    Obrigado.
    Um abraço.

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